+

 

hist.gif (16050 bytes)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    

A origem da Freguesia

Igreja Paroquial Actividades caracter�sticas
A origem do nome da freguesia O Monte da Virgem Os pescadores do Areinho
Os limites da freguesia Os Arcos do Sard�o Os moleiros.
As Quintas A ponte ferrovi�ria sobre o Rio Douro As lavadeiras
Quintas da beira-rio Ponte S. Jo�o A agricultura
Quintas do interior A estufa da Quinta da Condessa Com�rcio e Ind�stria
As Fontes O Registo de Quebrant�es Oliveirenses Not�veis

 

Outros Dados

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A origem da Freguesia

 

Na conquista da Pen�nsula pelos romanos, existia um povo �tnico distribu�do pelo territ�rio que hoje constitui Portugal e Espanha. O povo mais importante era a Lusit�nia, contudo existiam cruzamentos com outros povos, quase sempre invasores, mas de cultura superior. Na Lusit�nia estava integrado todo o dom�nio que hoje constitui a freguesia de Oliveira do Douro, sendo o rio Douro que limitava, a Norte as suas fronteiras. O seu povo foi o �nico que manteve, na Ib�ria, por mais tempo a luta pela liberdade contra o invasor romano. Os lusitanos viviam, pelo menos, em tr�s formas de vida: montanha, plan�cie e litoral. Os habitantes desta regi�o viviam em �castros�, �cit�nias� ou �cividades�, que presumivelmente existiram em outros locais pr�ximos como Madalena e Valadares. Com o dom�nio romano modificam-se as rudes estruturas da Lusit�nia, destruindo os �castros� e caminhos anexos, obrigando as popula��es a aproximarem as suas povoa��es das zonas ribeirinhas. Os romanos criaram novas estradas, novos centros urbanos, dando lugar a uma �poca chamada lusitano-romano, um per�odo de evolu��o para uma civiliza��o superior.

Quatro s�culos depois, sucederam-se as invas�es dos povos b�rbaros. O povo desta regi�o sofreu, porque, n�o s� fizeram estragos que aos habitantes, como destru�ram tudo o que havia de valor. Passados dois anos de crueldade, repartindo entre si as terras conquistadas, deram a todos os moradores as isen��es que antes tinham. A companhia dos b�rbaros come�ou a ser mais tolerada, do que a dos romanos, vivendo entre eles com liberdade, ocultando o peso do seu dom�nio.

Os godos iniciaram o seu dom�nio em meados do s�culo V, verificando-se o fim do dom�nio no princ�pio do s�culo VIII. N�o existe relato de qualquer acontecimento de vulto neste per�odo. Posteriormente os mouros arrasaram todo o territ�rio, onde s� era visto o horror e a confus�o. Os mouros deixaram largas refer�ncias na freguesia.

Surge, depois, o per�odo de reconquista, aparecendo nesta �poca os primeiros documentos referentes � freguesia de Oliveira do Douro. Num diploma do s�culo XI aparece o nome de VILLA GARFANES, hoje Lugar de Garf�es. Outros documentos da mesma �poca cont�m VILLA OLIUARIA, que significa Oliveira, e UILLA UILLAR INTER ULUARIA, nome pelo qual foi conhecido Vilar de Oliveira, hoje Vilar de Andorinho. Noutro diploma surge-nos o nome de Santa Eul�lia como vila eclesi�stica. A par�quia de Oliveira do Douro j� se encontrava constitu�da a partir, pelo menos, de meados do s�culo XIII.

Mais tarde, em documentos do s�culo XIV, existem nomes de lugares como PAA�OO (Passos), BANRRO (Bairros), ARGEUIDE (Gervide), QUEBRANTO�ES (Quebrant�es), SA� (S�) e SSANTIAGO DO MONTE (Santiago). No s�culo XVI existe o primeiro recenseamento da popula��o da freguesia, realizado por carta r�gia, expedida de Coimbra a 17 de Julho de 1527, de D. Jo�o III, que ordenou aos seus Corregedores das seis comarcas em que o reino se dividia, que mandasse fazer por um escriv�o da sua correi��o o arrolamento dos moradores existentes na �rea do seu distrito. A freguesia d�Oliveira (Oliveira do Douro) tinha nesta altura 46 habitantes, n�mero aproximado ao n�mero de habitantes das freguesias vizinhas. Em 1623 a popula��o aumenta para 301 adultos e 86 menores, num total de 387 habitantes. Mais de um s�culo depois, em 1757, a freguesia tinha 292 fogos, mas o n�mero de habitantes � desconhecido. Em 1861 a freguesia dispunha de 657 fogos, com 2079 habitantes. Em 1883, a popula��o era de 3516 habitantes. No recenseamento de 1960 tinha 13313 habitantes, atingindo os 16620 em 1970.

