Poesia de Albino
José Alves Filho, genro de BG
Em viagem...
Eu
vou seguindo pelo mundo fora
Levando em vez de coração, um galho
De saudades viventes pelo orvalho
Do crebropranto
que meu peito chora
E
sigo vendo no caminho a Aurora
—
teu viso e fala... No longínquo atalho
Pássaro que pipila, diz: “valho,
Ralho por ela que por ti agora
Mandou-me
— mensageiro da jornada
—
trazer-te este colar, esta alvorada
de lágrima e de amor — a eterna palma”
Eu
vou maquinalmente e vou deixando
Pelo caminho... (que pesar infando!)
Fibras do coração, pedaços d’alma.
Em viagem, 7 de julho de 1890
Publicado em “A Verdade” de 24 de julho de 1890
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