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MUDANÇA DE TENDENCIA NO COMERCIO VENEZUELA-BRASIL?

Gazeta Mercantil, Belém do Pará, Brasil, octubre, 1998


             As estatísticas mais recentes do comércio entre Venezuela e Brasil mostran uma sintomática mudança das quantidades e origens das mercadorias, que contrasta con as tendências existentes desde 1988.

            O comércio  bilateral do período de 1988-95 foi objeto dum informe elaborado pela empresa venezuelana AXIS para a Embaixada do Brasil en Caracas. Dito trabalho foi publicado pela Fundação Alexandre de Gusmão da Chancelaria brasileira e feito público num encontro bilateral realizado em Belém do Pará durante o passado mês de setembro.

            O informe da AXIS mostra como o comércio bilateral no período indicado incrementouse de 8,2% interanual, com uma balança comercial positiva para a Venezuela. As vendas venezuelanas para o Brasil teriam crescido num ritmo de 27,4 % média anual, enquanto que as exportações brasileiras para a Venezuela redusiram-se a uma taxa de -4,1% interanual.

            As cifras mensais sobre o comércio exterior procedentes do Ministerio da Industria, Comércio e Turismo do Brasil (www.mict.gov.br) indican e confirmam uma tendência nascida en 1997 e que pareceria fortalecida no presente ano. As exportaçoes brasileiras para Venezuela estão crescendo rapidamente, as importaçoes desde Venezuela estão se enfraquecendo e o superávit tende a desaparecer.

            O comércio acumulado estre janeiro e julho do presente ano reporta um incremento acumulado do 20,23% nas exportações do Brasil para Venezuela. O total dessas vendas somou US$482.071.608 durante os primeiros sete meses do ano.

            Em contrapartida, as exportações venezuelanas que foram de US$593 milhões no período de janeiro-julho de 1997, somente chegaram a US$536 milhões no mesmo lapso do presente ano. Em conseqüencia, as cifras indicam uma diminuição de 9,56% nas vendas de produtos venezuelanos para seu vizinho do sul.

            Esta tendencia ficou ratificada pelos números correspondentes ao mês de agosto distribuídos pelo MICT.

            Ao concluir o mês de agosto, a fatura brasileira de produtos venezuelanos tinha se reduzido de 12,5% com respeito ao período de janeiro-agosto do ano 1997.

            Como conseqüencia desse comportamento, a balança indica un déficit em diminuiçao. As contas do período janeiro-agosto de 1997 deixavam ver um déficit de 212 milhões de dólares a favor da Venezuela. Esse déficit é de 68 milhões ao concluir o octavo mês do presente ano.

            O incremento da contribuiçao brasileira ao comércio bilateral não tem sido suficiente para fazer crescer ou manter as somas obtidas nos recentes anos. De acordo com as estatísticas oficias brasileiras, o total do valor do comércio entre os dois países teria se reduzido 2,26% con respeito ao ano 1997. De continuar este comportamento no restante do ano, seria a primeira vez que se dá um retrocesso no comercio venezuelano-brasileiro especialmente depois do impulso dado a este pelos governos de Rafael Caldera na Venezuela, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso no Brasil.

            A redução das vendas venezuelanas ao Brasil está altamente (mas não totalmente) explicada pelo comportamento do mercado mundial do petróleo. Durante o período janeiro-julho de 1997, o petróleo cru representou 49% do total das vendas venezuelanas ao Brasil. Esta porcentagem tem se reduzido a 45% em 1998. Dois aspectos ten incidido nesta circunstância. Em primeiro lugar, a decisão brasileira de privilegiar o cru de origem nigeriano, diminuindo a entrada de  hidrocarburantes procedentes de Venezuela e Argentina. En segundo termo, a queda dos preços petroleiros internacionais tem feito que seja menor a proporção preço/volume na factura energética. De fato, Brasil está incrementando a sua produção de petróleo a taxas importantes (14,8% com respeito a 1997), está igualmente aumentando o seu consumo de cru importado, do qual o grande beneficiário tem sido a Nigéria. O Brasil tem visto reduzir o preço das suas compras em cru de 34,23% e tem incrementado o seu consumo de cru importado de 6,28% com respeito ao ano anterior.

            Deve se avaliar que circunstâncias institucionais podem estar afetando igualmente o comercio bilateral. A queda das vendas venezuelanas (não hidrocarburantes), que em grande parte se realizam no norte brasileiro, podem estar respondendo ás dificuldades que existem a nível prático para efetivar  o interesse bilateral por incrementar o intercâmbio. A persistente ameaça de não  prorrogar os acordos de alcance parcial vigentes, assim como travas  e dificuldades (devidamente registrados no informe difundido por la Embaixada do Brasil em Caracas) de diverso tipo, podem estar conspirando contra o desejável incremento do comercio bilateral.

            Conseguir o equilibrio nas contas comercias entre os países é um "desideratum", mas esse equilibrio devería se conseguir num ambiente de crescimento do intercâmbio, evitando o retrocesso que mostra-se agora.

            Un crescente interesse pelo comércio que está surgindo no norte do Brasil, e as cada vez mais freqüentes viagens de agentes comercias venezuelanos e brasileiros podem ser indicativos positivos duma nova retomada entre os dois países.

 

 

 

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