O n�mero actual de habitantes de acordo com os censos 2001 � 23336, com 4705 menores e 9582 alojamentos. A proximidade da freguesia de Oliveira do Douro com a cidade do Porto, explica o facto de ser um centro de fixa��o de pessoas oriundas das mais diversas partes do pa�s.

 wpeF.jpg (1143 bytes)

 

 

 

 A origem do nome da freguesia e dos seus lugares

O nome da freguesia e dos seus lugares tem uma origem muito remota, podendo at� atribuir-se alguns deles ao per�odo romano. Posteriormente ao per�odo de reconquista crist�, muitas das propriedades foram encontradas abandonadas, j� que a popula��o fugia � passagem dos ex�rcitos. Quando encontraram seguran�a, as popula��es voltaram novamente � vida agr�cola, recompondo a sua propriedade. Os mais antigos diplomas da freguesia datam do s�culo XI, onde v�m referidos algumas das �villas� que mais tarde vieram a constituir. Os nomes normalmente usados nas denomina��es das �villas�  eram: nomes de santos, plantas, minerais, animais ou os pr�prios nomes. 

Derivados de nomes de santos: Santa Eul�lia, S. Tiago (o nome deste lugar surgiu porque existia uma ermida em invoca��o aquele apostolo).

Derivados de lugares de culto: Igreja (vem de �eclesia�, �ecclesiola�, local onde se fixou a primeira igreja); Frades (existia neste local um Convento da Nossa Senhora da Concei��o, dos Frades Carmelitas).

Derivados de nomes de pessoas: Aveiro (o pr�dio no gaveto das ruas 28 de Maio e Sard�o era ocupado por uma fam�lia oriunda de Aveiro); Garf�es (uma importante povoa��o, que remonta aos prim�rdios da nossa era, tendo em conta a sua localiza��o no eixo de localiza��o, entre os �castros� de Balsa e Gondomar); Gervide (um antigo nome pr�prio, usado na idade m�dia); Jorgim (um apelido usado na �poca); S� (povoa��o mais antiga da freguesia, sendo o apelido S� de origem portuguesa).

Derivados de animais: Sard�o (nome comum em povoa��es).

Derivados de �rvores: Oliveira (passou de �Ulveira�, �Vlueyra� e finalmente �Oliveira�); Freixieiro (deriva de freixo, �rvore grande, silvestre, da fam�lia das ole�ceas); Pinheiro (da �rvore com o mesmo nome).

Derivados de liga��es � agricultura: Eirado (origina de �eira�, local destinado � debulha de cereais); Herdade (do latim �hereditate�, heran�a, pr�dio r�stico, terra de semeadura); Lameiro (terrenos alagadi�os, destinados � produ��o de pastos, pois o local dispunha de f�rteis linhas de �gua, das nascentes de S. Tiago e da Fonte Formosa onde nasce o ribeiro de Quebrant�es); Ramada Alta (existia uma ramada que se estendia sobre a passagem p�blica, o lugar � de origem recente, j� que fazia parte dos dom�nios do Lugar da Deveza).

Derivados de nascentes de �gua: Bolh�o (deriva da exist�ncia de uma nascente, que levantou algumas quest�es, j� que, por vezes a popula��o do Lugar da Gervide impedia o percurso da �gua at� � Quinta de Santo Aleixo); Fontelos (ligado a uma nascente existente, do latim �fontana�).

Derivados de relevos do terreno: Areinho (corresponde a pequeno areal na margem do rio, o local � povoado recentemente, porque as frequentes e graves cheias assolaram no passado o local, n�o permitindo uma popula��o fixa); Corredoura (passagem estreita, caminho que tem origem num caminho entre o interior e a beira rio); Deveza (tapada, alameda que delimita um terreno); Juncal (deriva do terreno h�mido, prop�cio � cria��o espont�nea de junco); Montinho (diminutivo de monte); Outeiro (pequeno monte, eleva��o de terra, uma das mais antigas povoa��es da freguesia); Quebrant�es (derivado de quebrada, significa declive de um monte).

Derivados de profiss�es: Lavandeira (local onde se fazia a lavagem de roupas).

Derivados de outros: Atafona (de origem �rabe �at-t�huna�, significa engenho moer gr�o, movido manualmente ou por cavalgaduras); Bairros (uma das povoa��es mais antigas da freguesia, j� existia no s�culo XIV, com o nome �Banrro�); Formigosa (� desconhecida a origem deste nome); Pedra Salgada (chegam at� ao local as mar�s vivas, de �gua salgada); Sernandes (� desconhecida a origem deste nome); Sete Estrelas (relaciona-se com o facto do rapazio l� ir deitar em tempos as suas estrelas, papagaios, sendo o lugar muito ermo, descampado e elevado prop�cio a ventos).

wpeF.jpg (1143 bytes)

 

 

Os limites da freguesia

     As mais antigas demarca��es que se conhecem datam de 1543. Em 1979 confirmaram-se as mesmas demarca��es, tendo-se constatado a confus�o nas antigas divis�es de um regato, entre Oliveira e Mafamude. Mais tarde levantou-se a quest�o relativamente aos antigos limites com Mafamude, que consistia no facto de existirem duas linhas de �gua, ambas descendo da serra (Monta da Virgem) e se dirigirem para Agroidos (Agras, de cima e de baixo), sendo uma a nascente das propriedades de Francisco Cirnes, e outras a poente. O que se concluiu � que os limites eram com a linha de �gua a poente e que inclu�a as duas serras.

