Zé Helder

LANÇAMENTO DO CD "A MONTANHA"
Faixas:
  1. Alma de viola   ((( play )))
  2. A montanha
  3. Ponteando
  4. Largo
  5. Desejo
  6. É verdade, você veio...
  7. Cururu do currila
  8. Pro Zezinho
  9. Assombração    ((( play )))
  10. Fiote
  11. Porteira
  12. O ipê e a Oiticica
  13. Caboclinha

Produção

Agradeciementos

CDs & SHOWS:
(35) 9911-1723
(35) 3423-9228
Pouso Alegre
[email protected]  

Um presente para a música brasileira acaba de sair do forno. Ao ponto e super bem temperado chegou o primeiro CD solo do violeiro e compositor Zé Helder, "A Montanha". A viola caipira de Zé Helder já estava registrada no CD da banda "Orelha de Pau", outro belo trabalho.
Mas foi de "A Montanha" que sentei aqui pra escrever pra vocês!
Zé Helder nos brinda com 13 composições riquíssimas em letra e música.
Só isso? Não, não... Zé formou uma banda absurdamente talentosa e revela ao Brasil com esse CD um novo produtor musical, técnico de gravação e baterista fora de série! Diovani Bustamante assina todos estes postos descritos acima e mostra que do "Visual Studio" sairão tesouros da música brasileira.
A viola e as canções de Zé Helder vão saciar a sede da alma dos ouvintes da boa música desse país, e pra matar a fome de espírito... subam a montanha com ele.
É Zé Helder, mora um cramulhão dentro do bojo da sua viola mesmo! Aliás tem uma "cramulhãozada" ai com você.
Um deles tirou os trastes do baixo do Guilherme Cordeiro e deixou o menino voar.
Outro colocou o dedo na formação e no grande talento de Renato Kefi.
Algum ainda colocou figuras de peso como Zé Eduardo Nazário e Carlinhos Ferreira no seu caminho.
E o outro... o outro cramulhão é o Diovani Bustamante em pessoa!
E Deus?
Deus trouxe esses meninos todos pra Pedralva, aqui no sul das Geraes!

Tete Monti, 21 de Dezembro de 2004.
[email protected]

Alma de viola (vinheta)

 

Desfia o seu rosário siá Maria

Porque talvez quem sabe um dia

O seu maná venha a cair

Viola, sede da alma me sacia

E pra matar sede de espírito

Eu subo a montanha

Que nunca há de ter um fim

 

Vozes: Tetê, Dilma, Diovani, Luiza, Rafael, Márcia, Matheus, Zé Helder

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A Montanha

 

Montanha é lugar de gente feliz

Lugar de estar mais perto de Deus

Não existe lugar no planeta

Melhor pra poder florescer

O amor que está dentro da gente

Esperando acontecer

Chopaina é lugar de gente feliz

Lugar de estar mais perto de Deus

Eu acreditei no destino

No dia em que eu te encontrei

O meu coração de menino

Não mais desejou crescer

Cabana é lugar de gente feliz

Lugar de estar mais perto de Deus

Mas não com essa gente careta

Que olha procurando ET

Eu quero minha gente que vê como eu

Coisas bonitas de se ver

Porque essa gente me traz

Um jeito novo de ser

E é tão bonito

Te ver sorrindo

O tempo ficou pra trás

Esquece e vem viver

Todo esse louco amor

Que eu sinto por você

Todo esse louco amor...

 

Zé Helder: viola caipira e voz

Diovani: bateria e órgão Hammond

Guilherme Cordeiro: baixo

Zé Eduardo Nazário: percussão

 

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Ponteando

 

Amormeuzinho,

Hoje eu vim lhe visitar

Lhe trago um mimo lá do Araçuaí

Tanta saudade me move pelas estradas

Feito água desce o morro

E já tem destino certo

Meu amor mora por perto

Vive na flor do pequi

 

Trago o toque de viola cabocla, ponteadeira,

Festeira pra São João

Trago muito amor no peito

É todo seu meu coração

Na cacimba de água limpa eu vou me lavar

Depois do eito pra poder te encontrar

Na cacimba de água limpa eu vou me lavar

Depois do eito pra poder te encontrar

 

Trago o toque de viola é festa de São João

O meu coração se eleva na subida do balão

Trago o toque de viola é festa de São João

O meu coração se eleva na subida do balão

 

O meu bem lá da janela

Me espera ver chegar

Ponteando de alegria

Enquanto eu tiver peito pra cantar

 

Zé Helder: viola caipira e vozes

Diovani: bateria

Guilherme Cordeiro: baixo fretless

Matheus: percussão

 

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Largo

(do Inverno, de “As Quatro Estações”)

(Antonio Vivaldi – 1678-1741)

 

Zé Helder: viola caipira

Zé Eduardo Nazário: efeitos

 

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Desejo

...quando achei esse poema em um caderno da Dani, me emocionei por ver traduzido em versos o mais nobre desejo feminino.  Imediatamente fiz a música. Com “é verdade, você veio...” ela formou uma pequena suíte.

