Elvis Presley

Pablo Alu�sio




Entrevista com Lisa Marie Presley


Filha �nica de Elvis Presley, ex-esposa de Michael Jackson - voc� pode ter certeza que ela tem muito a contar. Nesta entrevista exclusiva, ela fala sobre seus tr�s casamentos, seu pai e sua paix�o por Darth Vader!.�
(Artigo escrito para a revista Rolling Stone por Chris Heath)���������

(Entrevista de Lisa Marie Presley - Revista Rolling Stone)
- "N�o existem mais motivos para ser cuidadosa", explica Lisa Marie Presley - "Porque tudo pode ser encontrado no meu CD. � frustrante, esconder todas essas coisas por anos, sem ao menos falar uma palavra. Eu queria que ficasse claro de onde vim". Trinta e cinco anos em uma incomoda situa��o em que a m�dia determina quem ela �, foi ou deveria ser, trinta e cinco anos de exposi��o que come�ou antes mesmo de seus olhos se abrirem pela primeira vez, trinta e cinco anos como a filha do mais famoso cantor de Rock da hist�ria, trinta e cinco anos tentando andar no caminho reluzente, mas trai�oeiro que a vida lhe ofereceu... e agora Lisa Marie Presley est� pr�xima de lan�ar seu primeiro trabalho, o CD intitulado "To Whom It May Concern". "Se voc� quiser saber quem, e o que eu sou, est� l�", ela afirma. "Esta � a imagem de como eu sou problem�tica, maluca, transtornada, est�pida ou qualquer outra coisa que voc� queira me rotular. Esta sou eu, � algo que vem de mim e esta foi a �nica raz�o pela qual eu fiz este CD" Durante todos esses anos ela evitou falar em p�blico. (n�o esquecendo de mencionar a entrevista no programa de Diane Sawyer, junto com seu segundo marido, Michael Jackson, do qual ainda falaremos). Agora, com uma boa raz�o para falar, Lisa Marie Presley se revela o tipo de mulher que n�o economiza palavras ou "sai pela tangente" em assuntos "delicados". Depois de 35 anos engolindo suas pr�prias emo��es, ela decidiu que agora vai falar, e para atingir seus objetivos ela prefere falar a verdade e n�o uma vers�o cuidadosamente limpa da mesma. Mas antes disso... - "N�o, n�o, n�o! Fora! Fora!" - ela grita - no exato momento em que me recebe quando eu chego na frente de sua casa, localizada no norte de Los Angeles, pouco antes do Natal. O problema � o pav�o. Ela corre e espanta o pav�o de estima��o dos Presley para fora da casa.� - "Pav�o dentro de casa, n�o!" - ela ggrita alto. E depois de toda a confus�o, ela prepara um ch� para n�s dois. Ela estava vestindo uma camiseta do grupo Blue Oyster Cult, de sua turn� em 1982, sobre uma camisa de manga comprida. No fundo o CD de Beck's Sea Change tocando, conforme a noite ia chegando as can��es iam mudando e a m�sica que estava agora nas caixas era a de Verve's Urban Hymns.� Eu realmente n�o esperava ficar sem jeito por causa de sua beleza, mas nos primeiros instantes foi exatamente o que aconteceu. A semelhan�a com seu pai � mais forte pessoalmente do que em fotos. Existe algo que me deixa perplexo ao ver esses tra�os t�o conhecidos em uma pessoa real, que anda e ainda est� viva. Eu tamb�m me surpreendi ao descobrir que, enquanto est�vamos conversando, o primeiro marido de Lisa Marie, Danny Keough, estava na sala ao lado dando aula particular para os seus dois filhos, Danielle, de 13 anos, e Ben, de 10 anos. As crian�as estavam em um per�odo de mudan�a de escola, soube depois. Logo, Keough e as crian�as entraram na sala onde est�vamos. As crian�as estavam rindo baixinho por causa da li��o sobre fara�s e as palavras "sphinx" e "sphincter". - "Eu estou competindo com filmes e v�deo games" Danny comentou. Ele me pareceu muito seguro e amig�vel, e n�s conversamos um pouco sobre filmes, principalmente sobre algumas com�dias brit�nicas de que gost�vamos. - "Ele � o meu melhor amigo, em todo mundo" - Lisa Marie me diria mais tarde. - "A coisa mais sensata que eu fiz foi ter filhos com este homem, na verdade eu sempre soube que este era o homem com quem eu poderia estar conectada pelo resto de minha vida" Logo ap�s fomos para fora da casa, o clima n�o ajudava muito pois fazia um pouco de frio e ventava bastante. Fomos para fora porque Lisa Marie Presley queria fumar um pouco. Ela n�o fuma dentro de casa. - "S� porque eu tenho um v�cio horr�vel n�o significa que eu precise intoxicar meus filhos". Ela � fumante desde os quinze anos de idade, e antes de compreender que os cigarros eram terr�veis para a sa�de dela, j� estava viciada. "Eu n�o uso drogas desde os dezoito anos, mas este � um v�cio que ficou e eu n�o consigo me livrar dele", ela afirma. O maior tempo que ela ficou sem fumar foi de apenas tr�s semanas. - "Estou pronta para parar de fumar, mas s� n�o sei como ainda".

Danny Keough acabou levando Ben ao dentista, e Danielle apareceu para ficar conosco. Ela sentou bem pertinho de sua m�e. Lisa Marie Presley, por sua vez, n�o se incomoda e nem evita assuntos dif�ceis na frente de sua filha. Na verdade e para minha surpresa, sua filha freq�entemente faz coment�rios engra�ados, geralmente tirando "onda" em cima da m�e. O pav�o passa por n�s e Lisa Marie explica que � uma f�mea chamada Honky. Al�m da ave, eles possuem tr�s cachorros.

Lisa recorda que ela costumava ter pav�es em Graceland.
- "Mas eu era terr�vel" - ela diz - "EEu costumava perseguir eles no meu carrinho de golfe."
- "Igual aos sapos?" pergunta Daniellee, rindo.
- "Shhh" censura Lisa, completamente ddesconcertada. N�o ia deixar passar a oportunidade e pressionei por uma explica��o.
- "N�o" - tenta disfar�ar Presley - "NN�o � nada n�o, eu era uma demente"
- "Eu posso contar?" pergunta Daniellee.
- "V� em frente" - desiste Presley.
- "Ela costumava passar em cima dos saapos com o carrinho de golfe. De prop�sito."
- "Eram acidentes" insiste Presley. - "Meus amigos colocavam eles l�. Eu n�o sabia. Era horr�vel".
- "O que h� de errado com voc�?" - briinca a sua filha.
- "Muita coisa", ela brinca, suspiranddo.
- "Crian�as fazem essas coisas" - acabbei dando uma for�a para Lisa.
- "Ela era um tipo diferente de crian��a." diz, de forma ir�nica, Danielle.�

Lisa Marie Presley nasceu no dia 1� de Fevereiro de 1968. Seus pais, Elvis e Priscilla Presley, ficaram casados somente at� ela fazer quatro anos de idade. Depois do div�rcio, ela morou com sua m�e em Los Angeles mas sempre ia visitar seu pai em Graceland. Seu primeiro single, "Lights Out", reflete sua heran�a: "Eu sempre chorava quando eu o deixava / depois eu n�o queria ver voc�... / Eu ainda mantenho meu rel�gio duas horas atrasado." Isso era exatamente o que ela fazia, deixava seu rel�gio na hora do Tennessee, h�bito que manteve por anos depois da morte do pai.

Quando ela era crian�a, sua vida se resumia nas suas oito Barbies. - "A vida delas e a minha eram uma s�, ent�o de alguma forma eu havia perdido a minha pr�pria vida." - ela diz - "Eu amava estar naquele mundo. Quero dizer, eu era uma crian�a bem desesperada. N�o sei o porqu�. Eu me sentia muito introspectiva e as pessoas achavam que eu era triste. Eu acho que eu era um pouco introvertida demais para minha idade"

Assim como as Barbies, ela tinha um Snoopy que ela vestia e levava para a escola. - "Eu n�o tinha muitos amigos, ent�o eeu fingia que ele era meu amigo" - ela recorda - "Ele durou por anos. O nariz dele caiu e eu costurei de volta. Ele ficou t�o sujo, ent�o algu�m resolveu jog�-lo fora." Lisa Marie Presley ainda tem tr�s bonecos Snoppys em seu quarto e gosta de dormir com um deles quando est� sozinha, sem os filhos ou um parceiro.

E tamb�m havia a m�sica. Sempre a m�sica. Nas semanas anteriores a esta entrevista, Lisa Marie tem trabalhado para formar uma banda, para apresenta��es em TV e talvez shows ao vivo. Mas principalmente para provar a ela mesmo que poderia fazer isso, porque at� ent�o ela nunca tinha feito nada parecido. Sua m�e se fez presente em um ensaio. - "Ela acabou ficando muito emocionada" - diz Lisa Marie. Ela disse: "Estou lembrando quando voc� tinha tr�s ou quatro anos de idade. Voc� n�o queria brincar com ningu�m. Voc� n�o saia de casa. Voc� s� ficava no seu quarto com um pequeno toca discos e todos os seus compactos". Lisa Marie lembra de tudo isso: se escondendo, escutando m�sica ou cantando para si mesma na frente do espelho com um microfone. - "Meu pai me colocava no colo" - ela diz - "Tenho certeza que ele adorava. Ele me colocava em cima da mesinha da sala na frente de todo mundo e me fazia cantar".

E qual era a rea��o das pessoas? Todo mundo batia palma?�
- "Acho que sim"
- "Isso tinha muito significado para vvoc�?"
- "Eu n�o sei. Eu acho que eu estava mmais preocupada em faz�-lo orgulhoso de mim do que qualquer outra coisa. Eu estava cantando para ele." Ela amava a m�sica de seu pai. "Eu ficava muito feliz quando ele me levava nas turn�s", ela recorda. "Quando ele aparecia no palco eu adorava" Mas Lisa tamb�m gostava de outros artistas. Ela gostava de David e Shaun Cassidy, como tamb�m de Elton John. - "Um Natal eu pedi de presente alguns discos de Elton John" - ela diz - "Enquanto eu abria os meus presentes, meu pai ficava me observando, sentado em volta da �rvore de natal e disse: - 'Quem � este filho da m�e?'" E ent�o, algum tempo depois, por curiosidade, ele comprou alguns discos de Elton John para ele. Obviamente ele procurava responder a pergunta: - "Em quem minha filha est� interessada al�m de mim?" - afirma Lisa - "E Ent�o ele foi ver Elton ao vivo em um de seus shows, para ver quem realmente ele era."