Esses limites situam-se a partir da estrada que vai do alto de Santo Ov�deo a Vilar de Andorinho, numa linha para Norte, passando no estremo dos terrenos das instala��es de Salvador Caetano, atravessa a estrada nacional 222, inclui as actuais instala��es das oficinas e Quartel dos Sapadores Bombeiros de Gaia, at� � Fontinha. Dentro destes limites encontra-se o futuro Parque da Cidade de Vila Nova de Gaia (j� em constru��o), o Pavilh�o Municipal e as instala��es da RTP.

Quanto aos limites no seu extremo com o rio Douro, actualmente n�o est�o bem definidos, pois t�m vindo a considerar-se como pertencentes � freguesia de Santa Marinha os terrenos da Carreira de Tiro e Campo da Serra do Pilar, quando anteriormente Oliveira do Douro ia at� ao aqueduto do Convento da Serra. A Serra do Pilar, considerada perten�a de Santa Marinha, assim como a zona residencial envolvente e a Quinta do Vale da Gl�ria, que t�m um artigo de Matriz Predial de Oliveira do Douro.

wpeF.jpg (1143 bytes)

 

 

 As Quintas

     As tradicionais quintas, algumas famosas, est�o condenadas irremediavelmente a desaparecer. Algumas destas quintas de Oliveira do Douro eram indiscutivelmente formosas, tanto nos arranjos exteriores que os sucessivos donos iam fazendo como na disposi��o topogr�fica, umas vezes voltadas ao Rio, e outras abertas em anfiteatro para a cidade.

 

 Quintas da beira-rio 

Quinta do Vale da Gl�ria

Quinta Cust�dio Rodrigues

Quinta da Fonte da Vinha

Quinta do Sulfureto

Quinta da Pedra Salgada

Quinta Seca

Quinta de S. Salvador

Quinta da Torre Bela

Quinta dos Cubos

Quinta do Campo Belo

Quinta do Vitorino

Quinta da Igreja

Quinta Queimada

Quinta das Carvalheiras

Quinta dos Frades

 

Quintas do interior

Quinta de Garf�es

Quinta do Sard�o

Quinta do Silva

Quinta das Alminhas

Quinta de Santo Aleixo

Quinta de Boucinhas

 

Quinta da Seara

 

wpeF.jpg (1143 bytes)

 

 

As Fontes

             A freguesia de Oliveira do Douro podia considerar-se, no passado, uma das mais ricas, em nascentes de �gua. Existiam nos mais numerosos locais, de excelente qualidade, o que consistiu um recurso primordial na forma��o dos povoados que aqui se estabeleceram.

            A Fonte da Gruta, na Quinta do Vale da Gl�ria, em Quebrant�es, trata-se de uma extensa mina cavada no granito, que se divide em dois ramais. A �gua desta fonte denominada ��gua da Gruta�, foi em tempos comercializada em garraf�es e era considerada �gua de mesa de boa qualidade. Existiam ainda outras fontes como a Fonte Formosa, A fonte do Monte de Santo Aleixo, etc.

 wpeF.jpg (1143 bytes)

 

A Igreja Paroquial

             Santa Eul�lia, orago da Igreja Paroquial, � das santas mais veneradas de todo o Ocidente. A imagem existente na igreja paroquial simboliza a Santa M�rtir de M�rida. Trata-se de uma imagem do s�culo XVIII, em madeira, com 0,59 cm de altura e 0,28 cm de largura. A sua pintura � simples e bastante decorada com desenhos de flores e folhas de ouro. Predom�nio das cores vermelho, verde e azul, como quase todos os m�rtires.

A avaliar por uma pedra, na zona frontal posterior da Igreja, a sua constru��o data do ano de 1704. � desconhecido, contudo, se essa data corresponde exactamente ao ano da sua constru��o, ou da reconstru��o de outra anteriormente ali existente. Uma restaura��o � mais de vinte anos, modificou totalmente a disposi��o dos altares. Foram conservadas as imagens que os compunham, algumas delas de primorosa execu��o.

Para al�m da Igreja Paroquial, a freguesia disp�e de mais alguns lugares de culto: a capela de S. Tiago, a capela do Monte da Virgem, a capela da Quinta do Boucinhas, a capela da Quinta da Condessa, a capela da Quinta do Sard�o, a capela da Quinta de Garf�es, a capela da Quinta de Campo Belo, a capela da Quinta de Santo Aleixo, a capela de S. Salvador, a capela de Quebrant�es e a Igreja da Nossa Senhora da Concei��o (Gervide).

 

A capela de S. Tiago, anterior ermida de S. Tiago, tem como sua origem, talvez, o princ�pio da nossa nacionalidade, ou mesmo antes. A actual capela � uma transforma��o da anteriormente existente, sem que se saiba em que �poca foi constru�da a inicial. A ermida de S. Tiago est� ligada � lenda da nascente de �gua, que ter� surgido por pedido de uma ermitoa que habitava aquela serra, que implorava ao Senhor que acudisse a freguesia, que experimentava grande falta de �gua.

 

A capela da Quinta do Boucinhas, invoca��o de Nossa Senhora de Penha de Fran�a. Foi mandada construir pelo Capit�o Val�rio Lopes, que pediu licen�a para tal em 28 de Outubro de 1742. A licen�a foi-lhe concedida a 26 de Junho de 1744, sendo alegado que a mesma ficava distante da Igreja Paroquial e do Convento dos Padres Congregados.