 

Desejo você

Mesmo sem saber quem é

Desejo tanto que não consigo explicar

Desejo homem, mulher ou dois ou três

Lua, sol, flores

E você, você está aqui

Embora eu não consiga vê-lo

Você está aqui

Esperando talvez...

Revele-se quando sentir que deve

Mas continue aqui

Amor, continue aqui

Porque minha meta é fazê-lo brilhar

Dê ao mundo a sinceridade do seu sorriso

Desarme qualquer ira com a mansidão

Do seu olhar

E se por enquanto você é só desejo

Imagine quando estiver dentro de mim

Quando tudo for amor

Quantas coisas na vida

Poderemos mudar?

 

Zé Helder: viola caipira e voz

Renato Kefi: piano

Guilherme Cordeiro: baixo fretless

Carlinhos Ferreira: percussão

 

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É verdade, você veio...

Para Helena

 

Linda que dói

Fosse um raga matutino, estrela no céu

Ou dentro da maçã

E então é verdade, você veio...

E eu achava que ia acordar

No meio dessa espera de um lindo sonho

Finito como tudo de bom que há

 

Doce existência

Na essência de água pura inflando o ventre

Prenhice de amor

Enche teus pulmões com o sopro de Deus

Devolve a música mais linda que eu já ouvi

E quando o tempo te puser

Sobre tuas próprias pernas

Quero brincar de roda e cantar pra ti

 

Zé Helder: viola caipira e voz

Renato Kefi: piano

Guilherme Cordeiro: baixo fretless

Carlinhos Ferreira: percussão

Diovani: moringa

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Cururu do currila

 

O currila correu

Se enfurnou pelo mato

Na beira da estrada

Nem deu tempo de ver

Sua penugem rajada

Lá ficou ele escondido

Só dando risada

Sou capiau e só ando no mato

Prestando atenção

Se é passarinho que vejo

Não serve pra temperar meu feijão

Mas ele tempera a vida

De poesia e beleza

Seu canto tempera a viola

Que toca umas moda

Pra espantar tristeza

Muitos amores eu tenho na vida

Por encontrar

Tirar o leite das pedras

E o milho da roça por semear

Canguçu dá o bote

Teiú dá rabada

Alma de gato erra pelo sertão

Errar é a sina

De quem não fincou suas raízes no chão

 

Zé Helder: viola caipira e voz

Euler Ferreira: violão e voz

Carlinhos Ferreira: percussão

 

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Pro Zezinho

 

Era desejo de criança compor um dobrado em homenagem a meu pai pra Sociedade Musical Eduardo Tenório, banda tradicionalíssima de Cachoeira de Minas, onde eu me iniciara na música. O dobrado acabou virando essa valsa na viola.

 

Zé Helder: viola caipira

  

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Assombração

 

Noite de sexta-feira, lua cheia

Suindara agourando

Tabaréu se benze pelo sinal

Da santa cruz Virgem Maria

Credo em cruz, isso é medo de assombração

Moça se enamorou do vigário

Virou Mula sem cabeça, morde o freio

Dispara soltando fogo pelas ventas

Credo em cruz, mas que medo de assombração

Lobisóme vira a pele do avesso

Amarelo, olho vermelho,

Invade galinheiro

Come titica e se espoja

Credo em cruz, mas que medo de assombração

Sétima menina muié da mesma casa

Nasce bruxa, chupa sangue, cachaça

Bebe tudo num só gole o garrafão

Que medo de assombração

 

Mora um cramulhão

dentro do bojo da minha viola

Quando afino em rio-abaixo

Ele que me ensina as moda

 

Pio de urutau, caipora

Curupira, Pisadeira,Capeta da Borda

 Maria Engomada no porão

Credo em cruz, mas que medo de assombração

Porco preto, corpo seco

A porca de sete leitões

À meia-noite dá sete voltas

Procurando pra matar

Credo em cruz, mas que medo de assombração

Tinhoso, o Capiroto, o Cujo, o Pé-de-bode

Dianho, Sujo, Que-não-se-ri, Que-não-se-pode

Artes de Saci, fogo-fá da Boitatá

Vento no Uakti, arma penada em cafezá

 