Lisa Marie Presley escuta os discos de seu pai �s vezes. - "Em algumas ocasi�es eu sinto uma necessidade emocional de ouvir suas m�sicas" - ela diz - "Eu prefiro mais as m�sicas dos anos 70, principalmente porque eu estava por perto naquela �poca. Elas me trazem muitas mem�rias. Eu adoro as can��es tristes, aquelas que n�o eram sucessos nos r�dios como por exemplo "Mary in the Morning", "In the Ghetto", "Just Pretend" e "Solitaire". Essas s�o, sem d�vida, algumas de minhas preferidas".�

Quando era crian�a, Lisa vivia praticamente duas vidas: uma de disciplina r�gida imposta por sua m�e, e outra que talvez refletia solid�o e indulg�ncia adulta em Graceland. - "N�o tinha ningu�m tomando conta de mim. Todos tinham medo do meu pai e ele sempre estava dormindo. Ent�o quando isso acontecia, eu me transformava em uma tirana... Se ele estava dormindo, como quase sempre estava, eu fazia tudo o que eu queria, at� que ningu�m ag�entava mais e ent�o me mandavam para o quarto dele. Eu era terr�vel. As pessoas me davam suas cameras fotogr�ficas para eu tirar fotos, eu aceitava o dinheiro e dizia que ia tirar uma foto do meu pai, e ent�o eu jogava a camera em algum lugar, jogava elas fora. Eu era terr�vel. Os f�s estavam sempre em cima das �rvores ou no port�o tentando fazer com que eu chegasse perto deles. Quando eu estava andando no meu carrinho de golfe eu sempre fazia isso, era muito divertido. Mas por outro lado era tamb�m estranho, porque �s vezes algu�m pulava dentro da propriedade, e isso acontecia freq�entemente, e eu ficava morrendo de medo. Eu pensava que eles poderiam estar atr�s de mim por causa das minhas brincadeiras, sabe. Uma vez um homem, meio louco, pulou e me disse: "Oi eu sou Priscilla, e estou pronta para o jantar", puxa que pavor eu tive, d� pra imaginar?! Havia v�rias coisas malucas acontecendo naquela �poca"



Ela vai me contando essas hist�rias enquanto ainda est�vamos sentados no jardim, no escuro e no frio. - "Robert Blake construiu esta casa nos anos 70 quando ele estava estrelando em Baretta" - Lisa comenta. De repente notamos um movimento estranho no jardim.� - "Acho que aquilo foi um rato" - Ent��o eu percebi que o barulho tamb�m vinha de cima de n�s, e foi ent�o que eu vi a silhueta de Honky, num galho diretamente acima de onde est�vamos sentados" - "Isso significa uma coisa" - ela dizz - "que n�s somos o alvo agora e que devemos sair daqui".

Na cozinha, Danielle pergunta se eles ir�o � festa de Natal de Rob Zombie amanh�. Rob Zombie � um de seus amigos. - "Ele � um doce" - diz Presley - "Ele e a esposa, Sheri" Eles se conheceram atrav�s de um amigo chegado, Johnny Ramone, sobre quem ela diz: - "Eu acredito que n�s dois n�o fingimos sermos o que n�o somos" - ela ri e adiciona - "Na verdade somos idiotas irritantes" Ela nem conhecia nenhum dos discos dos Ramones at� eles se conhecerem. - "Eu gostava de Sex Pistols e Devo, este tipo de coisa, quando eu era adolescente, mas eu nunca ouvi Ramones. Eu era apaixonada por Sid Vicious"

- "Que gosto estranho voc� tem por cerrtos homens, hein ?!" - suspiro - "Eu sei" - ela concorda - "Se voc� colocar todos eles um ao lado do outro, voc� pensaria certamente que sou maluca"

Lisa Marie Presley sabe que o mundo nunca mais a viu com os mesmos olhos desde seu segundo casamento, sua uni�o com Michael Jackson em 1994. Ela fica chateada com tudo o que aconteceu e n�o entende porque a grande maioria das pessoas n�o acredita nela quando afirma que sua �nica inten��o foi a de que ela nunca quis nada al�m do que a maioria das pessoas esperam de um casamento normal. - "Tudo o que eu consegui foi uma tempestade," - conclui Lisa - "Eu sai fora. E agora as pessoas me perguntam: "Voc� parecia louca - o que diabos aconteceu com voc�!?" - Lisa prossegue - "Desta forma foi colocado um estigma em mim. Um estigma que diz: 'em que diabos ela estava pensando?'".

Ela lembra que Michael Jackson tentou entrar em contato com ela pela primeira vez, quando ela era apenas uma adolescente. Ela recebeu uma mensagem atrav�s do seu advogado - "Ele quer conhecer voc�, pois ele acha que voc� � muito bonita" - mas ela n�o queria nada com ele - "Eu estava completamente apaixonada por Danny e eu achava Michael Jackson um sujeito muito estranho e por isso n�o tinha nenhum interesse em conhec�-lo"

Depois de alguns anos, um amigo telefonou e disse que Michael Jackson queria ouvir uma demo que ela tinha gravado. Ela n�o estava interessada em fazer parte da gravadora dele, mas foi convencida que era no m�nimo uma boa oportunidade ter uma opini�o de algu�m do ramo. Eles foram apresentados na casa de um amigo em comum e foi assim que tudo come�ou.� - "Ele foi muito realista comigo desdee o in�cio. Ele imediatamente explicou que ele sabia o que as pessoas pensavam sobre ele e qual era a verdade"

Ele foi persuasivo?

- "Sim. Voc� se pega naquele sentimentto de "coitadinho de voc�, pessoa incompreendida. Eu sou uma presa f�cil para isso. Ent�o n�s sentamos e conversamos e ele n�o parecia ser a pessoa que eu pensava que era. Ele era bem real - ele estava falando palavr�es, ele foi engra�ado e eu pensei 'Nossa�' Eu cai nessa! 'Voc� tem essa coisa de Howard Hughes que aparece na imprensa, mas voc� n�o � nada parecido com o que eles dizem".

- "Mas por que ele n�o iria querer quee as pessoas soubessem disso?"

- "Eu realmente n�o sei. Eu acho que ffuncionou para ele, sabe como �, manipular essa imagem por certo tempo. A est�ria da c�mara de oxig�nio, do macaco e do elefante. Fez ele misterioso, e acho que ele acreditou que era legal. Mas depois tudo voltou-se contra ele, como sempre acontece ali�s".�

- "Eu estava sempre dizendo: -'As pesssoas n�o me achariam t�o maluca se vissem quem voc� realmente �, ou seja, que voc� faz coisas como todo mundo, bebe e fala palavr�es. E � engra�ado e n�o tem esta voz aguda o tempo todo. Eu n�o sei porque voc� acredita que isso ainda funcione para voc� quando n�o � o que acontece mais."

Ap�s o primeiro encontro eles se tornaram amigos e conversavam constantemente ao telefone. Ent�o as acusa��es de abuso sexual apareceram e o mundo de Michael Jackson explodiu. - "a merda foi jogada no ventilador" - Lisa Presley lembra: - "e ele rapidamente me telefonou para me contar o lado dele da est�ria, ent�o me pareceu como um caso de extors�o".�

- "Eu acreditei nele, porque ele foi tt�o convincente." - ela faz uma careta - "Eu n�o sei�.Eu acreditava em tudo o que ele dizia, por alguma raz�o. � muito estranho, porque n�o h� muitas pessoas em que ele deixe ver a verdade, em mostrar quem ele realmente �. Existem talvez cinco ou seis pessoas, sem incluir as crian�as, que j� presenciaram quem ele realmente �. Mas quando voc� v�..." - Ela sorri - "Ele n�o chegou aonde est� por ser um idiota, voc� me entende? Voc�, o mundo, v� uma pessoa que � o oposto do que ela mostra ser". Michael Jackson ent�o me ligou, ele estava sob ataque, o que levou Lisa a tentar proteg�-lo. - "Eu entrei neste papel de 'Eu vou te salvar'" - ela diz - "Eu achava tudo o que ele fazia fant�stico! - filantropia e as crian�as - e talvez n�s pud�ssemos salvar o mundo juntos" - Ela d� uma pausa - "Ok! Eu estava delirando. Eu coloquei uma id�ia rom�ntica na minha cabe�a, de que eu poderia salv�-lo e n�s poder�amos salvar o mundo."

No come�o ela ainda estava casada, mas logo depois eles se tornariam namorados. - "Ele me ligava bastante" - ela diz - "Confiava em mim, pelo menos � o que eu achava, de qualquer forma, isso n�o deixa de ser tamb�m uma outra forma de manipula��o - eu n�o sei". A partir da� eu comecei a passar mais tempo com ele, e foi ent�o que cometi o erro de comentar que eu n�o estava feliz em meu casamento, e tudo come�ou" - continua Lisa - "E assim eu resolvi terminar meu primeiro casamento, provavelmente de forma mais r�pida do que eu teria feito e este foi, com certeza, o maior erro da minha vida." - conclui Lisa.

- Vamos ser mais claros, quando voc� ddiz "quando tudo come�ou", voc� quer dizer todas as coisas normais que acontecem uma homem e uma mulher em um relacionamento?�

"Sim, flores, liga��es, chocolates. Tudo."

- "Eu ainda acredito que as pessoas esst�o incr�dulas quanto ao fato de voc� ter tido qualquer tipo de relacionamento normal, um casamento normal, com ele."

- "Certo"

- "Mas eu presumo que este foi o caso,, certo?"

- "Sim este foi o caso. Como eu disse,, quando eu me vi nesta situa��o, em que tudo se transformava em um show. A partir da�, tudo come�ou, sabe, foi a primeira vez na minha vida que me acusaram disso e eu fiquei chocada com os coment�rios".

- "Mas para sermos claros, na sua privvacidade, voc�s estavam fazendo tudo que pessoas casadas fazem: beijos, ir para cama juntos, fazer sexo?"

- "Sim. Tudo isso fez parte do relacioonamento por um certo tempo. E depois se tornou quase como uma guerra. Ficou bem feio no final"

- "Antes disso, quando era bom, voc� aacha que isso era realmente o que ele queria?"

Lisa Marie faz uma pausa para pensar. - "Eu n�o sei o que ele queria. Eu sei que parece tudo ter acontecido em um momento certo para ele, em retrospectiva - o disco estava saindo, as acusa��es e eu cai nessa" - Ela para e tenta organizar seus pensamentos - "Eu posso falar sobre minhas inten��es mas n�o posso te dizer quais eram as dele".

As Not�cias sobre a uni�o dos dois foram divulgadas ao p�blico de forma gradativa - do casamento ocorrido na Republica Dominicana em Maio de 1994, que em um primeiro momento foi negado, mas logo depois confirmado. A primeira apari��o surreal do casal em p�blico foi na abertura do MTV Video Music Awards de 1994, durante o qual - no centro do palco - Jackson a beijou nos l�bios.�

- "Essa n�o foi id�ia minha, ali�s" - ela diz - "Eu fiquei aterrorizada. Foi id�ia do empres�rio dele. Eu achei est�pido. De repente eu me tornei parte de um plano para promov�-lo positivamente".�

Sem d�vida pareceu antes de tudo, uma forma de provar - para come�ar - que ele era heterossexual.�

- "Sim, mas mais uma vez, eu n�o estavva me vendo assim. Se eu tivesse visto isso, n�o teria acontecido".

