PAPO DE BOTECO 5

- quando eu cheguei em são paulo, fui morar num quarto alugado na rua augusta. o apartamento era enorme, daqueles antigões, e a dona era uma velha senhora carioca, que morava no rio e aparecia apenas de vez em quando. graças a deus.
- por quê?
- era uma velha meio maluca, desquitadaa, macumbeira e professora de violão. às vezes ela era legal, às vezes era uma chata do caralho. eu usava a seguinte tática com ela: como eu sabia que ela era chegada num copo, toda vez que ela vinha do rio eu comprava um uísque meia-boca, digamos, um oldêiti, e dava um porre nela. era engraçado. ela misturava o uísque com guaraná e mamava com gosto aquela coisa doce. com dois copos, já estava no ponto.
- vai dizer que você comia a velha?!? - olha, nem em coma eu tentaria alguma coisa com ela. eu quis dizer que estava no ponto de ir dormir. e ela ia, e como roncava! parecia um motor a diesel.
- hahaha! mas e daí?
- daí eu descia pro bar do tufik, um tuurco que era um ano mais novo que eu. o bar dele ficava exatamente do outro lado da rua, bem na frente do meu prédio. era um boteco pior que esse aqui. baratas mexiam as antenas do alto das prateleiras. uma vez uma foi frita por engano junto com um bife mas eu vi o sujeito que estava comendo simplesmente pegar a barata frita, jogar longe e continuar comendo, sem dizer nada. os torresmos eram cor de laranja, boiando em gordura. acho que estavam ali desde o proprietário anterior. o quibe frito parecia uma lua de júpiter. era disforme, esburacado.
- credo! e você comia aquela comida? - sim, apesar da comida estar num meio--termo entre o perigoso e o venenoso. uma vez pedi uma porção de fígado com cebola que levou três dias para ser digerida. mas era divertido. eu tinha um lugar cativo no boteco, um banco alto quase que na calçada. dava pra ver o movimento da rua, falar com as putas, os traficantes e os ladrões de rua...
- fala das putas.
- ...tinha de tudo. um dia, eu estava nna terceira cerveja, boteco vazio, quando apareceu aquela gordinha simpática que não parava de falar com o tufik. puxou da bolsa um álbum de fotos, desses que vêm de brinde com a revelação, onde ela aparecia pelada num motel com quatro caras.
- catzo!
- a mulher não era grande coisa, e nas fotos todo mundo parecia bem bêbado. depois ela puxou da bolsa um enorme caralho de borracha e disse: este aqui é o meu amiguinho!
- hahaha!
- ela já tinha bebido uns seis conhaquees. colocou aquela coisa em cima do balcão e o tufik disse: duvida que você põe o zabra tudo lá dentro. depois ele explicou que zabra é pau em árabe. bem, a gordinha disse que SEMPRE enfiava tudo e sobrava espaço. olha que o cacete tinha uns vinte centímetros.
- essa é das espaçosas...
- então, o tufik disse que não, era imppossível, ela disse que sim, eu parti pra quarta cerveja e, quando o tufik veio me entregar, cochichou no meu ouvido: olha só que vai acontecer!
- mas o que ia acontecer?
- vai vendo: ele chegou na frente da miina e disse: se você põe isso inteiro pra eu ver, não precisa pagar conhaque.
- CARAMBA!!!
- ela ainda negociou. afinal, era uma pputa. queria mais dois conhaques de graça, se entubasse aquele salsichão. depois de uma animada discussão, tufik cedeu. agora vem a parte boa....
- o que houve?
- ela não ia fazer aquilo no balcão, quuase na rua, pra todo mundo ver. foi pro banheiro e o tufik e eu fomos atrás. o boteco ficou sem ninguém, mas a gente podia controlar o movimento da porta do banheiro, caso alguém entrasse. a mina, que estava de saia, simplesmente se sentou na privada, baixou as calcinhas e começou a chupar o caralho de borracha. depois se deu conta que estava seca, e perguntou se tinha vaselina.
- vaselina em boteco?!? vai dizer que oo turco era um tarado e tinha vaselina por lá?
- claro que não. não tinha nada. aí me deu a idéia: fui até o balcão e peguei a lata de azeite.
- azeite?
- sim, azeite vagabundo composto de sojja e oliva. levei pra ela, que imediatamente lambuzou o catzo com o azeite e enfiou aquele cilindro grosso na xoxota. o tufik se espantou: mas sumiu tudo! e ela, gemendo: não falei? depois colocou os peitos pra fora, uns melões enormes com grandes bicos rosados, para que pudéssemos apalpá-los. como alguém tinha que ficar de olho se entrasse gente no boteco, foi primeiro o tufik e eu fiquei de sentinela na porta do banheiro. ele segurou aquelas tetas enquanto a mina se torcia em torno do eixo cardã socado dentro dela. depois de mexer um pouco com aquelas glândulas mamárias, o turco me falou: agora sua vez. aí eu mexi também e depois ela tirou a vara da xoxota, botou a calcinha e fomos todos pro balcão, beber e continuar o papo.
- um ambiente bem civilizado. garçom, mmais uma nekenieh pra nós!

(c) 2001 by you-guess-who... nosso lema é: se não é verdade, que ao menos seja mentido com convicção. apesar disso, tudo escrito aqui é verdadeiro. se você duvida, continue duvidando. não damos a mínima. continuamos aceitando doação de órgãos, desde que sejam femininos e com baixa quilometragem. citamos a nekenieh mas, por enquanto, nada de patrocínio pra nós. nem mesmo umas latinhas. putos.

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