Alma
de viola (vinheta)
Desfia o seu
rosário siá Maria
Porque
talvez quem sabe um dia
O seu maná
venha a cair
Viola, sede
da alma me sacia
E pra matar
sede de espírito
Eu subo a
montanha
Que nunca há
de ter um fim
Vozes: Tetê,
Dilma, Diovani, Luiza, Rafael, Márcia, Matheus, Zé Helder
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A
Montanha
Montanha é
lugar de gente feliz
Lugar de
estar mais perto de Deus
Não existe
lugar no planeta
Melhor pra
poder florescer
O amor que
está dentro da gente
Esperando
acontecer
Chopaina é
lugar de gente feliz
Lugar de
estar mais perto de Deus
Eu acreditei
no destino
No dia em
que eu te encontrei
O meu coração
de menino
Não mais
desejou crescer
Cabana é
lugar de gente feliz
Lugar de
estar mais perto de Deus
Mas não com
essa gente careta
Que olha
procurando ET
Eu quero
minha gente que vê como eu
Coisas
bonitas de se ver
Porque essa
gente me traz
Um jeito
novo de ser
E é tão
bonito
Te ver
sorrindo
O tempo
ficou pra trás
Esquece e
vem viver
Todo esse
louco amor
Que eu sinto
por você
Todo esse
louco amor...
Zé Helder:
viola caipira e voz
Diovani:
bateria e órgão Hammond
Guilherme
Cordeiro: baixo
Zé Eduardo
Nazário: percussão
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Ponteando
Amormeuzinho,
Hoje eu vim
lhe visitar
Lhe trago um
mimo lá do Araçuaí
Tanta
saudade me move pelas estradas
Feito água
desce o morro
E já tem
destino certo
Meu amor
mora por perto
Vive na flor
do pequi
Trago o
toque de viola cabocla, ponteadeira,
Festeira pra
São João
Trago muito
amor no peito
É todo seu
meu coração
Na cacimba
de água limpa eu vou me lavar
Depois do
eito pra poder te encontrar
Na cacimba
de água limpa eu vou me lavar
Depois do
eito pra poder te encontrar
Trago o
toque de viola é festa de São João
O meu coração
se eleva na subida do balão
Trago o
toque de viola é festa de São João
O meu coração
se eleva na subida do balão
O meu bem lá
da janela
Me espera
ver chegar
Ponteando de
alegria
Enquanto eu
tiver peito pra cantar
Zé Helder:
viola caipira e vozes
Diovani:
bateria
Guilherme
Cordeiro: baixo fretless
Matheus:
percussão
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Largo
(do Inverno,
de “As Quatro Estações”)
(Antonio
Vivaldi – 1678-1741)
Zé Helder:
viola caipira
Zé Eduardo
Nazário: efeitos
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Desejo
...quando
achei esse poema em um caderno da Dani, me emocionei por ver traduzido
em versos o mais nobre desejo feminino.
Imediatamente fiz a música. Com “é verdade, você veio...”
ela formou uma pequena suíte.
Desejo você
Mesmo sem
saber quem é
Desejo tanto
que não consigo explicar
Desejo
homem, mulher ou dois ou três
Lua, sol,
flores
E você, você
está aqui
Embora eu não
consiga vê-lo
Você está
aqui
Esperando
talvez...
Revele-se
quando sentir que deve
Mas continue
aqui
Amor,
continue aqui
Porque minha
meta é fazê-lo brilhar
Dê ao mundo
a sinceridade do seu sorriso
Desarme
qualquer ira com a mansidão
Do seu olhar
E se por
enquanto você é só desejo
Imagine
quando estiver dentro de mim
Quando tudo
for amor
Quantas
coisas na vida
Poderemos
mudar?
Zé Helder:
viola caipira e voz
Renato Kefi:
piano
Guilherme
Cordeiro: baixo fretless
Carlinhos
Ferreira: percussão
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É
verdade, você veio...