Ainda mais estranho e surpreendente foi a entrevista que o casal deu a Diane Sawyer em 1995, na qual Lisa Marie Presley defendeu seu marido, a autenticidade de seu relacionamento e do car�ter real, sincero dele.

- "Eu n�o me reconhe�o, n�o sei quem eeu realmente era naquela �poca. Hoje, fico surpresa quando 'assisto aquilo'" - ela diz - "Eu estava mesmo muito envolvida em proteger ele - eu queria proteg�-lo, essa � a verdade. Inocente como nunca. Eu nunca pensei que uma pessoa como ele pudesse me usar assim. Nunca passou pela minha cabe�a, e eu n�o sei porque - estou certa que passou pela cabe�a de todo mundo".

- "As pessoas ainda est�o confusas em rela��o ao amor que Michael Jackson diz sentir pelas crian�as, sendo inocente ou n�o. E voc� o defendeu na entrevista com Diane Sawyer, dizendo como voc� o via com as crian�as e que tudo era totalmente inocente. � isso que voc� ainda pensa hoje? Pensando melhor?"

- "A �nica coisa que eu posso dizer � que eu nunca vi nada que mostrasse algo assim, nunca presenciei nenhum tipo de abuso ou algo parecido. Se este fosse o caso eu teria sido a primeira a acabar com ele. Eu tenho filhos. Mas eu nunca vi nada disso. Eu fui sincera no que eu disse, porque eu n�o vi nada estranho. E eu notei que ele realmente tinha uma conex�o grande com crian�as, sendo um beb�, uma garotinha de dois anos ou um garoto de 4 anos - as crian�as realmente respondem a ele, h� um v�nculo genu�no al�"

- "Naquela �poca, voc� se preocupou ouu mesmo pensou que poderia haver algum fundo de verdade nas acusa��es de pedofilia?�

- "Se eu me preocupei? Claro, eu me prreocupei. Sim. Mas eu s� tinha o que ele me dizia. As �nicas pessoas no quarto foram ele e aquele garoto, ent�o como eu poderia saber? Eu s� tinha o que ele me dizia".

- "Voc� acha que ele sentia um sentimeento verdadeiro por voc�, voc� acha que se apaixonou por voc�?

- "Dentro do poss�vel, voc� sabe, denttro de seus limites. Do quanto ele poderia amar. Possivelmente sim. Eu n�o sei o limite dele, realmente. Eu n�o sei o quanto ele poderia amar algu�m, mas ele deveria retribuir o amor de uma pessoa por ele. Ele estava sempre ligado, sempre planejando algo na verdade. Era uma coisa terr�vel - Era como algu�m que sempre estava tramando algo, calculando, calculando, manipulando. Ele me assustava com esse tipo de atitude"

Lisa Marie tem planejado fazer um trabalho musical h� muito tempo. Na verdade ela sempre teve um est�dio de grava��o nas casas em morou, nestes �ltimos anos. Seus primeiros passos nesta dire��o come�aram quando ele tinha dezoito anos. At� ent�o tudo se resumia em tocar algumas faixas para amigos no som de seu carro mesmo. Cada rea��o dos que a ouviam a deixava nervosa. Ele tinha receio de qualquer compara��o.

Por�m aos vinte e um anos ela come�ou a escrever can��es. A primeira foi intitulada "Give Me Strength", e falava do medo que ela sentiu no momento em que se tornou m�e, ainda muito nova. Sua m�sica era sombria, usando um estilo R&B da velha escola. Ela tentou assinar um contrato com a gravadora Sony, mas a� ela engravidou novamente. - "Na verdade eu n�o estava preparada, estava esquisita na �poca" - Foi ent�o que ela resolveu deixar a m�sica de lado por um tempo.

Mas duas situa��es a levaram a retomar o microfone. Primeiro foi a celebra��o do 20� anivers�rio da morte de seu pai em 1997. A Elvis Presley Enterprises sugeriu na �poca que ela deveria participar mais ativamente das comemora��es, dos eventos. Ent�o ela confessou: - "Eu simplesmente fiquei doente s� de pensar em, voc� sabe, andar em volta das pessoas, sorrindo e dizendo 'ol�!" Ent�o durante um v�o de Nova Iorque para a Fl�rida, no banheiro do avi�o, ela teve uma id�ia. Ela poderia fazer um dueto com seu pai no sucesso de Elvis nos anos 60: "Don't Cry Daddy" no qual ela poderia contar com a preciosa colabora��o do produtor David Foster. Foster j� havia trabalhado com a filha de Nat King Cole, Natalie Cole. Ningu�m seria mais capacitado para produzir um dueto neste estilo.

A sua inten��o n�o era nem mesmo lan�ar a m�sica, mas s� utiliz�-la durante o evento em mem�ria de seu pai. E ent�o, no dia 16 de agosto de 1997, Lisa se viu diante de 9 mil pessoas, cantando a m�sica em dueto com seu falecido pai, que apareceu em um tel�o atr�s dela. O produtor Foster ficou impressionado com o resultado final e perguntou a ela se n�o gostaria de fazer outras grava��es.

Foi ent�o que ela come�ou a escrever suas can��es novamente. De qualquer forma elas acabaram surgindo naturalmente durante o conturbado per�odo de depress�o que ela sofreu ap�s seu rompimento com Michael Jackson. - "Provavelmente o pior, mais estressante per�odo da minha vida" - ela diz - "Eu comecei escrevendo para superar aquela situa��o. Eu estava tentando entender a bosta da tempestade em que eu mesmo havia me metido" - Cada can��o trata sobre simplesmente o que ela estava passando. Devagar, sem pressa ela estava conseguindo, com a ajuda da m�sica, superar esse per�odo negro.

O advogado de Frostes apresentou Lisa a Glen Ballard, conhecido produtor que trabalhou com Alanis Morissette, Lisa Marie tocou para ele algumas de suas composi��es, - "alguns desses demos eram tristes, escuros, melanc�licos" - o produtor gostou do resultado. Ent�o com seu aval ela finalmente assinou com a Capitol Records.

A primeira vers�o do disco ficou pronto h� tr�s anos. Ballard deixou que Lisa tomasse todas as principais decis�es durante esse tempo, inclusive sobre os aspectos finais do trabalho. Al�m disso Lisa tinha que decidir se iria continuar na Capitol. Mas, depois de ouvir o resultado final, Lisa ficou apreensiva e resolveu regravar v�rias das faixas at� que se sentisse totalmente satisfeita e segura suficiente para lan�ar o �lbum. - "Eu estava ficando doente com essas m�sicas" - diz Lisa - mas ao lado do perfeccionismo exagerado come�ava a surgir um sentimento de que o trabalho retratava fielmente seus pr�prios sentimentos. - "O meu principal objetivo era ser honesta com as pessoas" - "Eu n�o me preocupo com as besteiras que dizem sobre mim, mas quero que este trabalho seja verdadeiro e me mostre para todos de uma forma verdadeira"

Uma tarde, n�s fomos jantar em um moderno restaurante chin�s aqui em L.A. e de repente percebemos que Micky Dolenz estava jantando na mesa ao lado. Juntos com Lisa estavam Paige Dorian, que tem sido assistente e amiga pessoal dela por oito anos e Luke Watson, outro amigo, que ela conhece desde quando tinha 20 anos. Eles na realidade tem trabalhado em um document�rio, que mostra a sua vida recente, seu cotidiano. "Eles vivem ao meu lado" - Diz Lisa, explicando a presen�a deles. Lisa gosta de tomar alguns drinks enquanto conversa. Ela escolhe pessoalmente um vinho Chateau Haut Brion da safra de 1982. � vontade ela fala sobre tudo, seus comediantes favoritos (Eddie Izzard, George Carlin), relembra a �poca em que gostava de cantar "Hotel California" no karaoke, suas mais recentes compras de CD (entre eles o que traz a turn� da banda Alice In Chains), suas aventuras de adolescente, quando conheceu a Europa de trem e tamb�m, para completar a variedade de assuntos abordados na mesa, seus terr�veis pesadelos, que ainda hoje a pertubam. Ent�o seu telefone toca e Lisa atende. � seu filho que quer saber quando ela vai chegar em casa e porque ainda n�o chegou. Lisa diz a ele que logo ir� para casa, que n�o se preocupasse.

Foi durante a sobremesa que ela mencionou pela primeira vez sua admira��o por Darth Vader. "Eu era obcecada por ele" - ela diz. Isso aconteceu h� apenas 5 anos, quando ela levou seu filho para assistir "Guerra nas Estrelas". E a partir da� ao inv�s de comprar brinquedos para o pequeno Ben, ela come�ou a comprar eles para ela mesmo. Come�ou a colecionar bonecos de Darth Vader, em seu escrit�rio havia miniaturas de todos os tipos, desde as grandes at� as menores. Chegou a comprar um que, ao apertar um bot�o, ele gesticulava e at� mesmo falava, usando seu sabre de luz. Ele falava: "Impressionante, impressionante, mas voc� ainda n�o � um cavalheiro Jedi"

O auge de sua obsess�o por Vader ocorreu durante um Hallowen, quando ela se vestiu do personagem em uma fantasia. Quando eu tento avan�ar sobre esse assunto a entrevista toma rumos inesperados.

- "Bem, eu n�o tinha pensado o quanto fundo tinha ido naquilo. Eu gostava do aspecto negro daquela coisa toda: a capa, a voz, a respira��o, a coisa toda enfim."

- "A voz? a respira��o?"

- "Deus, como eu queria, sabe. Eu simpplesmente desejava que ele fosse real" - Voc� ainda n�o se libertou de lado negro? - "N�o. Nunca. Deus, eu espero que n�o" - Ela p�ra e pensa um pouco - "Voc� sabe, eu tenho certeza que tudo est� relacionado de alguma forma, de maneira estranha, � grande perda que tive no in�cio de minha vida. Alguma coisa que represente esse fato, t�o forte e relevante - n�o necessariamente negro e diab�lico - mas esse sentimento que se foi. E talvez de alguma maneira alterada acabou se tornando a minha forma de tentar substituir isso" - Ela balan�a os ombros - "Claro, Se voc� quiser entrar na psicologia da coisa".

