PAPO DE BOTECO 12

- mas me diz uma coisa: viadagem tem cura?
- olha, já ouvi falar de transviado, dessviado, mas nunca de ex-viado. parece que o negócio já vem na mente do cidadão desde o nascimento. um exemplo era o hans.
- hans?
- era um descendente de alemão que morouu uns tempos dividindo um apartamento de dois quartos com uma amiga minha. a família dele nem poderia sequer desconfiar que o sujeito dava a ré num quibe senão certamente mandava matar. eram muito conservadores e autoritários.
- mmm... então o cara levava marmota apeesar do risco de vida?
- sim, mas ele dividia o apartamento comm a menina e pediu pelamordedeus que ela se fingisse de namorada dele. e ela topou!
- catzo!
- andavam de mãos dadas pela cidade, elaa freqüentava a casa dele, conheceu os pais e passou a ser dublê de namorada. claro que jamais rolou nada entre os dois, pois a fruta que ele gostava era outra... ele era um sujeito enorme, com quase dois metros, mas tinha tara por baixinhos e franzinos.
- tem gosto pra tudo...
- o cara tinha tudo para comer todas as mulheres da cidade. era rico, bem-nascido, louro e de olhos azuis. e ficava dando para peões-de-obra e pros colegas da faculdade...
- que vergonha!
- sei que a minha amiga disse pra ele: oolha, hans, tenta pelo menos uma vez na vida comer uma mulher, nem que seja para provar outra coisa além de trolha!
- hahaha! e ele topou?
- topou, a título de experiência. deu o fora no anão que estava comendo ele e saiu pra noite. logo arranjou companhia. era uma menina alta e tesuda, um verdadeiro avião.
- e ele se converteu?
- vai vendo: ela estava doida para dar ppro alemão, e ele meio sem jeito, afinal, era virgem de mulher. o tempo foi passando e não teve jeito: ela agarrou o cara e arrastou pra cama. a menina queria que o sujeito lambesse a tatorana dela. o hans foi chegando, deu uns beijinhos nas coxas dela, ela abriu as pernas, arregaçou a xoxota, ele se posicionou e caiu de boca. aí deu merda...
- que merda que deu?!?
- ela fez a clássica manobra do alicate turco: assim que ele encostou a boca na xereca, ela prendeu a cabeça dele com as pernas, trançando elas nas costas do hans. o problema é que ele detestou o cheiro da buceta na qual a cara dele estava enterrada. não tinha como falar nem como tirar o rosto daquele matagal de pentelhos. o cara começou a se debater e finalmente a mina afrouxou o laço e o cara saiu se cuspindo todo, correndo pro banheiro lavar a boca.
- putz... e a mina?
- ficou ofendidíssima com o gesto e manddou o cara à merda. pegou o carro e foi embora. o hans, arrasado, foi se consolar com a minha amiga e chegou à conclusão que, definitivamente, a fruta preferida dele era banana mesmo.
- mas que coisa...

- o alair era um bicheiro famoso lá na praia onde morava meu tio. tinha uma pequena fazenda onde criava uns bichos e plantava. o caseiro que ele arranjou era um português.
- tá brincando!
- não, o cara tinha vindo da terrinha meesmo. como o alair tinha um apartamento na cidade e precisava cuidar dos negócios, durante a semana ele nem aparecia na fazenda. além dos patos, gansos, cabras e cachorros, tinha um chiqueiro na propriedade. sei que um dia apareceu um porco solto que não era do alair e começou, calmamente, a comer as couves da roça.
- e aí?
- aí que o caseiro laçou o bicho e tocouu pro chiqueiro, afinal era um animal vistoso, mas não era capado. depois de três dias, como ninguém reclamava o porco, o manezinho resolveu capar o bicho, pra que ele engordasse e não incomodasse as porcas. o cara cortou as bolas do bicho, colocou desinfetante e foi fazer aquela fritada de bola de porco com farinha e pinga.
- cacete... e aí?
- aí ele limpou bem os testículos, tempeerou com muito limão e sal, botou pra fritar e comeu tudo. bebeu bastante pinga e foi pra baixo de uma árvore palitar os dentes. foi de lá que ele viu um sujeito chegando, que perguntou: o senhor viu um porco preto por aí? o manezinho falou: sim senhor, tá lá no chiqueiro. foram os dois lá pra junto dos porcos e o forasteiro reconheceu o porco: é o chico, meu reprodutor!
- ai ai ai ...
- e continuou falando: paguei um dinheirrão pelo bicho! mas olha que beleza de porco! à essas alturas, o porco se vira e aquele senhor põe a mão na cabeça: mas cadê as bolas do meu porco?!?
- HAHAHA... o chico tinha virado eunuco!!
- e o cara desesperado: as bolas, as bollas, cadê as bolas do meu porco? e o manezinho teve que falar, enrolando a língua: olha, como não vinha ninguém reclamar o bicho, eu cortei fora e comi...
- refeição cara...

- o neco e o bituca eram os dois caras mais malucos da cidadezinha onde eles moravam. era uma cidade bem pequena. uma vez, o neco arranjou, sabe-se lá como, uma batina de padre, e vestiu aquela droga...
- e aí?
- aí ele chegou no boteco mais movimentaado da cidade, largou a bíblia no balcão e gritou: vê uma cachaça aí.
- hahaha... e o bituca?
- o bituca tinha uma kombi caindo aos peedaços. um dia ele pegou um tijolo e trancou o acelerador da kombi. engatou a primeira e se sentou no banco de trás, onde tinha uns fios que ele tinha amarrado no volante. bem devagarzinho, ele circulou pela cidade. o povo se espantou com o carro que andava sozinho, e ele abanando pra todo mundo, do banco de trás e ninguém na direção...
- esse é doido. o que aconteceu com eless?
- os dois resolveram tomar jeito e arrannjaram um emprego, na mesma época. trabalharam o mês todo e receberam o salário. claro que foram comemorar no boteco do "seu" ambrósio. pinga vai, pinga vem, começaram a discutir quem era o mais louco dos dois. o neco dizia que era ele, o bituca, ofendido, dizia que ele era o mais louco da cidade. até que o véio creonte falou lá do canto: louco é quem queima dinheiro.
- mmm... não me diga que...
- sim. cada um pegou o bolo de dinheiro que era o salário do mês inteiro e botou em cima de uma mesa de ferro. o "seu" ambrósio pegou uma bisnaga de álcool zulu e entregou pro neco, duvidando que eles iam fazer aquilo. pois o neco virou o álcool em cima do salário dele e do bituca, os dois riscaram fósforos ao mesmo tempo e jogaram na pilha de dinheiro.
- caraca!
- queimou tudo. virou cinza. quem viu, mmal conseguia acreditar.
- e aí?
- aí o "seu" ambrósio, quando perguntaraam quem era o mais maluco da cidade, se o neco ou se o bituca, respondeu: empate técnico!
- ha! ô garçom, mais um conhaque pra nóss!

(c)2001 by you-guess-who... esses textos são verídicos. paramos de beber cerveja e estamos nos destilados, pra variar. nossa faxineira, vandirene, pediu as contas depois de receber a trolha imperial no orifício monossílabo. a vaga está em aberto. o currículo das mocetonas pudibundas será inspecionado em profundidade pelo nosso vittorio brambilla, que é igual a um pinheiro: quanto mais velho, mais grosso.

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