Para
Helena
Linda que dói
Fosse um
raga matutino, estrela no céu
Ou dentro da
maçã
E então é
verdade, você veio...
E eu achava
que ia acordar
No meio
dessa espera de um lindo sonho
Finito como
tudo de bom que há
Doce existência
Na essência
de água pura inflando o ventre
Prenhice de
amor
Enche teus
pulmões com o sopro de Deus
Devolve a música
mais linda que eu já ouvi
E quando o
tempo te puser
Sobre tuas
próprias pernas
Quero
brincar de roda e cantar pra ti
Zé Helder:
viola caipira e voz
Renato Kefi:
piano
Guilherme
Cordeiro: baixo fretless
Carlinhos
Ferreira: percussão
Diovani:
moringa
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Cururu
do currila
O currila
correu
Se enfurnou
pelo mato
Na beira da
estrada
Nem deu
tempo de ver
Sua penugem
rajada
Lá ficou
ele escondido
Só dando
risada
Sou capiau e
só ando no mato
Prestando
atenção
Se é
passarinho que vejo
Não serve
pra temperar meu feijão
Mas ele
tempera a vida
De poesia e
beleza
Seu canto
tempera a viola
Que toca
umas moda
Pra espantar
tristeza
Muitos
amores eu tenho na vida
Por
encontrar
Tirar o
leite das pedras
E o milho da
roça por semear
Canguçu dá
o bote
Teiú dá
rabada
Alma de gato
erra pelo sertão
Errar é a
sina
De quem não
fincou suas raízes no chão
Zé Helder:
viola caipira e voz
Euler
Ferreira: violão e voz
Carlinhos
Ferreira: percussão
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Pro
Zezinho
Era
desejo de criança compor um dobrado em homenagem a meu pai pra
Sociedade Musical Eduardo Tenório, banda tradicionalíssima de
Cachoeira de Minas, onde eu me iniciara na música. O dobrado acabou
virando essa valsa na viola.
Zé Helder:
viola caipira
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Assombração
Noite de
sexta-feira, lua cheia
Suindara
agourando
Tabaréu se
benze pelo sinal
Da santa
cruz Virgem Maria
Credo em
cruz, isso é medo de assombração
Moça se
enamorou do vigário
Virou Mula
sem cabeça, morde o freio
Dispara
soltando fogo pelas ventas
Credo em
cruz, mas que medo de assombração
Lobisóme
vira a pele do avesso
Amarelo,
olho vermelho,
Invade
galinheiro
Come titica
e se espoja
Credo em
cruz, mas que medo de assombração
Sétima
menina muié da mesma casa
Nasce
bruxa, chupa sangue, cachaça
Bebe tudo
num só gole o garrafão
Que medo de
assombração
Mora um cramulhão
dentro do
bojo da minha viola
Quando afino
em rio-abaixo
Ele que me
ensina as moda
Pio de urutau,
caipora
Curupira,
Pisadeira,Capeta da Borda
Maria
Engomada no porão
Credo em
cruz, mas que medo de assombração
Porco
preto, corpo seco
A porca
de sete leitões
À
meia-noite dá sete voltas
Procurando
pra matar
Credo em
cruz, mas que medo de assombração
Tinhoso,
o Capiroto, o Cujo, o Pé-de-bode
Dianho,
Sujo, Que-não-se-ri, Que-não-se-pode
Artes
de Saci, fogo-fá da Boitatá
Vento no
Uakti, arma penada em
cafezá
Zé Helder:
viola caipira e vozes
Diovani:
bateria
Guilherme
Cordeiro: baixo fretless
Carlinhos
Ferreira: percussão
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Fiote
Zé Helder:
viola caipira
Carlinhos
Ferreira: percussão
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Porteira
A porteira
é a fronteira
Que meu coração
reparte
A lembrança
que permeia
Minha dura
realidade
Se a
caminhada do tempo
Não há