- O que seria essa coisa poderosa? O sseu pai? - "Sim" - Ent�o voc� acha que Darth Vader �... - "N�o. Eu estou falando de algu�m que, na minha vis�o, era t�o perturbadoramente grande e poderoso - e algumas vezes dark dependendo do humor. Que estava l� pelos primeiros 9 anos da minha vida. Talvez eu esteja procurando algo assim. � muito dif�cil competir com isso na minha cabe�a. Isso � o que ele era pra mim enquanto crian�a - esta presen�a poderosa, grande, eletrificante e bonita. � como um patinho perdido que caminha procurando por isso, eu n�o estou fazendo isso exatamente, mas de alguma forma estranha, psicologicamente, eu posso estar fazendo isso, sei l�"

A vida de Lisa Marie Presley tem sido contada - independentemente de ter sido distorcida, sensasionalizada, trivializada e de certa forma transformada em fic��o - nos tabl�ides da Am�rica antes mesmo de ela ter aprendido a ler. - "Eu sou a rainha ou princesa dos tabl�ides, como queira" - ela diz. Embora ela gostaria de poder dizer algo diferente, ela geralmente l� o que eles tem a dizer sobre ela. - "Infelizmente. Porque eu quero saber o que as pessoas est�o pensando quando elas me v�em." Usando alguns poucos fatos que eles sabem serem verdadeiros e outros que eles inventam, os tabl�ides fazem uma imagem da vida dela de forma que eles esperam ser e imp�em sobre os filhos dos famosos: depend�ncia de drogas, religi�o estranha, excentricidade e relacionamentos catastr�ficos. Essa, obviamente, n�o � a vida que ela reconhece como a sua pr�pria. Tome por exemplo - como eles dizem - anos de uso de drogas. "Eu usei drogas por 4 anos de minha vida, dos 13 aos 17 anos" - ela diz - "E eles gostam de fazer aparecer como se eu tivesse esse problema com drogas. Eu nunca tive um problema s�rio. Eu estava apenas em fase de auto-destrui��o. Era simples e n�o diferente de outros adolescentes. Eu apenas entrei numa fase ruim, para ser espec�fica eu usei de tudo exceto cogumelos, hero�na ou crack." - Eu pergunto se o fato de ela usar drogas tinha algo a ver com o que aconteceu ao pai dela. - "N�o!" - diz Lisa - "Eu era adolescente, e n�o gostava. Talvez foi para assustar minha m�e. Voc� sabe, eu estava tentando ser dram�tica - 'Sou uma adolescente torturada' Eu queria mostrar a ela qu�o infeliz eu era".

Os mesmos tabl�ides tamb�m querem que voc� acredite que Presley foi salva das drogas - de forma negativa - pela religi�o conhecida nos Estados Unidos como Cientologia. Ela diz que ela se voltou a religi�o mais no final de seus anos como adolescente, a partir de sementes jogadas quando ela tinha 10 anos e tudo come�ou porque ela e sua m�e visitaram John Travolta, de quem ela gostava muito, no set do filme "Welcome Back, Kotter". Ela fala sobre sua religi�o abertamente e exaustivamente, sem ser defensiva e ri da no��o de que ela poderia ser manipulada por ela. - "Se voc� sabe o m�nimo sobre minha personalidade, sabe que isso � imposs�vel". Ela diz que recentemente esteve em um centro de Cientologia em Los Angeles pela primeira vez em meses; a primeira visita desde que seu terceiro casamento se desintegrou publicamente. - "Eu disse a eles: viram o que aconteceu? Voc�s precisam colocar uma coleira em mim - ou eu ent�o deixarei voc�s e a todos embara�ados"

O casamento mais recente com Nicolas Cage, � um assunto que Presley evita comentar, evita entrar em maiores detalhes, obviamente a ferida n�o cicatrizou ainda . - "Ainda � uma situa��o indefinida e eu n�o quero falar sobre isso". Eles namoraram durante quase todo ano de 2001, e ent�o se separaram em Janeiro de 2002. Depois de uma reconcilia��o, se casaram rapidamente no dia 10 de Agosto de 2002. No dia 23 de Novembro, eles apareceram no lan�amento do filme de Cage, "Adaptation"; no dia 25 de Novembro, Cage assinou os pap�is pedindo o fim do casamento, citando "diferen�as irreconcili�veis" e dizendo: - "Eu n�o comentei nada sobre o casamento e n�o vou comentar nada sobre o div�rcio. Mas eu a amei de forma sincera". Quase ao mesmo tempo, Lisa Marie Presley disse ao rep�rteres: - "Estou triste com isso mas n�s n�o dev�amos ter nos casado pra come�ar. Foi um grande erro."

Existem can��es no �lbum dela que podem ser relacionadas ao seu frustado casamento com Nicolas Cage. "Gone", por exemplo, � uma can��o que ela escreveu h� um ano atr�s para lidar com o que estava passando, Lisa confirma mas n�o vai adiante em detalhes: - "E eu n�o vou confirmar ou negar nada al�m disso". � uma can��o sobre um homem (que ela afirma n�o ser seu pai!) cujas namoradas o chamam de "papai" e que foi deixado pela cantora da m�sica, a letra diz: "� o que eu escuto agora Papai, voc� me culpa / Aqui est� outra que o enganou e � claro voc� ter� que deix�-la / e sim homens concordam / voc� tentou de tudo" - eu pergunto o que a pessoa sobre quem a m�sica fala pensou sobre ela. - "Que � uma m�sica muito boa" - Ela diz - "Mas que obviamente � destruidora, um ataque direto e que isso n�o foi legal." Eu pergunto o que ela acha hoje das opini�es que ela expressa na m�sica. - "� absolutamente fiel e precisa em todos os �ngulos" - Lisa resume.

Lisa � aberta a todas as quest�es e tolera uma certa invas�o de privacidade, ent�o eu pergunto a ela: - "Como � poss�vel duas pessoas estarem juntas no lan�amento de um filme numa noite e anunciarem que est�o se separando 24 horas depois?" - Ela levanta as sobrancelhas - "Birra, capricho?" - Da parte de quem?, eu insisto - "De quem voc� pensa? Quem afinal pediu o div�rcio? Ele. O cabe�a quente!".

- "Voc� soube sobre uma teoria de mal gosto que foi levantada por um jornal escoc�s em que afirmava que Nicolas era f� de Elvis e que a teria apenas como um tr�feu para a sua cole��o" O Jornal afirmou em sua manchete: "Para um grande f� de Elvis, Lisa Marie Presley � a mais rara edi��o limitada". O jornal levantou a id�ia que foi por isso que ele se casou com voc�, isso � bem ofensivo n�o �?"

- "Sim, � ofensivo. Eu odeio essas coiisas. Acho que se voc� n�o coloca a informa��o real, as outras pessoas inventam, e esta � a parte assustadora. Eu sei que ele fez os filmes no passado - mas eu nunca vi nenhuma memorabilia relacionada a Elvis na casa dele, ele apenas tem alguns discos como todo mundo".

- "Na realidade as coisas boas e ruinss que aconteceram entre voc�s s�o as mesmas coisas que acontecem com todos, em todos os relacionamentos, entre duas pessoas, n�o � verdade?"

- "Sim, exatamente, exceto pelo fato dde que n�s somos ambos muito dram�ticos e din�micos ent�o quando era bom era inacreditavelmente bom, e quando era ruim era um pesadelo para todos."

Quando eu recebi as letras do novo �lbum dela havia uma letra de uma can��o que acabou n�o entrando no CD. A can��o tem o nome de "Disciple" e seu primeiro verso �: "Voc� floresce no prazer que seu disc�pulos trazem em formas masturbativas / at� voc� n�o ter uso para eles mais / e eles permanecer�o e sofrer�o em sua neblina concentrada" - As primeiras sete can��es que sa�ram depois de sua separa��o de Jackson eram sobre a mesma coisa, e Disciple � uma que resume as coisas da melhor forma: "Todos ao redor de voc� s�o doentes, est�o medicados e v�o enlouquecer / Mas eles sempre v�o defend�-lo e justificar sua insanidade como eu fiz / Porque voc� os faz ficarem cegos"

- "Eu n�o gosto de falar mal de Michaeel" - ela diz quando eu discuto a can��o com ela. - "Eu n�o tenho interesse em fazer isso. Ele � quem ele �. Eu sei que as pessoas querem saber como era, e eu estou tentando contar sem transform�-lo em um cara ruim, voc� sabe... � dif�cil, porque foi uma situa��o ruim e deteriorada" - N�o foi muito depois da entrevista com Diane Sawyer que as coisas come�aram a ficar ruim. - "Nos realmente est�vamos andando em um ch�o inst�vel" - ela diz - "Havia per�odos onde eu n�o tinha id�ia onde ele estava - apenas atrav�s da imprensa. Ele apenas desaparecia". O show final documentando a desintegra��o da uni�o deles foi no MTV Video Music Awards de 1995.

Ela estava na plat�ia e ele estava cantando um medley de seus melhores momentos no palco. - "Eu estava encarando-o com muita raiva" - ela diz - "Foi um momento abomin�vel" - Por que voc� estava encarando ele? - "Porque eu n�o o via, ou mesmo tinha falado com ele h� 6 semanas. Ele ficava bravo e sumia". Ela diz que depois de um m�s sem contato, o pessoal que trabalha para ele come�ou entrar em contato, dizendo que era importante que ela aparecesse no MTV Video Music Awards. Ela concordou, se n�o precisasse passar pelo tapete vermelho com ele; eles aceitaram a condi��o e depois a fizeram entrar por ele de qualquer forma. - "Eu estava muito brava. Eu me senti, sabe eu estava sendo usada neste momento". Ela foi informada que ele ia cantar pra ela e que ele tinha uma surpresa para ela. - "Eu lembro que eu agi de acordo com a realidade: 'N�o venha perto de mim - n�s n�o nos falamos h� um m�s'. E ele entendeu e n�o se aproximou. Eu falei com ele depois e ele disse: - 'Eu vi o seu olhar, e eu sabia que se eu me aproximasse eu n�o sabia o que voc� iria fazer comigo'". (estranhamente esta performance - com Presley encarando-o e tudo - sairia mais tarde no video de Jackson chamado de HIStory)

Houve outros sinais de um terremoto se aproximando. Jackson pediu para que ela nunca falasse sobre ele, e ela achava que ele estava tomando liberdades, especialmente em uma est�ria a ser publicada na TV Guide na �poca. - "Ele estava dizendo coisas que eu teria falado, 'Lisa Marie me disse que Elvis fez cirurgia pl�stica no nariz'- "o que � idiotice" - ela diz - "Acho que era para justificar algo para ele - estavam perguntando sobre as cirurgias pl�sticas que ele fez. Eu li isso e joguei a revista no ch�o da cozinha. 'Eu disse: o que ele est� pensando'?"

Como chegou ao final?

- "Eu me cansei, s� isso"

- Voc� desligou o telefone na cara delle?

