Jica y Turcão

"Música afrocaribeñalatinocaipirabrasileira. Nada melhor do que essa palavra-válise para caracterizar com precisão o som feito pela dupla Jica y Turcão. Nela encontramos todas as vertentes artísticas que compõe o trabalho musical de ambos. É "afro" na percussão realizada por Jica. É "caribenha" pela força salseira do ritmo. "latino" porque reflete a longa experiência da passagem dos dois pelo grupo Tarancón. É "caipira" pelo pontilhado das cordas do Turcão. E finalmente "brasileira" na riqueza melódica, no humor presente em suas músicas e também inerente em Jica y Turcão.

Tudo isso está materializado e masterizado no CD "Música de Relaxo", um relex sonoro independente que já rendeu a Jica y Turcão a indicação entre os finalistas do Prêmio Sharp, categoria "duplas". Nele encontramos divertidas sátiras e engraçadas paródias, além da oportuna recuperação da marchinha carnavalesca, ritmo brasileiro tão injustamente esquecido em nossos dias. No palco todos esses elementos sonoros ganham um colorido especial pela performance criativa de Jica y Turcão. Com a dupla não tem meio termo. É riso garantido ou sua risada de volta."

Franklin Valverde

Biografia

Turcão é Sérgio Feres. Participou em 1976 da criação do Grupo Macuco de música latino-americana, onde permaneceu durante alguns anos. Em 1977 criou várias trilhas sonoras para documentários da empresa "Futura Filmes". Depois integrou o Grupo Tarancón, onde permaneceu durante 14 anos, divulgando a música latino-americana, no Brasil e no exterior. Com o grupo gravou 7 discos, fez mais de 1500 apresentações só no Brasil e participou também do Festival Mundial das Artes, em Asilah, Marrocos.

Criou e participou como ator do musical infanto-juvenil "Magnitule", dirigiu a cantora Miucha em "Buenos Dias América"- gravado em Havana-Cuba, em 1985. Participou do Festival dos Festivais com a música "Mira Ira" que se classificou em segundo lugar e ganhou a indicação de "melhor arranjo". Turcão já criou jingles publicitários para empresas como: Doriana, Walita, Becel e SBT, participou, como ator, de comerciais de Caninha 51, Campanha da SBPC e C&A e criou trilhas sonoras para longa metragens e desenhos animados da empresa "Verbo Filmes".

Em 1995, fez a direção musical do CD de Oswaldinho Viana "São Sebastião do Tijuco Preto"e durante todos esses anos teve participações em diversos discos e CDs, dentre eles: Abílio Manoel, Itamar Assumpção, Mão Branca, Matogrosso e Mathias e Tetê Espíndola.

Jica é Jair Benedito Gonçalves do Nascimento. Foi em dos fundadores do Grupo Tarancón, juntamente com Mirian Mirah e Emílio Nieto em 1973. Gravou com o grupo 8 discos e viajou o Brasil e para o exterior divulgando a música latino-americana. Participou como percussionista da trilha sonora do filme "Garota Dourada", com músicas de Guilherme Arantes, e da trilha do filme "Ameríndia" ao lado de Marlui Miranda. Foi também ao Festival Mundial de Artes em Asilah-Marrocos.

Jica foi o idealizador e produtor do Projeto Musical "Latino"apresentado no Centro Cultural São Paulo por 3 anos consecutivos (93, 94 e 95), com apresentações de artistas como Mirian Mirah, América Índia, Axioma, Grupo Tarancón, Raza Índia, Tarumã, Raíces de América e Cia de Arte Flamenca LAurita Castro. Na área de produção fez também o Projeto "A Vez do Brasil - A Nova Música de São Paulo", no Armazém Bar, onde é Assessor de Imprensa dos shows que acontecem no local.

Os dois juntos, Jica y Turcão, ainda ministram um workshop ou Oficina Viva de ritmo, corpo e som, para quem quer aprender a cantar e dançar brincando, porque segundo eles: "Tudo na vida tem som - Tudo na vida é tato".

O objetivo dessa oficina é estimular o ritmo e a música que há em cada pessoa, utilizando-se de instrumentos convencionais e não convencionais. Através da manipulação de mateirais sonoros, sons do próprio corpo, brincadeiras lúdicas com ritmo e som, experimentação. batuques e cirandas esses elementos são vivenciados ajudando a descobrir e ampliar relações com o universo musical.

Eu, Turcão e Jica

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