Sistema
Estrutural de uma Catedral Gótica
Estrutura de uma catedral rômanica
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As catedrais
românicas possuiam um sistema estrutural baseado em espessas
paredes e abóbadas semicirculares localizadas logo abaixo do
telhado. Dispostas como indicado na figura, as paredes tinham que
ser espessas e com poucas aberturas, pois resistiam tanto aos
esforços verticais, quanto aos esforços horizontais gerados pelo
vento, abóbadas e telhado.
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De acordo com a finalidade espiritual buscada no estilo gótico,
as catedrais deveriam possuir: elevadas alturas, grande
luminosidade e uma plena continuidade entre o início de seus
pilares e o cume de suas abóbadas.
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Vista interna de uma catedral gótica
José Bracons. Saber Ver - Arte Gótica.
Martins Fontes. São Paulo, 1992.
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Esquema dos elementos estruturais
Koch, Wilfried. Dicionário dos Estilos
Arquitetônicos. Martins Fontes. São Paulo, 1994.
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Assim, em 1180 na construção da Catedral de Notre Dame, um novo
sistema estrutural foi projetado tornando possíveis todos esses
requisitos. Formado por um complexo sistema de abóbadas ogivais
(diferentemente das semicirculares românicas, eram pontiagudas,
mais flexiveis e de maior adaptação), arcobotantes, esbeltos
pilares e contrafortes, a estrutura da catedral gótica venceu
elevadas alturas e extensos vãos.
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Esquema dos esforços em uma catedral gótica
The Builders. Marvels of Engeneering.
National Geographic. Washington D.C., 1992
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Como se desejava que as paredes da nave central tivessem pouca
espessura e fossem cobertas por vitrais para dar luminosidade à
catedral, os esforços horizontais não poderiam ser resistidos
por essas paredes. A solução encontrada foi transferi-los por
meio de arcobotantes a grandes e pesados contrafortes colocados na
periferia da igreja. Os esforços horizontais provenientes do
telhado e das abóbadas eram recebidos pelos arcobotantes (já
fora da catedral) e transferidos aos contrafortes, que os
descarregavam sobre a fundação.
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Estrutura de uma catedral gótica
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Desta forma, com os elementos resistentes aos esforços
horizontais colocados longe das paredes, estas não precisavam ser
baixas e espessas (como nas catedrais românicas), possibilitando
a presença de grande e belos vitrais (busca da grande
luminosidade), grande altura e garantindo a plena continuidade da
catedral, desde o início de seus pilares até o cume de suas
abóbadas.
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