grito que retarde
Vou rezar só
pra que o vento
Nunca vire
tempestade
Não nasci
pra ser doutor
Me arrelia a
obrigação
De esconder
de todo mundo
O que diz
meu coração
Se nas
curvas da estrada
Nem sempre
se escolhe o rumo
Se a viagem
é tão incerta
Deixa que eu
mesmo me arrumo
E é justo
agora que você vem me dizer
Que me
aceita como eu sou
E assim como
eu quero ser
Não vou
lutar contra o que me faz feliz
Eu sou assim
mesmo
Meu coração
está do lado de lá da porteira
Zé Helder:
viola caipira e voz
Diovani:
bateria e órgão Hammond
Guilherme
Cordeiro: baixo fretless
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|
O
ipê e a oiticica
Zé Helder:
violas
Tetê:
flautas artesanais (confecção e execução)
Zé Eduardo
Nazário: percussão
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Caboclinha
Canjiquinha,
Costelinha,
Doce de
batata roxa
Tenho fome,
Tenho sede
Desta terra
caboclinha
O meu pé
esparramado
Levanta
poeira fina
Nas andanças
do congado
Minha mão
puxa o rosário,
Entoada a
ladainha
O vestido de
babado
Pendurado
atrás da porta
Tem um rasgo
na costela
Tou com
pressa,
Vou na feira
Pra comprar
feijão de vara
Tenho fome,
tenho sede,
Vou beber as
águas todas
Das
vertentes das montanhas
Devorar cada
fatia
Dessa terra
garimpeira
Me enfeitar
de ouro e verde
Nas copadas
dos pinheiros
Perfumar-me
nas ramadas
Das folhas
do sassafrás
Balangando,
balangando
Na palha
desse coqueiro
Tecendo
corda de embira,
Me amarrei
nesses babados
Do meu
vestido de chita
Zé Helder:
viola caipira e vozes
Diovani:
bateria, congas e vozes
Guilherme
Cordeiro: baixo fretless
Carlinhos
Ferreira: percussão
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Gravado,
editado e mixado no Visual Studio em Pedralva – MG entre maio e
outubro de 2004
Técnico:
Diovani Bustamante
Piano
das faixas 5 e 6 gravado no Zabumba Estúdio em São Paulo – SP
Técnico:
André Magalhães
Masterizado
no Creative Sound Studio
em
São Paulo - SP
Técnico:
Glenn Zolotar
Ilustrações:
óleo sobre papel de fibra de bananeira, de Paulo da Rosa Faria
Projeto
gráfico: Zé Helder
Arte
final: Márcio Iacovo
Todas
as composições são de Zé Helder, exceto: Desejo (Zé Helder/ Daniela
Coli)
Caboclinha
(Zé Helder/ Cíntia Kallás)
Zé
Helder usa violas do luthier Roberto Dimathus
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AGRADECIMENTOS
À
Helena,
minha filha Bíri,
pertence
esse disco
Agradeço
à mamãe, Susete, por acreditar e me fazer acreditar, sempre;
Diovani,
Renato Kefi, Guilherme e Ângela pela dedicação e amizade; Andréa,
Adriana, Valdomiro por me estenderem a mão em momentos difíceis; a
toda a turma da Cabana, da Chopaina e da Pedra Branca por todos os
momentos inspiradores vividos; Carlinhos Ferreira, Euler, Zé Eduardo
Nazário, Ivan Vilela, Paulinho Faria, Daniela Coli, Cíntia Kallás,
Dilma, Tetê, Rafael, Luiza, Tia Maria Inês, Márcia (êh,
Márcia), Taís, Rodrigo Lima, Matheus e a todas as pessoas que
desinteressadamente contribuíram com suas guias de impostos, etapa
burocrática essencial para a realização desse trabalho.
E
mais:
Prefeitura
Municipal de Pouso Alegre
Comissão
Municipal de Avaliação e Seleção
Conservatório
Estadual de Música de
Pouso Alegre
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