 

A capela da Quinta da Condessa, invoca��o de Nossa Senhora do Ros�rio. Foi mandada edificar por Bento de Oliveira, morador na rua das Flores no Porto. A 18 de Junho de 1726 inicia-se o processo para a sua constru��o, nomeadamente o pedido de licen�a, tendo a licen�a final, sido passada a 10 de Dezembro de 1733.

 

A capela da Quinta do Sard�o, invoca��o de Nossa Senhora do Ros�rio e de S. Domingos. Mandada edificar por Jos� Fernandes de Almeida, morador na freguesia da Vit�ria, no Porto. O in�cio do processo a 3 de Fevereiro de 1753, tendo sido concedida a licen�a a 8 de Mar�o do mesmo ano.

 

A capela da Quinta de Garf�es, invoca��o de Nossa Senhora da Sa�de. Foi benzida em 1906 e pertencia a Manuel Rodrigues Teixeira. No passado faziam-se grandes festejos em honra da Senhora da Sa�de, que tinham lugar a 15 de Agosto. Contudo, esta capela foi recentemente destru�da, perdendo-se mais uma parcela do patrim�nio hist�rico da freguesia. 

 

A capela da Quinta de Campo Belo (capela Rom�nica de Quebrant�es), invoca��o de Nossa Senhora da Concei��o. � uma ermida muito antiga, de modestas propor��es, toda constru�da em pedra de cantaria, no estilo rom�nico e isolada de quaisquer outras edifica��es das suas reduzidas. O interesse que desperta deriva principalmente das suas reduzidas mas harm�nicas dimens�es e de simplicidade de linhas arquitect�nicas.

 

A capela � feita de blocos rectangulares e sensivelmente iguais, em granito, sobre os quais corre, em toda a volta uma cornija singela. N�o existe uma determina��o exacta da constru��o desta capela. Sabendo-se que a Quinta de Quebrant�es passou � posse da fam�lia dos Leites em 1483, supondo-se ter sido constru�da no s�culo XIV ou XV.

 

A capela da Quinta de Santo Aleixo, invoca��o de Santo Aleixo. Embora n�o exista qualquer documento sobre o ano de constru��o desta capela, admitindo pela sua arquitectura exterior, inteiramente integrada no edif�cio est� anexa, � de crer que remontar� ao tempo da constru��o do restante edif�cio. Numa publica��o cujo nome � desconhecido, referente ao ano de 1623, j� consta a ermida de Santo Aleixo. O seu interior denota muita simplicidade, nomeadamente o altar, cuja decora��o n�o corresponde � inicial, certamente de mais valor.

 

A capela de S. Salvador, na Quinta de S. Salvador, deve remontar ao per�odo da constru��o do solar, cuja �poca se desconhece.

 

A capela do Monte da Virgem, em invoca��o � Imaculada Concei��o. S� ap�s a sua constru��o, � que o nome do local que at� ent�o era Monte Grande, passa a ser Monte a Virgem. A sua constru��o aconteceu por iniciativa de um grupo de amigos, da freguesia, sendo o projecto aprovado a 31 de Outubro de 1905. A sua ben��o efectuou-se a 17 de Junho de 1906.

 

A capela de Quebrant�es, uma constru��o recente, de linhas muito simples, aberta ao culto da popula��o de Quebrant�es, j� que a capela da Quinta de S. Salvador n�o comportava j� a enorme aflu�ncia de fi�is.

 

A Igreja da Nossa Senhora da Concei��o constitui o maior templo cat�lico da freguesia. O projecto da sua constru��o � da autoria do Arquitecto Abrunhosa de Brito, iniciando a constru��o no dia 1 de Abril de 1982. A obra foi custeada pela par�quia, com o empenho da popula��o da freguesia.

wpeF.jpg (1143 bytes)

 

 

O Monte da Virgem

 O Monte da Virgem constitui um ponto de atrac��o pela excelente situa��o como miradouro sobre a cidade do Porto, estendendo a sua vista at� Le�a da Palmeira, Monte Murado (Senhora da Sa�de), Serra de Valongo e Serra de Arouca. Teve durante s�culos a denomina��o de Monte Grande, at� que no princ�pio deste s�culo foi constru�da uma capela de evoca��o � Imaculada Concei��o, passando a chamar-se Monte da Virgem. A Comiss�o Promotora da Obra anteviu que essa �rea viria a ser insuficiente no futuro e resolveu a adquirir outros terrenos em volta. O projecto para o monumento foi executado por Adolfo Despoy, Engenheiro da Companhia da �guas do Porto. A planta foi aprovada a 31 de Outubro de 1905, sendo a constru��o confiada a Jo�o Gomes da Silva Guerra.

 

A coloca��o no altar da imagem da Imaculada Concei��o foi a 8 de Outubro de 1906, ao mesmo tempo que a de S. Jos�. Quando se pensou resolver a necessidade de abrir uma avenida de liga��o com a estrada que vinha de Santo Ov�dio, em 1928, os donos dos terrenos que ela atravessava, puseram � disposi��o da Confraria.

 wpeF.jpg (1143 bytes)

Os Arcos do Sard�o

 Os arcos do aqueduto destinavam-se a conduzir �gua de uma nascente, em Vilar de Andorinho, para o palacete da Quinta do Sard�o, hoje denominado Convento do Sard�o.

