Sindicato dos Bancários / McChicken Royale 

    Pressionado pelo alto custo de alguns hábitos luxuosos, Maso del Saggio, o Poeta, consentiu em prostituir sua mente privilegiada num subemprego como analista financeiro de uma renomada instituição bancária. 
    Eis que, deixando a Bolsa Mercantil de Futuros após lucrativas negociações, o Poeta depara-se com um lamentável happening promovido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo. Facínoras adentraram uma agência bancária portando vários sacos de aniagem contendo galinhas vivas, que foram soltas em meio aos clientes, provocando balbúrdia e histeria coletiva.
    Os seguranças tentavam, em vão, apanhar as aves que pulavam e voavam por cima dos caixas; várias ficaram ciscando no saguão e algumas pegaram a escada rolante, indo parar nos caixas reservados a clientes especiais. Um boy, que saía com o malote, habilmente pegou uma galinha pelo pescoço e olhou para um segurança, sem saber o que fazer com o bicho, que esperneava. O segurança gritou "leva procê!". Sem esperar um segundo convite, o boy pegou uma pasta vazia e enfiou a galinha lá dentro, deixando a cabeça de fora e fechando o zíper até o pescoço; depois, seguiu feliz pelo Centro com o jantar debaixo do braço.
    No pasquim comunista divulgado pelo Sindicato, uma foto flagra um distinto investidor no momento em que adentrava a agência, de terno e pasta de grife. Ele está olhando um grupo de três galinhas que, por sua vez, o examinam com evidente curiosidade, pois, certamente, jamais haviam visto um bípede com tão espantosa aparência.

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