PAPO DE BOTECO 4

- essa quem me contou foi um camarada qque morava no rio. uma noite nós saímos para o programa usual de beber cerveja e falar bosta. o cara então falou tudo. ele tinha uma nega lá que realmente gostava de levar por trás. numa bela tarde, os dois estavam na casa dele, e ele usinava a mina normalmente, traçando aquela bunda. quando de repente o cara sentiu um cheiro estranho. a mina estava de quatro e ele olhou pra baixo. quando ele tirou o pau um pouco pra fora, o cabo do cacete estava preto...
- putz! que naba!
- na hora ele disse que pintou um nojo incontrolável. saiu de dentro dela gritando: "a campainha! tão batendo na porta!" e saiu correndo do quarto, com o pau preto. foi pra garagem lavar o pau no tanque. enquanto ele tava esfregando sabão no caralho, ouviu a mina do quarto: "ei, que qui tá acontecendo?". ele gritou: "é o carteiro, péra um pouco!"
- hahaha, que rolo fodido...
- é, depois o cara voltou completamentee broxa e desconversou a mina. ele disse que pegou nojo da figura e nunca mais procurou ela.
- que bobagem, só porque a mina tava umm pouco sujinha...

- todo o problema está nessa mania de boteco. quando cheguei aqui, tratei de andar por todos os botecos da redondeza. saía meia-noite de casa, sem relógio, com meia dúzia de merrecas no bolso. andava sem rumo, no meio dos vagabundos, pisando em merda de cachorro, feliz pra cacete. acendia mais um crivo e olhava pro céu, que estava completamente indiferente pra tudo. achei um punhado de botecos que nem o rambo entraria. lugares imundos, com gente grotesca entrando e saindo. minas acabadas, vagabundas bêbadas que pediam cigarro e que dariam a bunda por uma moeda...
- que ambiente refinado, hem?
- e eu no meio daquilo tudo, bebendo piinga e cerveja, e só olhando... teve dois caras que entraram num bar onde eu estava... a pedida era pinga. só de olhar pros olho torto do sujeito dava pra saber que o cara estava apenas mantendo o nível do tanque. o outro estava meio de lado, e quando se virou, havia uma bola de sangue cobrindo a outra metade do rosto dele... tipo da coisa grotesca de se ver. o cara me encarou firme, e eu tentei manter o rosto impassível. depois ele desviou o olhar, bebeu a cachaça de um gole só e foi embora.
- realmente, muito sofisticado.
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- só conheci uma mina até hoje que também tinha mania de boteco e era, assim, digamos, uma pessoa instruída, o que quer que essa porra signifique. era mucho doida a menina. quero dizer que ela bebia mais do que eu, não muito mais, mas o suficiente pra me fazer desistir antes dela. isso me deixava puto da vida. um dia, comprei duas garrafas de stolichnaya e fui pro apê dela. estava lá outro amigo nosso, que não bebia. quer dizer, não bebia na proporção absurda que a gente bebia. coloquei a vodka no gelo e fomos esquentando os motores com umas budweiser e uns sanduíches de atum com cebola muito bons, que ela mesmo fez.
- e o que rolava no som?
- ela gostava de marc bolan, um viadinhho metido a cantor. eu achava a música do cara laxante. mas tinha trago, era o que bastava. o grande problema com essa mina é que ela era magra pra caray, realmente não tinha bunda, o que é um defeito imperdoável no caráter de uma mulher. depois de um tempo atacamos a vodka. pura, sem gelo, é claro. o outro sujeito só bebericava, pra não dizer que não estava bebendo. enquanto isso a gente falava bosta, sentados no chão. quando vimos, acabou a primeira garrafa. o cara disse que ia embora.
- e daí?
- aí eu pensei: "muy bien, o terreno esstá livre agora...". sei que depois do sujeito ir embora, abrimos a outra garrafa. continuamos na vodka, alternando com uns goles de cerveja. eu estava muito bem, e ela estava falando pelos cotovelos. falou do primeiro namorado, que tirou o cabaço dela com uma brutalidade exemplar... praticamente comeu a mina a seco, o que é um erro básico, alem de esfolar o pau...
- como tem amador por aí...
- sei que depois de muitos discos, acabbou a outra garrafa. aí a mina foi no freezer e voltou com uma garrafa de orloff 0 km. era a noite da vodka. sei que na metade dessa garrafa, a mina estava no meio de uma frase quando simplesmente apagou.
- no meio de uma frase?
- é, ela estava sentada no chão e caiu pro lado feito um saco de batata. eu achei que tinha dado um troço nela. cheguei perto e vi que ela estava era ferrada no sono... putz, foi bom e ruim. bom porque eu tinha ganho dela no trago. ruim porque eu queria comer ela. sei que peguei ela no colo e levei pro quarto. deixei ela deitada lá e pensei: "bosta, devo comer ela mesmo assim ou não?". sei que achei melhor não. apaguei as luzes e caí fora.
- adiós, rabo magro...
- um brinde aos rabos que não voltam maais!

