Professor Underberg - parte II

Há um estranho grupo de pessoas que recusa qualquer bebida alcoólica: os abstêmios. George Bernard Shaw foi um deles, se é que você sabe de quem eu estou falando. Não que importe muito, o que importa é a atitude. O que levaria uma pessoa a renunciar ao prazer de tomar um traguinho de vez em quando? A resposta definitiva jamais me ocorreu, mas tive a oportunidade de conversar com muitas pessoas sobre o assunto. Durante a visita a uma vinícola bem pouco famosa, no sul, por acaso encontrei o dono da propriedade. Tratava-se de um senhor já encanecido, responsável pela palavra final sobre quais garrafas sairiam ou não daqueles vastos vinhedos. Pude me sentar com ele - era um sábado, se não me engano (o único dia em que ele se permitia beber) - e abrimos uma garrafa. O vinho, vertido nas taças, dançou na mão pensativa daquele velho, que depois de algumas frases soltas, sentenciou: "Não confio em gente que não bebe".

O Luciano era um sujeito bem moderado, para os padrões etílicos industriais deste Professor que vos fala. Mas, durante a temporária estupidez da adolescência (que às vezes dura para sempre), topou acampar com uma turma de amigos no meio do mato, juntamente com dois barris de chopp. O objetivo era unicamente beber. (Mas que diabos, por que se enfiar no meio do mato para beber quando o bar da esquina pode muito bem resolver o problema? Paira uma dúvida sobre este episódio...). Quando foram instalar a bomba no barril, houve um problema: o chopp começou a jorrar pela mangueira, incontrolavelmente. Quando viram o precioso líquido se espalhar pelo gramado, resolveram tomar uma atitude drástica. Fizeram uma fila; o primeiro da fila se deitava no chão e enfiavam a mangueira direto na boca do indivíduo, que tentava beber o máximo possível. Quando não aguentava mais, levantava a mão, sendo substituido pelo próximo da fila e retornando ao início dela.

A Denise tinha o maior orgulho dos seus peitos. Eram grandes, mas não exagerados. Os mamilos marrons, sempre duros, formavam as ogivas daqueles mísseis lácteos. Além das tetas, ela tinha a bunda firme e não se negava a receber uma mandioca pela porta de serviço. Pois bem, eis que a dona Denise aceitou um convite pra lá de suspeito de um amigo sem-vergonha. A princípio, eles iriam ao cinema (filme Iraniano, ou seja, um porre) e depois iriam fazer um chocolate quente com conhaque no apartamento dele. Quando ela chegou no apê, antes de irem ao cinema, desabou um aguaceiro dos diabos. Desistiram, pois, e se dedicaram ao chocolate. Sei que na verdade beberam foi o conhaque com uma quantidade mínima de chocolate. A Denise era meio inexperiente em termos de administração alcoólica; logo ficou bêbada e, quando foi agarrada pelo sujeito, não protestou. O sujeito puxou o pau pra fora, ela abocanhou , depois ofereceu a bunda. Ela era daquele tipo de pessoa que, quando bebe, fica sentimental. Enquanto estava sendo enrabada até o talo, ficou choramingando que precisava de alguém que "tomasse conta" dela. Depois de ter os intestinos irrigados, se levantou e foi ao banheiro vomitar. Voltou pra cama, abraçada na garrafa de conhaque; bebeu um talagaço direto do gargalo. Continuou com o papo de "estou carente", etc, e tornou a ser enrabada; depois se levantou, vomitou, voltou, e prosseguiu com aquela conversa mole. E recebeu de novo o monjolo na bunda. O ciclo se repetiu e ela passou a madrugada toda sendo sodomizada e falando pelos cotovelos, descrevendo o quanto era difícil achar um homem "sensível"...

Quem não se dá bem com o copo deve tomar cuidado em decidir quando e onde beber. Um amigo meu, nos tempo de juventude, quase que passa pro andar de cima. Como ele era estudante e a grana estava sempre curta, bebia cuba-libre, ou melhor, "samba". Esta bebida pavorosa é composta de cachaça e um refrigerante de cola, com gelo, açúcar e limão. Meu viajado fígado se contrai de pavor enquanto escrevo a receita desta poção nauseabunda. Então armaram uma festinha no prédio de um colega; botaram uma vitrola (meu deus, estou ficando velho!) no salão de festas, compraram a pinga e começaram a dançar e encher o porongo de "samba". O tempo foi passando e este meu amigo saiu para o terraço tomar um vento. Foi aí que teve a brilhante idéia de plantar bananeira no parapeito do terraço - que ficava no quarto andar. Imagine a situação: o sujeito, já bêbado, se equilibrando de cabeça pra baixo na beirada de um prédio. Claro que ele caiu.  Teve tanta sorte que virou no ar e caiu de pé, quebrando apenas o fêmur. Estava tão chumbado que nem sentiu a perna; os colegas, apavorados, foram ajudar o sujeito a ficar de pé - e ele recusou a ajuda. Tentou se firmar e aí caiu no chão, percebendo que o tombo tinha sido mais sério. Para quem tinha todas as chances de estourar os miolos na calçada, esse cara até que se deu bem.

 

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