Estudos radiológicos são válidos, especialmente para identificar "linhas de chumbo" nas metáfises ósseas das crianças. Densidade aumentada nos ossos cúbito e perônio (ossos menores) indicam exposição de meses de duração.
Técnicas de radiofluorescência têm sido desenvolvidas.
Tomografia computadorizada tem detectado edema cerebral.
MRI.
Hemato-fluorometria.
Os sinais e sintomas da intoxicação por chumbo são comuns a muitas doenças, por exemplo, a encefalopatia pode se assemelhar a condições degenerativas e as cólicas plúmbicas são de difícil diferenciação, ao exame físico, de outras condições abdominais.
Uma boa história clínica, de forma a permitir a avaliação quantitativa da exposição é o segundo passo.
A concentração de chumbo no sangue é chave para o diagnóstico, pois não pode haver intoxicação por chumbo com níveis de plumbemia normais.
No adulto normal, as concentrações de chumbo no sangue variam de 10 a 20 m g%, entretanto, níveis de até 60 m g% não se correlacionam a sinais e sintomas conhecidos, embora já exista uma diminuição da atividade da ALA-desidratase, um leve aumento da excreção urinária de ALA e aumento da protoporfirina eritrocitária. Em níveis de 60 a 80 m g% já existe alguma sintomatologia inespecífica em grau leve. Os sintomas evidentes de intoxicação são notados em níveis superiores a 80 m g%.
A excreção urinária de chumbo em adultos normais geralmente é inferior a 80 m g/l. A maioria dos pacientes com intoxicação apresenta níveis de 150 a 300 m g/l. Na existência de nefropatia plúmbica ou outras formas de insuficiência renal, a excreção urinária do chumbo pode estar normal.
Como o início da intoxicação é insidioso, é desejável estimar a sobrecarga orgânica do chumbo nos indivíduos que estão expostos a ambiente contaminado pelo metal, o que é feito pelo uso do teste de mobilização do edeteato dissódico de cálcio (CaNa2EDTA). A substância é infundida por via intravenosa em uma única dose de 50 mg/kg, sendo então coletada a urina de 8 horas. O teste é positivo quando a taxa de excreção do chumbo (m g de chumbo excretado por mg de CaNa2EDTA administrado) for maior que 0,6. Este teste não deve ser utilizado nos pacientes sintomáticos ou cujo chumbo sangüíneo seja maior que 100 m g% porque eles necessitam de tratamento de quelação imediato.
Outro aspecto importante da intoxicação pelo chumbo é a necessidade da documentação das alterações funcionais causadas pela intoxicação, tais como a concentração sérica ou urinária da ALA, a dosagem da hemoglobina, a concentração da coproporfirina na urina, a contagem de reticulócitos.
Em uma análise crítica de diversos exames utilizados para o diagnóstico, temos:
Exame |
Especificidade |
Precocidade |
Praticidade |
Chumbo sangüíneo |
5 |
4 |
2 |
Chumbo urinário |
5 |
4 |
3 |
Chumbo nas fezes |
5 |
4 |
0 |
hemoglobina |
2 |
3 |
5 |
Pontilhado basofílico |
2 |
3 |
5 |
reticulócitos |
2 |
3 |
5 |
ALA |
5 |
5 |
3 |
ALA desidratase |
5 |
5 |
2 |
porfirinúria |
4 |
4 |
3 |
porfobilinogênio |
4 |
4 |
0 |
Profirinúria semiquantitativa |
3 |
4 |
5 |
Análise dos exames utilizados para o diagnóstico.
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Cynthia Guimarães
Tostes Malta
Última revisão: Dezembro 04, 2000