- aquela vez fomos eu e mais dois camaradas passar um fim de semana na praia. eram cento e poucos quilômetros socados dentro dum fuquinha. eu fui atrás, abraçado numa garrafa de vodka e noutra de suco de caju. estava um atrolho no banco traseiro. eu tinha levado um canecão e um isopor cheio de gelo, e ia misturando vodka com suco como se nada estivesse acontecendo...
- já foi calibrando desde a cidade, é?<
- oh yeah, um dos pintas fumava cachimbbo. ele encheu com um fumo dinamarquês excelente, e fomos cachimbando... chegamos lá, os caras foram beber cerveja e eu simplesmente apaguei. acordei no outro dia e os pintas tinham bebido prá caray. pegaram o carro e foram no super buscar umas merdas que estavam faltando. enquanto isso, eu lia uns gibis bem velhos e bebia mais uma vodka.
- putz, de manha cedo?
- é, esse é o café da manha dos campeõees. na volta, um dos caras me disse: "rapaz, o fulano está completamente errôneo. ele ficou na frente de uma prateleira e não saia mais de lá, e o cara tava oscilando...."... hehehe, deu bosta nos neurônios do sujeito. fizemos uma massa e de noite acabou a cerveja. passamos prá cachaça. saímos pra rua com a caninha e o meu canecão de beber vodka. sei que todo mundo estava meio chumbado. quando eu vi os outros dois caras estavam entrando numa igreja abraçados na cachaça. estava havendo uma bosta qualquer lá, tipo primeira comunhão, e os caras se enfiaram no meio da massa...
- ô loco!
- eu fiquei na rua encostado num poste,, rindo... depois que eles saíram, fomos andando por uma avenida bem larga. me lembro que um sujeito numa sacada começou a bater papo com a gente, uma conversa completamente nonsense. todo mundo tava bebum. sei que num dado momento eu me perdi dos outros caras, ou eles se perderam. fui até a beira do mar, onde estava frio prá cacete... eu tinha ficado com a caneca de cachaça, e eles com a garrafa. depois de um tempo, voltei pra casa. eu não tinha a chave. fiquei na varanda olhando o movimento (que era nenhum àquela hora). sei que esperei um bom tempo. e nada dos caras aparecerem. terminei com a cachaça. de repente aparecem os dois, abraçados, cambaleando pela rua. um deles, quando me viu, veio correndo e se abraçou em mim, e quase fomos pro chão...
- bota pifão nisso, hem?
- eram todos profissionais. mais tarde eu soube que eles se perderam e não sabiam mais como voltar pra casa. as ruas eram todas iguais. um deles olhava pro relógio e o relógio não dizia nada pra ele. entraram numa farmácia pra pedir orientação. não conseguiram explicar onde eles queriam chegar. numa hora, um deles saiu correndo sem motivo aparente, e acabou se perdendo do outro. éramos então três indivíduos soltos em diferentes pontos da cidade. um cara começou a procurar o outro feito um zumbi pelas ruas. uma hora, viu o outro correndo na rua e foi atrás, gritando feito doido. quando alcançou o cara, não deu tempo de frear e os dois caíram de costas no jardim de uma casa. e como caíram, ficaram... deitados exatamente ali, olhando o céu...
- pombas, o que o álcool não faz pruma pessoa, hem?
- ô garçom, vê mais uma resiak pra nós.... 

(c) 1995 by you-guess-who... esse texto é composto 100% de fatos verídicos. não temos preconceito de raça, cor, religião, credo político, nível social ou educacional, quando a nega é gostosa e dá com desenvoltura. citamos o nome resiak mas esses vadios não querem saber de patrocinar a gente. seja radical, divulgue papo de boteco. no mínimo vão achar que existe um intelectual dentro de você. o problema é que muita gente, quando chega nesse ponto, acha que deve ter um intelectual atrás. daí aquela frase: "você ainda vai dar prum grande intelectual".

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