- "Sim. Eu disse a ele que queria o diiv�rcio. Ai ele n�o falou comigo por algumas semanas" - No per�odo ap�s a separa��o a sa�de dela se deteriorou: "Meu corpo come�ou a deteriorar. - "Comecei a ter ataques de p�nico. Acabei por dois anos vendo cada m�dico que existe de costa a costa. Uma semana era asma, na outra hipoglicemia, refluxo... eu tinha tudo. Minha ves�cula biliar parou de funcionar e foi removida. Foi quando os tabl�ides disseram que eu tentei me suicidar ou algo parecido. Tudo estava acontecendo comigo; meu corpo se desintegrou. E ningu�m sabia o que estava errado." - ela se tornou al�rgica a tudo - "Eu tive que comer frango e br�colis por um ano." Ela lembra, "Eu estava me desintegrando, fisicamente, emocionalmente, por dois anos". Em alguns momentos ela pensou em morte "Eu n�o entendia os constantes problemas f�sicos que eu estava tendo"

Voc� realmente pensou que estava para morrer?

- "Sim. Porque nunca acabava". Ent�o eela foi a um m�dico homeopata, contou a ele todos seus sintomas e ele pediu para ela abrir a boca. Ele disse para ela trocar todas as obtura��es da boca. "Uma vez feito isso meus sintomas pararam" (Ela hoje acha que seus problemas foram causados pelo merc�rio usado nas obtura��es) - "Merc�rio faz voc� ir a loucura. Pessoas trabalhando em fabricas e enlouquecendo. Eles tentam dizer que merc�rio � seguro, mas � o segundo veneno mais perigoso que o homem conhece, depois de plut�nio, e est� nos dentes das pessoas."

No est�dio da Capitol Records, Lisa Marie Presley est� filmando sua performance de "Lights Out" para um EPK - o kit eletr�nico que � enviado para promover novos �lbuns. Ela nunca cantou em p�blico; na verdade, ela mal se apresentou na frente de uma pessoa sequer. Dois dias antes, eu assisti ela e sua banda em um escuro, e pequeno est�dio em Los Angeles, onde ele parecia nervosa e incerta. Hoje ela tem que se apresentar na frente de c�meras, e � estranho v�-la mudar com os dias, sua forma de entregar a can��o evoluindo em poucas horas enquanto outros m�sicos levam anos.

Andrew Slater, presidente da Capitol e produtor de "Lights Out," est� assistindo. Ele e Presley parecem ter desenvolvido um relacionamento amig�vel mas "espinhoso". Ele pediu a ela para n�o sair ontem a noite para se preparar para a filmagem; quando ele descobre que ela ficou na festa de Natal de Backy at� tr�s da manh�, ele suspira e diz a ela "Seu tipo de sangue � R de Rebelde". Mas voc� v� que ele esta satisfeito - e at� um pouco chocado - com a forma que ela se apresenta hoje. - "O que voc� tem tomado?" ele sempre pergunta a ela. - "O Que voc� quer dizer com isso? Ela pergunta se guardando. -"� como aquele epis�dio de Star Trek quando as celulas ficam maduras" ele diz "Dois dias antes..."

Ela parece incomodada com o coment�rio e as perguntas. - "Eu vou usar o banheiro, Slater" ela responde. Quando o empres�rio dela, Scooter Weintraub (que por sinal tamb�m � o empres�rio de Sheryl Crow), diz a ela como ela parece natural, ela diz contrariada, "Eu n�o ligo" e adiciona, "Eu quero mandar todo mundo para aquele lugar quando eles me dizem que est� bom". H� momentos, quando ela relaxa na performace, e � quando � imposs�vel n�o notar algo acontecendo. Ela est� cantando e de repente voc� v� quem ela �: o microfone est� em sua m�o direita; o fio na m�o esquerda, segurando do lado, sua cabe�a esta virada um pouquinho e ent�o - mesmo dizendo para mim que � totalmente n�o intencional e algo que ela tenta evitar quando ela percebe o m�sculo mexendo desta forma - um lado de seu l�bio superior levanta desafiadoramente, eis o triunfo da gen�tica sobre gravidade.

Um dia quando ela tinha sete ou oito anos, Lisa Marie Presley disse ao seu pai, "Eu n�o quero que voc� morra". -"N�o se preocupe comigo" - ela lembra ele ter dito, - "Eu n�o vou a lugar nenhum".

- "Eu tinha um pressentimento" - ela ddiz hoje, - "Ele n�o estava bem". Um sentimento, "Tudo o que sei � que eu sentia isso, e aconteceu. Eu era obcecada com a morte desde muito cedo".



Elvis Presley morreu quando Lisa Marie tinha 9 anos de idade. Ela estava em Graceland na �poca, e existem v�rias est�rias dolorosas de se ler, que chegaram ao p�blico de como ela descobriu e telefonou para uma das namoradas dele para contar a ela, e depois ficou dirigindo em seu carrinho de golfe, sem parar. Uma tarde, dias ap�s nosso primeiro encontro eu menciono o tr�gico dia.

- "Eu estava l�" ela diz e balan�a a ccabe�a em afirmativa.

Ela tem lembran�as daquela noite? eu pergunto, "Muitas" ela diz, "sim" ela olha bem dentro dos meu olhos, e eu posso ver que ela esta ficando transtornada e eu me sinto culpado ao ver que ela nem fica brava que eu tenha pressionado para saber sobre algo t�o doloroso - como se isso fosse uma afronta que o mundo a ensinou esperar. "Vamos parar de falar nisso" ela pede.

Ela preferia que "Lights Out" n�o tivesse sido o single do �lbum. Suas reservas s�o devidas ao lado comercial da coisa mas tamb�m por causa do assunto. S�o uma de duas m�sicas em seu �lbum que s�o obviamente relacionadas a sua fam�lia. O refr�o conta sua observa��o, em uma visita a Graceland, de que existe um grande espa�o perto do t�mulo de seu pai. "Quantas pessoas andam por ai sabendo que existe um lote (de cemit�rio) esperando por eles?" ela diz e ri, "� bem m�rbido para mim. Morbidamente convidativo"

Existe muita morte no �lbum dela. "Sempre esteve no meu pensamento por um tempo"ela explica "Eu acho que eu tive que encarar a morte muito cedo. N�o foi s� uma pessoa - foi como uma avalanche. Ele se foi�.av�av�amigo que se matou quando eu tinha 13 anos�..16 anos, mais dois amigos morrem em um acidente de carro."

A outra m�sica sobre seu pai � "Nobody Noticed It." Foi escrita quando ao passar por canais de TV, ela parou para ver um especial da E!True Hollywood Story: The Last Days of Elvis no qual os associados de seu pai falam sobre seu fim. "Eu n�o pude acreditar que eles estavam tentando tirar sua dignidade - Sonny West, Marty Lacker, Red West, todos eles eram piores que meu pai" Essas pessoas ela conhecia desde pequena: "Eles me assustavam muito quando eu era pequena tamb�m. Eu lembro ver as drogas, as mulheres - eu assisti tudo, e eu os observava. Eu sei a est�ria real atr�s de cada um deles, e eu sei o que eles est�o fazendo agora."

Depois de ver o programa ela estava em choque. Ela n�o conseguia dormir, ela ficou com tanta raiva. "Eu s� pensava 'Seus filhos da �n�o tem direito algum' Voc�s eram respons�veis por tudo isso tanto quanto ele foi. Sua dignidade era uma das coisas mais importantes para ele, e voc�s est�o tentando tirar isso dele".

Ela ligou para um de seus co-compositores e colocou toda f�ria e tristeza na m�sica. 

- "Tudo o que voc� teve que suportar�""ela canta "Ningu�m percebeu". 

- "Ele n�o tinha ningu�m que o mantiveesse seguro. Voc� entra neste mundo onde nada do que voc� faz � considerado errado. Eu n�o acredito que algum artista tenha lidado com isso bem - eles acabam se destruindo; Janis Joplin, Jim Morrison . . .ele n�o foi o �nico. � como se voc� n�o tivesse uma base mais. Nenhuma base. E eu acho que ele foi um dos primeiros a passar por isso. Era muito solit�rio, onde ele estava. Eu sei disso".

Ocasionalmente ela visita Graceland. Algumas das cozinheiras que ainda est�o vivas aparecem e preparam a mesma comida que eles costumavam comer l�: galinha frita, ervilhas, pur� de batata, p�o de milho. E ela vai at� o segundo andar. "Nada foi tocado"ela diz, "� exatamente como era. Havia uma vida naquela casa. � uma tristeza bonita. � ou muito doloroso ou confortador - geralmente os dois. O carpete � o mesmo. Meu quarto � exatamente o mesmo. Nada foi tocado. L� em cima, nunca foi aberto ao p�blico, est� o quarto dele ao lado do meu e um s�t�o. � bem assustador. � um santu�rio". 

Muitas vezes ela sobe at� l� sozinha. "� bem confortador para mim" ela diz, "Os livros, v�deos tudo ainda est� l�. Godfather, Citizen Kane, Pink Panther, Bruce Lee - todos os v�deos est�o l�. Todos os discos." 

No in�cio deste ano Presley fez um v�deo, visitou esta��es de r�dio, ensaiou e absorveu rea��es ao seu disco. "Eu tenho certeza que ser� um lance de meio a meio: 'Ela � ruim, ela � �tima" ela diz percorrendo alguns sites na internet, e ri " 'Volte a gastar o dinheiro do papai' foi uma que eu ouvi recentemente". � estranho estar em p�blico assim " Na minha forma de ver" ela diz, "� que eu vou fazer isso por um tempo e depois virar uma reclusa de novo em algum momento"

Como todo mundo, ela viu a entrevista de Martin Bashir com Michael Jackson. "Eu assisti e senti pena," ela diz "Eu tive a mesma rea��o que todo mundo - foi como assistir um acidente de trem. Pareceu cruel - o cara [Bashir] tinha seus planos e estava tentando alcan��-los. Eu n�o tenho h�bito de me sentir mal por ele [Jackson], porque ele gosta de apertar esse bot�o de simpatia nas pessoas, e eu n�o caio nessa mais, mas na entrevista eu me senti assim, 'Oh n�o, voc� se ferrou agora'. Honestamente pareceu para mim que era como se algu�m entrasse em uma casa e contrariar o dono da casa e ter filmado tudo". 

Na �ltima vez que eu visitei Lisa Marie Presley na casa dela, eu notei que sobre a lareira, em sua sala de estar, havia um canvas preto. "oh" ela diz, quando eu pergunto sobre ele "A luz n�o est� acesa" ela se levanta e luta com um fio ao lado da lareira ent�o a luz acende em cima da pintura, que se revela ser um retrato escuro e vermelho de Lisa Marie Presley feito por um de seus amigos. "� pintado com sangue" ela diz "Todo mundo tem suas peculiaridades. A de meu amigo � isso".