A sua constru��o deve-se a Jos� Bento Leit�o, av� materno de Almeida Garrett. Era propriet�rio de algumas terras em Oliveira do Douro, fixando resid�ncia na Quinta onde construiu o palacete.

 wpeF.jpg (1143 bytes)

A nova ponte ferrovi�ria sobre o Rio Douro

Ponte S. Jo�o

           

A ponte D. Maria Pia, patrim�nio hist�rico, art�stico e sociol�gico relevante, constituiu na �poca da sua constru��o uma obra de engenharia not�vel pelo autor do projecto Gerard Eiffel. Dado o desenvolvimento populacional e econ�mico da regi�o Norte, apresenta defici�ncias para o movimento de tr�fico, dadas as caracter�sticas do seu tra�ado de via �nica. Para atender a esse problema foram durante anos projectadas v�rias solu��es, todas elas tendo em vista a constru��o de uma nova ponte. Depois de v�rios estudos o processo culminou com a op��o de um dos projectos do Prof. Edgar Cardoso. A ponte � do tipo p�rtico cont�nuo, com pilares verticais, tem 3 v�os, o central com 250 metros e os laterais com 125 metros. Esta obre constitui um factor relevante no campo da constru��o de viadutos, em v�os daquela extens�o, e sobre o qual esta posta a aten��o dos t�cnicos de maior renome da engenharia mundial. Dos trabalhos envolventes � constru��o, � de salientar a forma��o dos pilares principais, que assentam no leito do rio junto a cada uma das margens, nascem dentro de cilindros de ferro, recortados que acompanham toda a deforma��o do maci�o rochoso, onde assentam, fazendo a sua veda��o. Simultaneamente com a execu��o destas obras, foi constru�do um edif�cio, denominado Laborat�rio Estrutural da Ponte, que se destinava a experi�ncias t�cnicas, visando a determina��o das caracter�sticas de funcionamento das estruturas da ponte. Hoje, este magnifico edif�cio, com excelentes infra-estruturas, encontra-se fechado sem qualquer utiliza��o. A junta de freguesia formulou uma candidatura junto da entidade competente, para poder explorar este espa�o inutilizado.

            A constru��o desta ponte implicou expropria��es e realojamentos bastante significativos no n�cleo populacional do Bairro de Quebrant�es. wpeF.jpg (1143 bytes)

 

A estufa da Quinta da Condessa

           

A Quinta da Lavandeira, tamb�m conhecida por Quinta da Condessa, teve uma relevante import�ncia no campo da agricultura. Foi considerada uma Quinta modelo, onde eram ensaiadas novas culturas e as mais modernas alfaias, ao ponto de ser subsidiada pelo Governo. Inicialmente pertencia a Joaquim da Cunha Lima Oliveira Leal, natural de Oliveira do Douro. Mais tarde a Quinta veio a pertencer ao Conde de Silva Monteiro, que l� viveu at� ao fim da vida a sua esposa, a senhora Condessa, de onde provem o nome da Quinta. Conde Silva Monteiro teve avultados neg�cios no Brasil, vindo a perder a sua fortuna. Faz parte da Quinta da Lavandeira tamb�m uma grande estufa, uma das melhores, maiores e mais modernas da �poca. Todo o edif�cio � harmonioso, com 24 metros de frente e 12 metros de altura. Para fazer os moldes em chumbo, madeira e zinco foram necess�rios 883 dias, e para as suas diferentes pe�as em ferro fundido 2372 dias. O peso total do ferro empregue na sua constru��o foi de aproximadamente 38 mil kg. O estado actual da Quinta da Lavandeira � deplor�vel, as �rvores a pedirem manuten��o, o lago com apenas leves ind�cios do que foi no passado, est�o longe da beleza que teve no passado. A estufa est� praticamente submersa pela vegeta��o, sem vidros, a imagem viva do abandono por parte do propriet�rio (por ser talvez, apenas, um patrim�nio fundamentalmente hist�rico, sem qualquer tipo de lucros monet�rios). Na d�cada de 30, foi cen�rio para filmagens de um filme portugu�s cujo nome � desconhecido. No entanto, a sua estrutura encontra-se num estado de poss�vel recupera��o, apesar de centen�ria. O ano de constru��o, 1881, encontra-se bem destacado na zona superior � porta principal. 

 wpeF.jpg (1143 bytes)

O Registo de Quebrant�es

A �Casa do Registo�, em Quebrant�es, ter� tido uma import�ncia significativa no passado, ligada ao porto de Quebrant�es. A sua exist�ncia pode ter estado na base de um ponto de passagem obrigat�ria, para quem transpunha o rio, j� que est� comprovado que n�o existiam outros de liga��o mais pr�ximos e acess�veis ao alto da Vila.

