Carlos Heitor Cony |
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Carlos
Heitor Cony nasceu no Rio de Janeiro em 23 de março de 1926. É filho de Ernesto Cony
Filho e de Julieta de Moraes Cony. Eleito em 23 de março de 2000 para a Cadeira nº 3, na
sucessão de Herberto Sales, foi recebido em 31 de maio de 2000 pelo acadêmico Arnaldo
Niskier. Fez Humanidades e curso de Filosofia no Seminário de São José. Estreou na literatura ganhando por duas vezes consecutivas o Prêmio Manuel Antônio de Almeida (em 1957 e 1958) com os romances A Verdade de Cada Dia e Tijolo de Segurança. Paralelamente à carreira de escritor, trabalhou na imprensa desde 1952, inicialmente no Jornal do Brasil, mais tarde no Correio da Manhã, do qual foi redator, cronista, editorialista e editor. Em 1995, depois de 23 anos sem publicar ficção, lançou Quase Memória, seguindo-se O Piano e a Orquestra (1996); A Casa do Poeta Trágico, em 1997 e Romance sem palavras, em 1998. Escreveu três ensaios biográficos: Chaplin; Quem matou Vargas; JK: Memorial do Exílio. Como cronista publicou: Da arte de falar mal; Posto Seis; O Ato e o Fato. Em 1998, lançou uma coletânea de crônicas com o título Os anos mais antigos do passado e, recentemente, lançou mais um livro de crônicas, O Harém das bananeiras. Tem também um livro de contos: Babilônia! Babilônia! O Editorial Extemporaneos (México) lançou a tradução espanhola de Pessach: a travessia. Em Portugal foi lançada a edição portuguesa de Informação ao Crucificado. E a Gallimard (França) lançou a versão francesa de Quase Memória. A produtora Skylight comprou da Companhia das Letras os direitos para a filmagem deste romance. Anteriormente, teve filmado o romance Antes, o Verão, com Jardel Filho e Norma Bengell nos papéis principais. Em 1996, a Academia Brasileira de Letras concedeu-lhe o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de obra. E a Câmara Brasileira do Livro concedeu-lhe o Prêmio Jabuti, elegendo Quase Memória como o melhor livro de ficção do ano (1996). O Piano e a Orquestra ganhou o Prêmio Nacional Nestlé de Literatura de 1997, na categoria de consagrado. Em 1998, ganhou pela segunda vez o Prêmio Jabuti com A Casa do Poeta Trágico, que também foi considerado O Melhor Livro do Ano pela Câmara Brasileira do Livro. Em março de 1998, durante o Salão do Livro em Paris, recebeu do governo francês, no grau de chevalier, a comenda da Ordre des Arts et des Letres. O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, em edição de setembro de 1998, na relação publicada sobre os cem melhores livros da literatura brasileira escritos no século 20, relacionou dois de seus romances: Pessach: a travessia e Quase Memória. O Jornal das Letras, no número de setembro de 1958, na relação dos cem livros que constituiriam a biblioteca básica da literatura brasileira, colocou seu romance O Ventre. Gilberto Amado, a propósito de Matéria de Memória, considerou-o um momento excepcional em nossa literatura e Otto Maria Carpeaux viu e Cony o maior representante do neo-realismo brasileiro. Paulo Rónai declarou que os romances de Cony, chocantes e pungentes, já lhe garantiram um lugar definitivo na literatura brasileira. BIBLIOGRAFIA Romances: O ventre (1958); A verdade de cada dia (1959); Tijolo de segurança (1960); Informação ao crucificado (1961); Matéria de memória (1962); Antes, o verão (1964); Balé branco (1965); Pessach: a travessia (1967); Pilatos (1973); Quase memória (1995); O piano e a orquestra (1996); A casa do poeta trágico (1997); Romance sem palavras (1999). Crônicas: Da arte de falar mal (1963); O ato e o fato (1964); Posto seis (1965); Os anos mais antigos do passado (1998); O Harém das Bananeiras (1999). Ensaios Biográficos: Chaplin (1965); Quem matou Vargas (1972); JK Memorial do exílio (1982). Jornalismo: O caso Lou (1975); Nos passos de João de Deus (1981); Lagoa (1996). Cine-Romance: A noite do massacre (1975) Contos: Sobre todas as coisas (1968) (2ª edição com o título Babilônia! Babilônia! 1978); Quinze anos (1965). Infanto-juvenis: Uma história de amor; Rosa, vegetal de sangue; O irmão que tu me deste; A gorda; Luciana Saudade. Adaptações (Ediouro) Crime e Castigo (Dostoievski); Moby Dick (H. Melville); Viagem ao Centro da Terra (Julio Verne); A ilha misteriosa (Julio Verne); Um capitão de quinze anos (Julio Verne); As aventuras de Tom Sawyer (Mark Twain); As viagens de Tom Sawyer (Mark Twain); Huckleberry Finn (Mark Twain); O Diário de Adão e Eva (Mark Twain); Um ianque na corte do rei Artur (Mark Twain); Tom Sawyer detetive (Mark Twain); O roubo do elefante branco (Mark Twain); Ben-Hur (Lewis Wallace); O capitão Tormenta (Emilio Salgari); Maravilhas do ano 2000 (Emilio Salgari); O leão de Damasco (Emilio Salgari); O livro dos dragões (Edith Nesbit); Os meninos aquáticos (Charles Kingsley); O máscara de ferro (Alexandre Dumas); O grande Meaulne (A. Fournier); Taras Bulba (Nicolas Gogol); Ali Babá e os quarenta ladrões (Mil e uma noites); Simbad, o marujo (idem); O califa de Bagdá (idem); Aladim e a lâmpada maravilhosa (idem); Pinóquio da Silva (Carlos Collodi) Adaptações (Editora Scipione) O Ateneu (Raul Pompéia); O primo Basílio (Eça de Queiroz); Memórias de um sargento de milícias (Manuel Antônio de Almeida). Com outros autores: Os sete pecados capitais Guimarães Rosa, Otto Lara Resende, Lygia Fagundes Telles, José Condé, Guilherme Figueiredo e Mário donato Editora Civilização Brasileira, 1964. Os dez mandamentos Jorge Amado, Marques Rebelo, Orígenes Lessa, José Condé, Campos de Carvalho, João Antônio, Guilherme Figueiredo, Moacir C. Lopes e Helena Silveira Civilização Brasileira, 1965. 64 D. C. Antonio Callado, Marques Rebelo, Stanislaw Ponte Preta, Hermano Alves Editora Tempo Brasileiro, 1966. Contos Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Rubem Fonseca, Sérgio Sant'Ana, Luis Vilela, Otto Lara Resende, José J. Veiga, Érico Verísssimo, Moacir Scliar, Samuel Rawet, Leon Eliachar, Elsie Lessa e Adonias Filho Livraria Francisco Alves, 1974. |