Vida e Obra de Bernardo Guimarães
  poeta e romancista brasileiro [1825-1884 - biografia]

 
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Dinheiro para o enterro de Álvares de Azevedo

Corria o ano de 1850.

Bernardo Guimarães e seus amigos das Arcadas de São Francisco precisavam de dinheiro para bebidas e mulheres, nessa ordem.

Diante do estudante e poeta Manuel Antônio Álvares de Azevedo, moço pálido e autor da Lembrança de Morrer, Bernardo teve uma idéia.

-- Maneco, tu vais morrer!, disse Bernardo ao poeta

Bernardo, Aureliano José Lessa (1828-1861), Antônio Canedo, José Bonifácio (o moço), Antônio Suplício Sales e outros rapazes colocaram Álvares de Azevedo deitado numa mesa, esticando-o em postura de defunto. Enquanto Maneco  protestava em vão, os rapazes amarraram-lhe os  sapatos, um ao outro, com fitinha branca. Cruzaram-lhe as mãos, travaram queixo à cabeça com  um lenço, e cobriram o corpo coberto com um lençol, sobre o qual foram colocadas flores murchas roubadas de um velório.

Aprontado o "defunto", Bernardo Guimarães e sua turma saíram pelas ruas para espalhar a notícia que deixou muitas pessoas abaladas.

-- Morreu Álvares de Azevedo!

Estudantes, professores e pessoas da sociedade compareceram à República de Álvares de Azevedo para prestar homenagem ao poeta de cuja saúde já se sabia que não era boa. A todos, o grupo de Bernardo pedia dinheiro para o enterro do poeta.

Com os bolsos cheios, os rapazes deixaram a casa do "defunto" e foram se banquetear na Rua das Casinhas e na Rua de Baixo, onde moravam doceiras e assadeiras.

Lá pelas tantas da madruga, aparece um furioso fantasma. Era Álvares de Azevedo.

-- "Eu faço o papel de morto para vocês se banquetearem. Vou também regalar-me!"

Como Álvares de Azevedo não poderia continuar como morto porque morto não pode ir à escola, a farsa foi logo descoberta.

As pessoas que deram dinheiro para o enterro e o jornalista, que publicou a morte de Azevedo, ficaram furiosos com a brincadeira de B.G. e sua turma.

Por precaução, Bernardo Guimarães ficou alguns dias sem sair de casa.

Nota: Álvares de Azevedo morreu de verdade dois anos depois, de tuberculose, em 25 de abril de 1852, aos 21 anos incompletos.

 
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