Eu tamb�m noto que hoje ela est� usando chinelos do Daffy Duck (Patolino). Eu pergunto como ela vai julgar se o �lbum � um sucesso. "Por hora" ela diz, "Est� tudo bem para mim o que quer que aconte�a. Eu n�o ligo. Quero dizer, eu ligo, claro, mas (ser� um sucesso) enquanto as pessoas souberem que � real, que sou eu, meu esp�rito, meu cora��o, minha cabe�a -Voc� se despe e vai, 'O que voc� acha?'. � assustador



(Entrevista de Lisa Marie Presley - Primetime ABC - Diane Sawyer)
Hoje estamos com Lisa Marie, ela � a filha �nica do rei e preparem-se porque Lisa Marie sabe cantar! Mas sua vida n�o foi nenhum conto de fadas. Pela primeira vez falar� sobre sua vida diante das cameras, de sua viagem de Graceland a Neverland e de seu retorno, sobre seu explosivo casamento com Nicolas Cage, as doces lembran�as de uma menina que via os dramas pessoais de seu m�gico pai e n�o podia ajud�-lo e a verdade sobre seu casamento com Michael Jackson. Elvis Presley morreu em 1977, quando Lisa Marie tinha apenas 9 anos. Os anos que se seguiram n�o foram os melhores para a filha do Rei do Rock. P�ssima aluna, rebelde, Lisa Marie, para desespero de sua m�e, Priscilla, se envolveu com drogas pesadas. Um per�odo negro come�ou a nublar a juventude da complicada herdeira, com muitos problemas pessoais e conflitos com sua m�e, que diga-se de passagem, foi desde o in�cio uma verdadeira lutadora. Assim como conseguiu lidar com os problemas de Elvis, Priscilla tomou a frente e resolveu que n�o iria perder mais um ente querido! S� a partir do apoio irrestrito da fam�lia Presley e da ajuda de uma seita americana chamada Cientologia, Lisa conseguiu retomar os rumos de sua conturbada vida. Lisa se diz injusti�ada pela imprensa mundial e se auto denomina "princesa dos tabl�ides"; tamb�m pudera, quem j� viu se casar com Michael Jackson!!! Hoje temos a primeira entrevista completa na TV de Lisa Marie Presley. A semelhan�a com seu pai � muito presente, um espelho v�vido de seus olhos, seu sorriso o retrato perfeito, o que a torna indom�vel e vulner�vel. Ela diz que tinha medo de parecer que estava tirando proveito do nome do pai e que esse fato a impedia de cantar. Ap�s seus anos de rebeldia, casamentos, rupturas, hoje Lisa Marie fala com sua pr�pria voz. Com uma grande bagagem em sua vida, apesar da pouca idade, Lisa tenta se reconstruir ap�s seus tr�s casamentos fracassados, o primeiro com Danny, pai de seus dois filhos, o segundo com Michael Jackson e finalmente o �ltimo com o ator Nicoias Cage, este �ltimo uma uni�o rel�mpago. Hoje Lisa Marie Presley contar� tudo sobre sua vida:

Diane Sawyer: Est� um pouco nervosa?

Lisa Marie Presley: Sim.

Diane Sawyer: � inevit�vel ignorar o fato de que voc� se parece muito com Elvis, com o estilo de Elvis em seu clip, voc� percebeu isso?

Lisa Marie Presley: Honestamente sim, eu notei, n�o � algo que fa�o de prop�sito, mas �s vezes me surpreendo quando percebo. Eu me pergunto porque, n�o quero imit�-lo, mas tampouco luto contra isso, no entanto eu noto isso.

Diane Sawyer: Lisa comp�s suas pr�prias can��es, s�o sombrias e tristes, cruas e dolorosas: "na estrada entre o nada e o inferno", S�o viscerais, n�o falam de pirulitos nem de luares...

Lisa Marie Presley: N�o... passei por muitas coisas, vivi muito.

Diane Sawyer: Apaixonou-se muito?

Lisa Marie Presley: Por qual deles?

Diane Sawyer: Por Nick Cage?

Lisa Marie Presley: Sim, me apaixonei muito.

Diane Sawyer: � verdade que jogou fora um anel de 65 mil d�lares?

Lisa Marie Presley: N�o � verdade.

Diane Sawyer: N�o?

Lisa Marie Presley: N�o fui que joguei, caiu na �gua, mas n�o fui eu que joguei...(risos) e custava mais de 65 mil d�lares...(risos)

Diane Sawyer: Ent�o foi ele que jogou?

Lisa Marie Presley: N�o disse isso...

Diane Sawyer: Chamou mergulhadores para recuperar o anel?

Lisa Marie Presley: Sim, eu disse: � melhor chamar um mergulhador agora! Algu�m que tentasse recuper�-lo... N�o sairia dali antes que tentassem...

Diane Sawyer: Ele lhe comprou outro anel?

Lisa Marie Presley: Sim.

Diane Sawyer: Um maior? Estiveram casados 108 dias?

Lisa Marie Presley: Sim. Estivemos juntos por 2 anos. Quando est�vamos bem era maravilhoso, muito bom, mas quando era horr�vel, voc� sabe, n�s dois er�mos t�o dram�ticos que n�o pod�amos nos conter...

Diane Sawyer: E qual era o lado bom disso?

Lisa Marie Presley: N�s dois temos uma esp�cie de esp�rito rebelde, eu respeitava muito seu trabalho, acho excelente, � surpreendente, mas a verdade � que n�s brig�vamos, dizendo que �ramos a nova vers�o de Richard Burton e Elizabeth Taylor, brigavamos em toda parte.

Diane Sawyer: Porque se casou se a rela��o era assim?

Lisa Marie Presley: Gosto de artistas, sinto uma atra��o por artistas, por gente diferente, n�o sei a raz�o, mas � assim... isso � o que me atrai...

Diane Sawyer: Disseram entre outras coisas que ele era admirador de Elvis...

Lisa Marie Presley: Sinceramente nunca vi nenhum objeto relacionado com Elvis...

Diane Sawyer: Nenhum sapato de camur�a azul? (blue suede shoes)

Lisa Marie Presley: � muito frustante que queiram converte-la em uma rela��o estranha. N�o ocorreu nenhum problema grave, na realidade foi s� outra briga daquelas em que as pessoas se irritam e dizem: "vou me divorciar". Eu levei a s�rio e ele foi embora, eu tive que ir buscar as crian�as na escola, eu n�o podia acreditar... O pior foi quando ele se desculpou por ter ido embora, mas para mim j� era demais, j� havia tirado as crian�as da escola, n�o era poss�vel uma rea��o dessas apenas por birra e me chamasse depois de 4 dias esperando que tudo voltasse ao normal, na verdade �ramos duas crian�as de doze anos em uma caixa de areia...

Diane Sawyer: E como se sentiu quando ele entrou com o div�rcio? passou semanas sofrendo com isso?

Lisa Marie Presley: N�o sofro desta forma... Sou como uma garota vingativa que fica pensando... N�s dois somos os respons�veis, n�o o culpo por nada, agora conversamos e nos damos bem, n�o o ataco, nem nada. � uma pessoa �tima... � verdade! N�o acredita em mim?! (risos)

Diane Sawyer: As pessoas que a v�em v�o pensar que voc� � maluca! Como pode explicar algo assim?

Lisa Marie Presley: Bem, eu direi em voz alta e com orgulho: Estou Louca!

Diane Sawyer: N�o sabe porqu�?

Lisa Marie Presley: N�o. acredito que se descobrir deixo de ser e ent�o poderia me transformar numa chata. Nunca analisei, talvez fa�a bobagens, mas n�o sei o que dizer, nem sequer quero justificar, provavelmente esteja clinicamente louca...

Diane Sawyer: Na hora de escolher homens?

Lisa Marie Presley: Sim. Mas houve alguns bons...

Diane Sawyer: O que Danny (1� marido de Lisa e pai de seus dois filhos) acha de tudo isso?

Lisa Marie Presley: Acha tudo divertido, embora isso possa parecer estranho. Eu sou o divertimento dele...

. Diane Sawyer: Voc� escreveu uma can��o que diz: "destru� minha fam�lia e a culpa n�o foi embora"...

Lisa Marie Presley: Me senti muito culpado por tudo o que havia feito...

Diane Sawyer: Essa m�sica � sobre sua rela��o com Danny?

Lisa Marie Presley: Sim.

Diane Sawyer: Disse que era seu melhor amigo agora.

Lisa Marie Presley: Sim, ele �.

Diane Sawyer: Muitos achar�o surpreendente que continuem sendo bons amigos depois de tudo o que aconteceu...

Lisa Marie Presley: Isso foi a �nica coisa que se manteve intacta em minha vida. Agora ele vive em uma casa de h�spedes na propriedade aonde vivo, se n�o estou em casa ou se estou de viagem, ele est� com nossos filhos, considero isso bom. Sei que � uma situa��o bastante estranha, mas apesar de tudo o que passamos, nossos filhos sabem quem s�o seus pais, somos muito fortes e mantemos nossa unidade, apesar de nossas loucuras...

Diane Sawyer: Disse que n�o queria compor uma can��o sobre seu DNA...

Lisa Marie Presley: N�o falo sobre ele, porque n�o quero estar me aproveitando de nada...

Diane Sawyer: Ao longo dos anos tenho visto suas fotos e a maior parte do tempo parecia que estava usando uma armadura para n�o se mostrar tal como voc� �...

Lisa Marie Presley: Correto.

Diane Sawyer: Se pudesse voltar atr�s e viver de modo diferente, voltaria?

Lisa Marie Presley: N�o. Honestamente n�o. Absolutamente n�o.

Diane Sawyer: Graceland parece um lugar de outro mundo ou sente ainda como seu lar?

Lisa Marie Presley: Graceland � como uma c�psula do tempo. Nada mudou, nada foi alterado... � um pouco triste, houve uma �poca que havia muita vida l�, numa �poca ali existiu uma hist�ria e tudo era cheio de vida... Mas ainda sinto que meu lar ainda � l�.

Diane Sawyer: Como � o pai que voc� recorda?

Lisa Marie Presley: Ele era muito especial. Eu o recordo antes de tudo como meu pai, era um pai emocionante...

Diane Sawyer: Eu me lembro de v�-lo descer as escadas cheio de j�ias...

Lisa Marie Presley: Sim. com correntes e cantava o tempo todo.

Diane Sawyer: Acha que gostaria que voc� cantasse?

Lisa Marie Presley: Sim, me acordava de madrugada para cantar sobre uma mesa...

Diane Sawyer: Qual era o hor�rio que impunha?

Lisa Marie Presley: Eu me deitava �s quatro horas da manh� e despertava �s duas ou tr�s da tarde, mas era quando estava sozinha com ele. Quando minha m�e estava junto ela me impunha um hor�rio rigoroso de uma garotinha normal.

Diane Sawyer: Comia aqueles sandu�ches imensos com batata frita?

