Pe. Jordan nasceu aos 16 de junho de 1848, em Gurtweil, na Alemanha, filho de Lourenço e de Notburga Jordan. Tanto o lugar do nascimento como a família eram de condições humildes.

Gurtweil é uma pequena vila no sul da Floresta Negra, não longe da fronteira com a Suíça. O nome parece se originar dos tempos pré-cristãos, de um posto das legiões romanas.

Cercada por florestas e campos, é um lugar de um povo simples, trabalhador e conformado. O Pe. Jordan era um verdadeiro filho deste povo, imbuído do mesmo espírito de fé e de tradições cristãs.

Seu pai, Lourenço Jordan, tinha sido, por mais do que 15 anos, empregado em uma hospedaria de outra pequena vila, Rheinheim. Recebia uma remuneração nem muito alta e nem muito baixa.Uma de suas obrigações era cuidar dos cavalos e, enquanto tomava conta deles, um dia foi vítima de um acidente. Levou um coice e ficou seriamente machucado, tendo que lhe ser amputada uma perna. Teve também sérias machucaduras no peito. Nunca se recuperou realmente desse acidente. Foi-lhe feita então uma perna de madeira, mas ele não pôde ficar por muito mais tempo em seu emprego.Contudo, algum tempo depois, pôde conseguir um novo emprego como guarda municipal de Gurtweil. É interessante notar que foi neste mesmo tempo em que o pai de outro menino - que era também destinado para grandes coisas - era o guarda municipal de Riese, uma pequena vila italiana. O nome do menino era José Sarto, agora universalmente conhecido como S. Pio X. Como Papa, ele abençoaria o Pe. Jordan e sua obra. Saídos de uma mesma condição social, estes dois homens tiveram algo em comum.

As obrigações de Lourenço Jordan não eram tão pesadas. Ele fazia uma combinação entre carteiro e pregoeiro público. Mas, mesmo estes trabalhos leves para um jovem, não o eram para um homem enfermo. Para não perder este salário tão pequeno, mas necessário para a família, seu velho pai muitas vezes teve que substituí-lo.

Sua mãe veio também de uma família simples e pobre. Seu nome de família era Peter e sua terra natal Buhel. Como seu marido, ela também trabalhou para outras pessoas logo que deixou a escola. A pobreza a preparou para o duro trabalho desde a sua juventude. Quando se tornou esposa de Jordan, sua vida de trabalho não mudou em nada. Ela era conhecida como quieta, trabalhadora e mulher séria. Especialmente depois do acidente de seu marido, a responsabilidade do trabalho de casa e da pequena chácara caiu sobre as suas costas.Além disso, ela ainda teve que trabalhar para outras famílias para complementar o magro salário de seu marido, que se tinha tornado insuficiente com o crescimento da família. Deus os abençoou, em sua vida matrimonial com um filho. Este pequeno foi recebido com muita gratidão como uma bênção divina vinda do céu - a despeito da doença do pai, da sobrecarga da mãe e da acentuada pobreza do lar. Eles tinham um verdadeiro espírito cristão, cheio de fé e confiança na amorosa Providência de Deus.

Tiveram ao todo três meninos: o mais velho era Martinho, o mais jovem era Eduardo e o do meio era João Batista, o futuro Pe. Jordan. Este nasceu a 16 de junho do ano da revolução de 1848 e foi batizado no dia seguinte na paróquia de Gurtweil, onde recebeu o nome de João Batista. João Batista Jordan - o nome soa como um presságio de grandes coisas que vão acontecer; parece conter algo como uma bênção, uma promessa de especial eleição de Deus. Como que outro João, o Batista junto ao Jordão, este João também seria o precursor, o anunciador do grande Rei, a voz convocadora dos homens para a chegada de Jesus, o único Salvador do Mundo.

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