 

Este entreposto de mercadorias ainda se encontra assinalado pela exist�ncia da �Casa do Registo�, com bras�o real, n�o tendo, contudo, sido ainda estudada a �poca da sua constru��o e a finalidade a que se destinava. No primeiro semestre de 1857 deram entrada no registo 15864 barcos de P� de Moura para baixo e 2547 para cima, com 42543 pessoas, incluindo as padeiras de Avintes, sendo 2410 com aguardente, vinho, azeite, carv�o, cereais, lenha e madeira, e as restantes com legumes e frutas.

 wpeF.jpg (1143 bytes)

Actividades caracter�sticas da freguesia      

 

Os pescadores do Areinho

             Os vest�gios encontrados relativamente � pesca primitiva impedem a localiza��o clara da �poca e dos povos que aqui iniciaram esta actividade. Os povos passados viviam fundamentalmente da ca�a, praticada junto aos seus aglomerados, denominados �castros� ou �crastos�, onde se refugiavam sempre que surgiam intrusos.

            Mais tarde, essas fortifica��es foram destru�das por invasores, os povos ind�genas desceram �s plan�cies e estabeleceram-se junto �s margens do rio. A pesca no rio Douro constitui, atrav�s dos tempos, riqueza de capital import�ncia para a economia desta regi�o, especialmente para a cidade do Porto. A freguesia de Oliveira do Douro sendo vizinha da cidade do Porto beneficiava de regalias, contudo era-lhe imposto que a venda do seu pescado fosse feita dentro da cidade e nunca fora dela. Nesta zona do rio Douro, o peixe era t�o abundante que excedia largamente as necessidades da sua popula��o. A estas zonas acorriam pescadores de outras localidades que capturavam abundante s�vel e lampreia, entre Dezembro e Julho.

 

Era na realidade uma riqueza que a freguesia tinha ao seu dispor. As �guas do Douro, enaltecidas por famosos autores, encontram-se, no presente, no mais grave estado de polui��o situa��o que se espera ver resolvida nos pr�ximos anos com a recente constru��o da ETAR (Esta��o de Tratamento de �guas Residuais) no Areinho de Oliveira do Douro.

 wpeF.jpg (1143 bytes)

Os moleiros

             Os mo�nhos de cereais localizavam-se no ribeiro do �Gon�alo�, tamb�m denominado da �Fontinha�, de �Sequelos� e de �Quebrant�es�. Estavam instalados nos mais diversos pontos do percurso daquele ribeiro, mas era em Quebrant�es que a maior parte deles se encontrava. Neste local, o curso da �gua adquiria mais volume, favorecido pelo terreno acidentado que lhe permitia maior aproveitamento das quedas e que era necess�rio para a melhor movimenta��o das azenhas e rod�zios. As azenhas e os rod�zios que movimentavam os moinhos, foram, incontestavelmente, a ind�stria mais primitiva desta freguesia. As azenhas eram constitu�das por enormes rodas de madeira de carvalho, ligadas ao eixo, tamb�m de carvalho, por bra�os de madeira de eucalipto. Eram forradas lateralmente por duas argolas de madeira de pinho manso, com que formavam os copos que recebiam a �gua. No interior, o moinho era constitu�do pelo eixo, sobre o qual assentava a pedra que ele movimentava. A outra pedra, o p�, era fixa e mais macia. Era dif�cil acertar na escolha das pedras, pois poderiam ser de m� qualidade, tornando a farinha escura, � mistura com a pedra. O rendimento do moinho, assim como a quantidade de farinha fabricada era condicionada pela qualidade da pedra. Havia dois tipos de picagem das pedras, � francesa, constitu�da por regos profundos cavados na pedra, no sentido centro-margem, e, � portuguesa sendo a pedra totalmente plana onde a picagem era acentuada profundamente da margem para o centro. Este era o tipo de picagem mais usado nos moinhos de Quebrant�es, pela boa qualidade da farinha. Outros acess�rios do moinho eram a �moega� onde era lan�ado o cereal e a �calha� de onde ca�a o cereal para a �boca�. O movimento da pedra e as rugas apresentadas nas �costas� era o que trepidava a �tramela� e provocava a queda do cereal no �chamadouro�. Os acess�rios que completavam o moinho eram a vassoura, os picos, a p�, o rolo, a tranca e o cavalete, sendo os tr�s �ltimos destinados � descida da pedra quando se procedia � picagem.

            A constitui��o os rod�zios era de constru��o bastante mais simples, pois todo o movimento acontecia directamente do eixo, onde estava aplicado a roda, com as �penas�, � m� de pedra. Os moleiros de Quebrant�es, estabeleciam um enorme contributo � cidade do Porto, j� que lhes fornecia os verdes para as prociss�es do �Corpus Christi�. Os moleiros de Quebrant�es atingiram no s�culo XVII uma enorme import�ncia. Tinham o direito de posse de �guas do ribeiro e vigiavam-na at� �s nascentes, em Cravel. Dispunham, portanto, de todo um percurso f�rtil em verdura e, por isso, lhes era imposta aquela obriga��o. A prociss�o de �Corpus Christi�, era um aut�ntico cortejo c�vico, entremeado de dan�as e cantos, para glorifica��o das virtudes guerreiras da ra�a.

 wpeF.jpg (1143 bytes)

As lavadeiras

             A freguesia possu�a ricas linhas de �gua que representavam um inestim�vel tesouro da natureza, pelo seu mais variado aproveitamento. Duas destas linhas de �gua constitu�am abundantes ribeiros, nascendo ambas no Monte da Virgem, desaguando na margem esquerda do rio Douro. Era nesses locais que as lavadeiras exerciam o seu trabalho, �rduo, sujeitas ao rigor do tempo, tanto no Ver�o como no Inverno. Classe detentora de um profundo sentido de cultura popular, j� que nela se recolhia um numero variado de contos, lendas e cantigas.