Lisa Marie Presley: Deus! isso nunca vai ter fim... � um pesadelo recorrente... Sabe, jamais o vi comendo um desses sandu�ches imensos. Finalmente provei um h� mais ou menos um ano... (Lisa se mostra aborrecida com a pergunta)

Diane Sawyer: Seu pai levava voc� de avi�o apenas para ver a neve, alugava um parque de divers�es inteiro apenas para voc� brincar... Achava tudo isso um luxo?

Lisa Marie Presley: Ao lado dele, n�o. Porque era seu cora��o que falava comigo. O mais importante n�o era o avi�o, via que ele me amava.

Diane Sawyer: � verdade que ele se sentiu muito mal ap�s ter lhe dado umas palmadas?

Lisa Marie Presley: Veio na minha cama com um boneco no meio da noite, porque se sentia mal, foi s� uma palmada, nem sequer doeu, mas eu me senti desconcertada! Quando se irritava comigo eu me sentia horr�vel.

Diane Sawyer: Preocupava-se com ele?

Lisa Marie Presley: O tempo todo. O tempo todo.

Diane Sawyer: Por qu�?

Lisa Marie Presley: N�o sei. Honestamente n�o sei responder e � muito estranho. Sei que as crian�as �s vezes se preocupam com os pais porque gostamos muito deles...e tem medo de que morram ou algo assim, mas eu sentia algo forte por ele, eu me preocupava muito. Era como meu trabalho. A todo momento ia verificar se estava tudo bem, se n�o lhe passava nada de errado e depois, com o tempo fui notando que algo n�o estava bem com ele.

Diane Sawyer: O que dizia a ele?

Lisa Marie Presley: Que n�o morresse, que n�o fosse embora, coisas assim. �s vezes eu falava isso no meio das conversas e ele me dizia que n�o iria a lugar nenhum que n�o me preocupasse...

Diane Sawyer: Sabia que tomava drogas?

Lisa Marie Presley: N�o sabia. Via muitos comprimidos mas n�o sabia o que eram. O que notei foi seu aumento de peso, isso me assustou.

Diane Sawyer: Certamente via mudan�as de comportamento que n�o entendia.

Lisa Marie Presley: Sim, tinha um comportamento imprevis�vel de vez em quando.

Diane Sawyer: Por exemplo?

Lisa Marie Presley: Quando eu estava vendo TV ele vinha em meu quarto e cambaleava na porta como se fosse cair e eu tinha que segur�-lo. Coisas desse tipo. Ele tentava se recuperar quando me via.

Diane Sawyer: Lembra-se do div�rcio?

Lisa Marie Presley: N�o lembro. Mas lembro que se comportavam como se fossem divorciados. Provavelmente da� veio meu comportamento...

Diane Sawyer: Tem alguma lembran�a recorrente?

Lisa Marie Presley: N�o. lembro-me de muitas coisas.

Diane Sawyer: O que me diz de seu aspecto f�sico? O que mais se lembra? Seus olhos, seu sorriso...?

Lisa Marie Presley: Tudo. Eu me lembro de tudo. J� podemos mudar de tema? (Lisa mostra-se desconfort�vel)

Diane Sawyer: Sim.

Lisa Marie Presley: Obrigada.

Diane Sawyer: S� mais uma pergunta. Voc� j� leu algum livro escrito sobre seu pai?

Lisa Marie Presley: Todas essas pessoas que faziam parte da vida dele nesse momento s� o colocavam no ch�o e tentavam tirar sua dignidade. Neste momento eu decidi que a restauraria...

Diane Sawyer: Acha que poderiam t�-lo salvado?

Lisa Marie Presley: Penso que poderiam.

Diane Sawyer: Voc� escreveu que "queria que soubesse que eu n�o o esqueci, tentaram acabar com voc�, mas n�o ser� assim enquanto eu viver"...

Lisa Marie Presley: Sim.

Diane Sawyer: Ele estava acabado?

Lisa Marie Presley: (pausa, Lisa pensa por alguns instantes) Acho que no final sim, penso que tinha problemas, n�o estava feliz. Obviamente estava pedindo socorro aos gritos, ent�o que sentido tem tentar lhe tirar a dignidade para ganhar dinheiro com isso? al�m de receberem aten��o por isso, � repugnante, espero que apodre�am no inferno! (Lisa se refere indiretamente a um recente programa que passou na TV a cabo americana, em que v�rios membros da m�fia de Memphis prestaram seus depoimentos sobre os �ltimos dias de Elvis)

Diane Sawyer: Sua m�e � rebelde?

Lisa Marie Presley: De jeito nenhum, absolutamente. N�s duas somos como o branco e o preto, eu sou como... eu sou o contr�rio dela, Quebrei todas as barreiras sociais que ela sempre teve, sou espont�nea, n�o me reprimo, nem controlo minha forma de falar ou agir. Ela � uma linda pessoa, fala delicadamente e � muito doce. Eu era como um touro em sua loja de cristal.

Diane Sawyer: O que foi o pior que voc� j� fez?

Lisa Marie Presley: Temos que falar sobre isso? o pior? Acho que tive mal comportamento constante e ponto.

Diane Sawyer: Voc� consumiu drogas?

Lisa Marie Presley: Sim.

Diane Sawyer: Muitas?

Lisa Marie Presley: O fato � que consumi drogas dos 14 aos 17 anos e as deixei para sempre, hoje n�o uso mais, o que acontece era que eu era totalmente incontrol�vel, minha m�e me levou ent�o para a cientologia. Ela sabia que l� iriam me vigiar e me controlar pois ela tinha me colocado para fora de casa! (risos)

Diane Sawyer: Ela colocou voc� para fora de casa?

Lisa Marie Presley: Sim.

Diane Sawyer: Se assustou?

Lisa Marie Presley: Sim, fez com que me perguntasse, o que fazia, porque estava nessa situa��o...

Diane Sawyer: E depois n�o mais consumiu drogas?

Lisa Marie Presley: Nunca mais.

Diane Sawyer: Ok. Mas... Michael Jackson???!!!

Lisa Marie Presley: Oh meu deus... Pensei que iria falar disso no come�o e que j� tinha esquecido desse assunto...

Diane Sawyer: Porque se casou com Michael Jackson??? Em que estava pensando???

Lisa Marie Presley: Ok... Posso falar?...

Diane Sawyer: O que estava fazendo????

Lisa Marie Presley: Tentei me preparar para isso, n�o pensei no que dizer... pensei que iria falar qualquer coisa sabe... Soube que queria me conhecer quando eu tinha 18 anos. Eu n�o queria porque parecia-me um bicho raro... um esquisito, mas cheguei a conclus�o que ele n�o chegou aonde chegou se fosse apenas um est�pido... � lament�vel que as pessoas s� tenham essa id�ia e n�o conhe�am seu verdadeiro lado...e ele n�o deixe que ningu�m o veja como ele �. Ele tem uma id�ia idiota de qual � a sua imagem p�blica e acha que isso funciona para ele, que � essa imagem de v�tima doce e vulner�vel... mas ele n�o � nada disso, sabe, ele n�o � isso e n�o deixa que ningu�m o veja como ele realmente �... ele quer lhe atrair, intrigar e capturar ou o que for e consegue. � muito h�bil para isso, comigo tudo aconteceu bem r�pido. Em nosso primeiro encontro ele disse: - "N�o sou homossexual, os demais acham isso mas n�o � verdade" e come�ou a dizer palavr�es e agir como uma pessoa normal, isso me conquistou e imediatamente pensei que as pessoas n�o o entendiam, ca� nesse jogo de pensar que ele era um pobre coitado e que eu o salvaria, estava apaixonada...

Diane Sawyer: Se apaixonou por ele???

Lisa Marie Presley: Neste momento sim.

Diane Sawyer: Havia atra��o sexual???

Lisa Marie Presley: Eu j� disse, tudo o que eu disse � verdade.

Diane Sawyer: Havia atra��o sexual???

Lisa Marie Presley: Neste momento sim. (risos)

Diane Sawyer: O que opina sobre sua apar�ncia?

Lisa Marie Presley: J� disse que n�o me atraem a normalidade e a mediocridade... certas coisas me atraem... Sou exc�ntrica, n�o sei, sou estranha...

Diane Sawyer: o que sua m�e disse?

Lisa Marie Presley: Ela me chamou e disse: - "Lisa, h� helic�pteros voando ao redor da casa e dizem que se casou com Michael Jackson!!! (risos) Eu fiquei calada e ela disse: - "N�o � verdade" ; "N�o � verdade". Ent�o eu tomei coragem e lhe disse que era verdade... (risos) Para mim aquilo dava mais emo��o. Se minha m�e n�o gostasse a� � que eu faria, sabe...

Diane Sawyer: Ela n�o sabia que se casaria?

Lisa Marie Presley: N�o, foi r�pido, tudo foi feito de forma muito r�pida...

Diane Sawyer: Em parte sua atitude foi para atorment�-la um pouco n�o � mesmo?

Lisa Marie Presley: Talvez.

Diane Sawyer: Faria o mesmo que ela, se casaria com um astro de seu tempo.

Lisa Marie Presley: N�o achei que foi premeditado, sabia que ela n�o queria que eu casasse e compreendo por que, mas naquela �poca eu era assim. A rea��o dela diante do meu namoro com ele foi p�ssima. Foi t�pico de uma m�e e era como se n�o gostasse dele, ent�o eu queria me casar com ele e era terr�vel.

Diane Sawyer: Vai longe para demonstrar o que quer.

Lisa Marie Presley: Sim (risos)

Diane Sawyer: E ningu�m podia lhe deter?

Lisa Marie Presley: Claro que n�o. Ningu�m impediu que eu fizesse nada e isso � o mais triste no caso!. Isso s� os meus filhos conseguem, me parar, sabe. Se bem que �s vezes nem eles sabem no que me meto.

Diane Sawyer: Voc�s viviam juntos???

Lisa Marie Presley: Sim.

Diane Sawyer: Eu n�o acredito nisso...

Lisa Marie Presley: Bem... quando vinha � cidade ficava na minha casa...

Diane Sawyer: Com que freq��ncia isso acontecia?

Lisa Marie Presley: N�o sei, no final foram ficando cada vez mais raros...

Diane Sawyer: Pode me bater por essa pergunta, mas eu tenho que faze-la, tinham noites rom�nticas????

Lisa Marie Presley: Sim. N�o as lembro muito bem, mas havia. Era algo normal, n�o iria me casar se n�o fosse algo assim. Nesse momento queria me casar com ele. Nem sequer pensava como seria depois. N�o imaginava como seria tudo. Depois ele me decepcionou r�pido nesse sentido.

Diane Sawyer: Agora pensa que ele lhe usou?

Lisa Marie Presley: Deus... N�o � uma id�ia descabida. Mas tamb�m nunca pensei muito sobre isso. Eu fiquei presa em suas redes...