Zé Helder: viola caipira e vozes

Diovani: bateria

Guilherme Cordeiro: baixo fretless

Carlinhos Ferreira: percussão

  

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Fiote

 

Zé Helder: viola caipira

Carlinhos Ferreira: percussão

  

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Porteira

 

A porteira é a fronteira

Que meu coração reparte

A lembrança que permeia

Minha dura realidade

Se a caminhada do tempo

Não há grito que retarde

Vou rezar só pra que o vento

Nunca vire tempestade

 

Não nasci pra ser doutor

Me arrelia a obrigação

De esconder de todo mundo

O que diz meu coração

Se nas curvas da estrada

Nem sempre se escolhe o rumo

Se a viagem é tão incerta

Deixa que eu mesmo me arrumo

 

E é justo agora que você vem me dizer

Que me aceita como eu sou

E assim como eu quero ser

Não vou lutar contra o que me faz feliz

Eu sou assim mesmo

Meu coração está do lado de lá da porteira

 

Zé Helder: viola caipira e voz

Diovani: bateria e órgão Hammond

Guilherme Cordeiro: baixo fretless

  

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O ipê e a oiticica

 

Zé Helder: violas

Tetê: flautas artesanais (confecção e execução)

Zé Eduardo Nazário: percussão

 

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Caboclinha

 

Canjiquinha,

Costelinha,

Doce de batata roxa

 

Tenho fome,

Tenho sede

Desta terra caboclinha

 

O meu pé esparramado

Levanta poeira fina

Nas andanças do congado

 

Minha mão puxa o rosário,

Entoada a ladainha

 

O vestido de babado

Pendurado atrás da porta

Tem um rasgo na costela

 

Tou com pressa,

Vou na feira

Pra comprar feijão de vara

 

Tenho fome, tenho sede,

Vou beber as águas todas

Das vertentes das montanhas

Devorar cada fatia

Dessa terra garimpeira

 

Me enfeitar de ouro e verde

Nas copadas dos pinheiros

Perfumar-me nas ramadas

Das folhas do sassafrás

 

Balangando, balangando

Na palha desse coqueiro

Tecendo corda de embira,

Me amarrei nesses babados

Do meu vestido de chita

 

Zé Helder: viola caipira e vozes

Diovani: bateria, congas e vozes

Guilherme Cordeiro: baixo fretless

Carlinhos Ferreira: percussão

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Produzido por Diovani Bustamante
[email protected]

 

Gravado, editado e mixado no Visual Studio em Pedralva – MG entre maio e outubro de 2004

Técnico: Diovani Bustamante

Piano das faixas 5 e 6 gravado no Zabumba Estúdio em São Paulo – SP

Técnico: André Magalhães

Masterizado no Creative Sound Studio

em São Paulo - SP

Técnico: Glenn Zolotar

Ilustrações: óleo sobre papel de fibra de bananeira, de Paulo da Rosa Faria

Projeto gráfico: Zé Helder

Arte final: Márcio Iacovo

Todas as composições são de Zé Helder, exceto: Desejo (Zé Helder/ Daniela Coli)

Caboclinha (Zé Helder/ Cíntia Kallás)

 

Zé Helder usa violas do luthier Roberto Dimathus

 

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AGRADECIMENTOS 

À Helena, minha filha Bíri,

pertence esse disco

 

Agradeço à mamãe, Susete, por acreditar e me fazer acreditar, sempre;

Diovani, Renato Kefi, Guilherme e Ângela pela dedicação e amizade; Andréa, Adriana, Valdomiro por me estenderem a mão em momentos difíceis; a toda a turma da Cabana, da Chopaina e da Pedra Branca por todos os momentos inspiradores vividos; Carlinhos Ferreira, Euler, Zé Eduardo Nazário, Ivan Vilela, Paulinho Faria, Daniela Coli, Cíntia Kallás, Dilma, Tetê, Rafael, Luiza, Tia Maria Inês, Márcia (êh, Márcia), Taís, Rodrigo Lima, Matheus e a todas as pessoas que desinteressadamente contribuíram com suas guias de impostos, etapa burocrática essencial para a realização desse trabalho.

 

E mais:

Prefeitura Municipal de Pouso Alegre

Comissão Municipal de Avaliação e Seleção

Conservatório Estadual de Música de Pouso Alegre

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