     A lavagem de roupa envolvia tarefas hoje completamente esquecidas. Passavam pelas mais variadas fases at� se tornarem �alvas�. De uma primeira passagem pela �barrela�, esta preparada com cinza peneirada, sab�o e �gua quente, na qual a roupa ficava em imers�o at� ao dia seguinte, at� ao �corar�, passando depois pelo �torcer� at� � secagem, eram trabalhos que se praticavam com verdadeira religiosidade. O cloro e o sal de azedas eram, tamb�m, ingredientes que entravam na prepara��o para a lavagem. Ao fim de semana, o trabalho destas mulheres culminava com o transporte das roupas dobradas em �troixas�, at� �s freguesas.

 wpeF.jpg (1143 bytes)

A agricultura

             Nos fins do s�culo XVIII, a freguesia era predominantemente agr�cola, � excep��o da labora��o de alguns moinhos, localizados no ribeiro do �Gon�alo� ou de �Quebrant�es�, que abasteciam de farinha n�o s� os lavradores da freguesia, como as popula��es circunvizinhas e mesmo a da cidade do Porto. As maiores parcelas de terreno, nomeadamente as Quintas, n�o estavam aforadas por residentes da freguesia, mas sim por pessoas de fora, de classes privilegiadas, como titulares, cl�rigos e militares.

            Existiam, nessa �poca, na freguesia 204 parcelas de terreno de cultivo, denominadas quintas, casais, meios casais, quartos de casal, subdivididas em campos, leiras, lameiros, cortinhas, hortas, algumas devezas e outeiros. Na explora��o ou arrendamento das terras envolviam-se pessoas que exerciam outras profiss�es, como: pedreiro, alfaiate, tanoeiro, etc. Produzia-se fundamentalmente, vinho, madeira de pinho e carvalho, cereais (milho, trigo, centeio, cevada), legumes e variadas frutas. 

 wpeF.jpg (1143 bytes)

Com�rcio e Ind�stria

             A primeira f�brica a ser instalada em Oliveira do Douro foi em 1907, movimentada a for�a hidr�ulica, aproveitando uma queda de �gua do ribeiro de Quebrant�es, fabricava fitas, cord�es, suspens�rios e riscados. Alguns anos depois surgiu uma segunda unidade fabril, de lanif�cios, localizada tamb�m junto ao ribeiro de Quebrant�es, que mais tarde se transformou para o fabrico de linhagem. No decurso da primeira guerra mundial surgiu a ind�stria de tanoaria, chegando a existir quatro unidades de fabrico. Depois apareceu uma f�brica de passamanarias e uma de papel.

            Nos anos 20 a freguesia j� dispunha de um vasto leque de ind�stria e com�rcio: alfaiataria, f�brica de asfalto, barbeiros, dep�sito de cal, carpintarias, drogarias, lojas de fazendas, ferragens, funileiro, mercearias, padarias, casa de penhores, farm�cia, restaurante, f�bricas de cal�ado, serralharia, tanoarias e f�brica de tintas. A partir de 1950, a ind�stria e o com�rcio de cal�ado tornam-se relevantes, pelo n�mero de unidades que passaram a existir.

 wpeF.jpg (1143 bytes)

Oliveirenses Not�veis

    Marcelino M�ximo de Azevedo e Melo

             Foi primeiro visconde de Oliveira do Douro, descendente de D. Arnaldo de Bay�o, filho de Wilhelmo I, duque da Baviera, eleitor do imp�rio romano e parente dos imperadores. Marcelino de Azevedo e Melo, fidalgo Cavaleiro da Casa Real, comendador da Ordem de Cristo e de Torre e Espada, formado em Leis pela Universidade de Coimbra, par do Reino, desembargador da Rela��o do Porto, Governador Civil, comiss�rio em chefe do ex�rcito em 1832, conselheiro do Tribunal de Contas, ministro de Estado, nasceu em Penafiel em 1974 e faleceu em Oliveira do Douro em 19 Julho de 1893. Foi casado com uma senhora de Vila Nova de Gaia, D. Mariana Henriqueta Correia de Melo, irm� de Joaquim Correia Moreira, propriet�ria da importante Quinta da Lavandeira. Exerceu tamb�m o lugar de Juiz do Crime da cidade do Porto e quando se estabeleceu o absolutismo recolheu � sua casa, onde permaneceu at� que em 1826 foi eleito deputado das Cortes. Sendo a C�mara dissolvida por D. Miguel, o futuro Visconde de Oliveira do Douro quis emigrar para Espanha com a divis�o liberal, mas adoeceu no caminho. A 21 de Setembro de 1832 foi nomeado comiss�rio chefe do ex�rcito. A Rainha D. Maria II, em reconhecimento pelo seu desempenho conferiu-lhe o t�tulo de Visconde de Oliveira do Douro, em 10 de Mar�o de 1842. Marcelino de Azevedo e Melo desempenhou ainda importantes cargos de Estado, como o de ministro do Reino e interino da Fazenda, onde teve um trabalho relevante num empr�stimo ao tesouro p�blico de trezentos contos, feito pelo Banco de Portugal. Consegui, assim, juntar a Companhia Confian�a com o Banco de Lisboa e constituir o Banco de Portugal, opera��o financeira que ele confirmou num decreto seu em 19 de Novembro de 1846. O Visconde de Oliveira do Douro, faleceu no dia 13 de Maio de 1853, sendo sepultado na igreja do mosteiro.