Diane Sawyer: Pensa que ele est� louco atualmente?

Lisa Marie Presley: Meu deus...(risos) Penso que seu comportamento � um pouco irregular, mas n�o sei se ele � tecnicamente psic�tico. Mas n�o quero continuar falando dele. N�o me interessa atac�-lo, n�o quero falar mal dele.

Diane Sawyer: O que me diz da rela��o dele com as drogas?

Lisa Marie Presley: Nunca o vi usando drogas, mas eu suspeitava. N�o sei.

Diane Sawyer: Dizem que tomava analg�sicos o tempo todo.

Lisa Marie Presley: � curioso, porque eu nunca vi. Portanto n�o posso responder, ele nunca me falou sobre isso.

Diane Sawyer: O que voc� sabia sobre as acusa��es de abuso infantil por parte dele?

Lisa Marie Presley: Eu era amiga dele. J� t�nhamos uma rela��o rom�ntica, antes que isso acontecesse. Naquele momento eu era a �nica pessoa que ele chamava, portanto era um privil�gio para mim, que confiasse em mim e me contasse tudo o que aconteceu. Era muito convincente e acreditei. Na �poca tudo me pareceu uma grande extors�o. Naquela �poca. Segundo o que ele me contou nada aconteceu. Minha m�e tentou me fazer ver que tudo poderia estar armado ou que poderia coincidir com outra coisa, um grande golpe publicit�rio, eu n�o via. Era jovem, n�o sei. Parecia um pouco suspeito, mas ao mesmo tempo sei que ele me amava...na medida que ele pode amar uma pessoa.

Diane Sawyer: A que se refere com isso?

Lisa Marie Presley: Na medida em que ele � capaz de amar, pois n�o costuma estar apaixonado por mulheres, sabe... � um homem solit�rio, sempre foi...

Diane Sawyer: Em nossa entrevista anterior voc� defendeu Michael das acusa��es de abusos contra crian�as, voc� ainda tem a mesma opini�o?

Lisa Marie Presley: N�o saberia lhe dizer. Sinceramente n�o sei. Se pensasse que tudo era verdade... jamais eu o teria apoiado...

Diane Sawyer: Nunca viu nada que lhe causasse preocupa��o???

Lisa Marie Presley: N�o.

Diane Sawyer: Absolutamente nada, tem certeza disso???

Lisa Marie Presley: Preocupa��o? A �nica coisa que posso descrever � que conheci pessoas que entraram em seu mundo, onde a gente come�a a achar normais as coisa anormais... A gente fica preso na realidade dele, eu tamb�m estava presa no mundo dele. Aquela era eu sob sua influ�ncia. E a �nica coisa que p�s fim a esse per�odo foi conhecer outras pessoas que tamb�m haviam ca�do nisso...

Diane Sawyer: Disse que o havia visto com crian�as, como as crian�as se lan�avam sobre ele na cama...

Lisa Marie Presley: Sim, mas n�o � para consider�-lo... Eu o via com muitos beb�s, crian�as muito pequenas, ele tinha uma liga��o com as crian�as, n�o necessariamente apenas com crian�as de 12 anos. Voc� me entende? Eu o tamb�m o via com meninas, vi que tinha um v�nculo com as crian�as, mas n�o era nada ruim ou pervertido. N�o o vi assim. Eles lhe respondiam e ele a elas.

Diane Sawyer: Nunca viu nada que preocupasse em rela��o aos seus filhos????

Lisa Marie Presley: Jamais.

Diane Sawyer: E agora n�o reavalia?

Lisa Marie Presley: Sim, mas as �nicas pessoas que sabem a respeito s�o as duas pessoas que estavam no quarto, ele n�o contaria isso para mim porque eu o enforcaria!

Diane Sawyer: Depois de um tempo come�ou a ver as coisas com maior clareza?

Lisa Marie Presley: Foi um longo processo. Levei um tempo para come�ar a me fazer perguntas. Antes n�o gostava de me fazer perguntas.

Diane Sawyer: Que tipo de perguntas?

Lisa Marie Presley: N�o quero entrar em detalhes. Mas o caso � que comecei a despertar depois de um tempo. Estava um pouco adormecida.

Diane Sawyer: E como terminou? O que ocorreu?

Lisa Marie Presley: Tudo ocorreu muito r�pido.

Diane Sawyer: Mas voc� entrou com a a��o de div�rcio?

Lisa Marie Presley: Sim.

Diane Sawyer: Como disse a ele?

Lisa Marie Presley: Por telefone. Eu j� estava farta. Estavam ocorrendo muitas coisas. A situa��o foi bem feia no final. N�o gostei e n�o quero falar sobre isso.

Diane Sawyer: Ele resistiu ao div�rcio?

Lisa Marie Presley: N�o, acho que havia engravidado algu�m ou teria um beb�, acho que era isso que ele queria. Parece que se recuperou bastante r�pido, n�o sei.

Diane Sawyer: Isso alterou sua confian�a?

Lisa Marie Presley: Sim. Fiquei acabada depois desse div�rcio. Passei por um mont�o de problemas f�sicos. Tinha estress, minha ves�culo parou de funcionar e tiveram que extra�-la. Tive monocleoses e v�rus de Epstein-Barr, que se manifestavam em uma febre constante.

Diane Sawyer: Arrepende-se de ter sa�do em seu nome e defend�-lo? Deu a ele sua credibilidade.

Lisa Marie Presley: Se me arrependo agora? Penso que nunca mais poderei me livrar disso. Mas � muito frustante. Porque Sei que quem me conhece e sabe quem eu sou, quando me encontram me perguntam: "que diabos foi essa rela��o?" (risos)

Diane Sawyer: Ainda fala com ele?

Lisa Marie Presley: Com quem?

Diane Sawyer: Com Michael?

Lisa Marie Presley: Falei com ele a primeira vez h� um m�s, depois de dois anos sem nos falarmos. N�o atenderam chamadas telef�nicas por um tempo, mas h� um m�s, s� por curiosidade, resolvi atender. Era para ver se estava bem ap�s meu div�rcio com Nick.

Diane Sawyer: A corpora��o que cuida das organiza��es Presley teve um lucro no ano passado de 37 milh�es de d�lares. O Rei do Rock Elvis � t�o ou mais popular nos dias atuais quanto era em vida... Mas agora vamos a um novo tema, sabemos que Lisa Marie � fiel da cientologia. Ela at� foi a Washington defender uma das causas da entidade. Como foi a rea��o de sua visita ao congresso?

Lisa Marie Presley: Eles agradeceram minha visita. Sabiam que era uma situa��o fora de controle. (Lisa Marie se refere a proibi��o de certos rem�dios que podem prejudicar o crescimento f�sico e intelectual de crian�as, ele defendeu no congresso a proibi��o da venda destes medicamentos)

Diane Sawyer: O quanto a religi�o � importante para voc�?

Lisa Marie Presley: Muito. Dou-lhes a metade do meu dinheiro (risos) Brincadeira! Se me importa, em que sentido?

Diane Sawyer: A igreja interferiu em seus casamentos?

Lisa Marie Presley: A igreja n�o me diz o que devo fazer com minha vida. Essa n�o � a sua fun��o. De fato, fui h� dois meses e lhes disse: "voc�s n�o me v�em h� mais de quatro meses, vejam o que aconteceu, voltei a me divorciar! Eis me aqui" (risos) Eles me acolheram de novo. A ovelha desgarrada volta e eles me acolhem.

Diane Sawyer: Num mont�o de reportagens, dizem que a igreja adoraria ter Michael Jackson e Nicolas Cage entre seus novos fi�is.

Lisa Marie Presley: N�o sei nada disso.

Diane Sawyer: E que eles agradeceriam a oportunidade de que voc� os apresentasse...

Lisa Marie Presley: Jamais me disseram nada a respeito. Nem sequer uma vez. Eles n�o... O problema comigo � que ningu�m me diz o que fazer. Eu me rebelaria. Seria o pior pesadelo de quem se atreveria, seria um pesadelo para eles. Ningu�m faz isso.

Diane Sawyer: Imagino que voc� mesmo se pergunta, quantas vezes mais ocorrer�o essas coisas. (a entrevistadora se refere aos seus impulsos matrimoniais)

Lisa Marie Presley: Isso responde a sua pergunta? Olhe isso...(Lisa mostra dois an�is em seu dedo)

Diane Sawyer: O que � isso? N�o posso acreditar... (risos)

Lisa Marie Presley: S�o duas alian�as e eu as uso no dedo anular.

Diane Sawyer: Gostaria de dizer a todos o que significam os an�is?

Lisa Marie Presley: N�o posso.

Diane Sawyer: Seja sincera.

Lisa Marie Presley: Assim eu me sinto agora.

Diane Sawyer: S�o como um lembrete?

Lisa Marie Presley: Sim.

Diane Sawyer: Quantos anos tem por dentro?

Lisa Marie Presley: Doze! (risos) Respondi r�pido, n�o foi?

Diane Sawyer: Existe uma can��o em seu disco, "So Lovely", que voc� dedica aos seus filhos e que diz em sua letra "que eles n�o devem ser como voc�..."

Lisa Marie Presley: Escrevi isso numa can��o. N�o fa�am o que eu fa�o. Por favor Deus, n�o permita! N�o sei, penso que � um problema de DNA ou algo assim... n�o sei. Mas meus filhos sempre me dizem: - "Mam�e, chega!"

Diane Sawyer: De verdade?

Lisa Marie Presley: Sim.

Diane Sawyer: Por qu�?

Lisa Marie Presley: Porque ainda atuo como uma adolescente e eles se aborrecem, n�o sou uma m�e t�pica. (risos)

Diane Sawyer: O que quer que digam de seu disco?

Lisa Marie Presley: Que foi bom, que foi sincero, que pelo menos temos um pouco de talento pr�prio.

Diane Sawyer: Como ser� um dia perfeito para voc�, daqui a cinco anos?

Lisa Marie Presley: N�o preciso de muito para ter um dia perfeito. Sempre e quando eu n�o estiver passando por um div�rcio. (risos)

Diane Sawyer: Lisa, quero agradecer sua presen�a, adorei a entrevista!

Lisa Marie Presley: Eu que agrade�o, muito obrigada!

Diane Sawyer: O disco de Lisa Marie Presley ser� lan�ado em 8 de abril. Para maiores informa��es visite www.abcnews.com! Obrigados a todos!



Diane Sawyer e Lisa Marie Presley





Tradu��es: Lisa na Rolling Stone Parte 1: Erick Steve / Lisa na Rolling Stone Parte 2: EPW / Entrevista Lisa: Pablo Alu�sio

Lisa Marie Presley (Pablo Alu�sio) - contato: [email protected] - abril de 2003 -

Hosted by www.Geocities.ws

1