Ap�s uma inf�ncia feliz, num lar crist�o, Jo�o Batista completou, na sua cidade natal, os estudos prim�rios e secund�rios. Por�m, somente depois do servi�o militar como marinheiro, na Capitania dos Portos de Veneza, j� com 25 anos de idade, seguiu a voz do Senhor, que o chamava a vida sacerdotal salesiana.
Em 1938, entrou no aspirantado de Ivrea e em 1940 iniciou o noviciado em Castelnuovo. A� recebeu o habito religioso das m�os do Padre Pedro Tirone e, aos 16 de agosto de 1941, emitiu os primeiros votos religiosos.
Em Roma, dedicou-se aos estudos filos�ficos e, em seguida, fez o tiroc�nio pratico em Turi, Crocelta.
Em 1946, o Instituto Teol�gico de Bellengo acolheu o jovem salesiano, consagrando-se definitivamente, no mesmo ano, a Deus na Congrega��o Salesiana pelos votos perp�tuos.
Em 3 de julho de 1949, j� amadurecido pela piedade e pelo estudo da Ci�ncia de Deus, recebeu na Bas�lica de Maria Auxiliadora, em Turim, pelas m�os do Cardeal Maur�lio Tossati, a Ordena��o Sacerdotal.
Empolgado pelo ideal mission�rio, o neosacerdote partiu para o Brasil, onde iniciou, em 1950, o seu apostolado sacerdotal no Semin�rio S�o Jose, de Manaus, onde se dedicou, por tr�s anos, � forma��o dos futuros levitas da vasta plan�cie amaz�nica. Aos domingos e dias santos, trabalhava com grande zelo no orat�rio.
Em 1953, foi transferido para o Col�gio do Carmo, em Bel�m (PA), onde trabalhou no economato e ensinava Matem�tica, nos diversos cursos daquela casa de educa��o. Em 1955, a obedi�ncia o chamou para Juazeiro do Norte (CE), terra do legend�rio Padre C�cero. Como catequista, e mais tarde como ec�nomo, ajudou na organiza��o do col�gio salesiano daquela cidade sertaneja. Durante este per�odo, adquiriu , em Fortaleza (CE), a habilita��o para o ensino de Matem�tica, Desenho, Latim e Trabalhos Manuais para os cursos de n�veis Fundamental e M�dio, alem do registro de Secretario e Diretor de Escola.
Depois da divis�o da Inspetoria de S�o Luiz Gonzaga, de Recife (PE), o Padre Moretti optou pela sua incardina��o na rec�m-criada Inspetoria Mission�ria da Amaz�nia. Vindo, ent�o, para Porto Velho, onde chegou em fevereiro de 1960, a fim de assumir a dire��o do Col�gio Dom Bosco.
Em 1968, a obedi�ncia o chamou para Manaus, na qualidade de diretor da Casa Inspetoral. Ap�s umas f�rias bem merecidas na terra natal, o Padre Moretti voltou novamente a Porto Velho, onde permaneceu ate sua morte, no Instituto da Diocese, realizando os mais variados trabalhos, tornando-se a m�o direita do Bispo Diocesano.
Em julho de 1974, celebrou, rodeado pelos numerosos alunos e ex-alunos, pelas autoridades e o povo amigo, suas bodas de prata sacerdotais.
Como bom salesiano, considerou a juventude o objeto predileto de seu zelo pastoral. Ajudou com compet�ncia na funda��o e organiza��o da Escola Paroquial Domingos S�vio.
Trabalhou com efici�ncia, amor e dedica��o no antigo Movimento Brasileiro de Alfabetiza��o - MOBRAL. Foi diretor da Escola Domingos S�vio, professor de Matem�tica e secret�rio-geral da atual Escola de Ensino Fundamental e M�dio "Castelo Branco".
Onde se tratasse de educa��o e ensino, l� estava o padre Moretti com sua presen�a salesiana singela e compreensiva.
A denomina��o "Padre Moretti" ao Centro Estadual de Educa��o de Jovens e Adultos foi dada em homenagem ao velho padre e mestre que muito colaborou para com a comunidade de Porto Velho.
Antes da cria��o desta institui��o de ensino, a Divis�o Territorial de Educa��o realizava anualmente exames de supl�ncia para as pessoas que n�o tinham escolaridade nenhuma, e o Padre Moretti, voluntariamente, dava aulas a estas pessoas, preparando-as para esses exames. Assim, valorizando o seu trabalho espont�neo desenvolvido, seu nome foi indicado e aceito pelas autoridades como Patrono desta institui��o que se dedica ao ensino de jovens e adultos.
O Padre Moretti voltou � Casa do Pai no dia 6 de junho de 1975. Foi-se na madrugada da festa lit�rgica do sagrado Cora��o de Jesus.
O Padre Moretti, sacerdote por chamada de Deus, e educador, por convic��o, s�mbolo maior do ensino em Rond�nia, modelo m�ximo de nossa Escola, destacou-se em nossa comunidade pelo exemplo de cidadania, dedica��o, coragem e amor ao pr�ximo.
Pesquisa biogr�fica realizada pelo professor J�lio de Ara�jo e Lindaura Coelho D Moura (aluna do 1o. ano A em 2001) |