 

    D. Maria Rosa de Barros Costa Basto

 Natural de Oliveira do Douro, filha de Bento de Barros Freire de Carvalho e de D. Joaquina Rosa de Barros Freire. Foi das maiores benfeitoras da freguesia, doando o edif�cio por si mandado construir para a instala��o de uma escola prim�ria, que deu o nome de Escola do Sant�ssimo Sacramento.

 

Ant�nio da Rocha Silvestre

             Foi um dos fundadores da Associa��o Oliveirense de Socorros M�tuos, onde exerceu v�rios cargos da Direc��o. Trabalhou na F�brica de Lou�a da Bandeira, onde se distinguiu como lutador na defesa dos direitos dos trabalhadores. Ant�nio da Rocha Silvestre transmitia uma vertente ideol�gica socialista e foi um trabalhador incans�vel nas lutas em prol dos Direitos e da Justi�a. Era pai de Il�dio da Rocha Silvestre, que foi um grande actor amador, que chegou a actor de alguns filmes do cinema nacional, como �Ala Arriba� e �Inez de Portugal�. O nome de Ant�nio da Rocha Silvestre foi atribu�do � Escola Dram�tica Rocha Silvestre. Tamb�m a freguesia lhe prestou uma homenagem, dando o seu nome a uma das ruas mais centrais. Faleceu no dia 28 de Dezembro de 1899.

 

    Padre Lu�s Gon�alves da Rocha Pinto

             O padre Lu�s era natural de Pinh�o, aldeia localizada na vertente de um dos contrafortes da Serra da Galheira, concelho de Oliveira de Azem�is. Um dos quatro filhos de um modesto casal. O pai, jornaleiro, teve de emigrar por duas vezes para o Brasil, para construir uma pequena casa, que serviu de habita��o para a fam�lia. O filho Lu�s, muito vocacionado para o estudo, ingressou num semin�rio e foi com grande sacrif�cio dos pais, que chegaram a hipotecar os bens, que estudou alguns anos. Os recursos chegaram ao fim sem que o curso estivesse completo. Contudo, o Bispo do Porto, Cardeal D. Am�rico chamou Lu�s para lhe comunicar que da� em diante faria os estudos gratuitamente, mandando devolver o dinheiro que tinha pedido �s fam�lias da sua vizinhan�a.

            O Padre Lu�s tornou-se sacerdote em 1897, com 25 anos de idade, vindo a fixar-se depois em Oliveira do Douro. Com uma vida inteiramente de dedicada ao ensino escolar a crian�as, � conhecido, n�o s� como educador, mas tamb�m como sacerdote exemplar. Nos �ltimos anos da sua vida, foi confessor no Col�gio do Sard�o, vindo a falecer com idade j� avan�ada. Foi a enterrar numa tarde chuvosa do dia 28 de Dezembro de 1957. Mais tarde, por iniciativa dos seus antigos alunos e admiradores, foi constru�do o Jazigo Capela, onde o seu corpo repousa num sarc�fago l� colocado. Na sua antiga resid�ncia e escola funciona um centro de educa��o infantil, denominado Obra do Padre Lu�s.

     O seu nome est�, assim, perpetuado naquilo que foi herdeiro dos seus valores, pois legou �s crian�as todos os seus bens. A sua �ltima vontade foi que a sua Escola mantivesse o car�cter solid�rio e fosse exclusivamente para crian�as pobres, contudo, n�o � o que se verifica na actualidade. Levantou sempre a voz em favor dos pobres da freguesia, procurando minimizar-lhes o sofrimento e as car�ncias. Num per�odo de pol�tica muito controverso, o Padre Lu�s mostrou uma grande firmeza em n�o abandonar a freguesia de Oliveira do Douro, mesmo depois das muitas press�es sobre ele exercidas.

           

    Jos� Espiridi�o de Sousa 

             Um homem not�vel, o iniciador da ind�stria de cal�ado, em 1887, que atingiu algumas propor��es, pelo n�mero de f�bricas existentes na freguesia. Foi oper�rio na F�brica de Tabacos Lealdade, no Porto, onde revelou excelentes qualidades. Mas o seu esp�rito de iniciativa levou-o a montar a primeira f�brica de cal�ado em Oliveira do Douro e dedicou-se a essa actividade tornando-se conhecida em todo pa�s a especialidade do seu fabrico. Chegou mesmo a dedicar-se � exporta��o do cal�ado produzido na sua f�brica. Jos� Espiridi�o de Sousa foi um excelente chefe de fam�lia, um cidad�o not�vel na freguesia, com um esp�rito altru�sta, sempre disposto a acudir aos problemas dos outros. Foi de tal modo generoso que, j� aposentado, deixava todos os meses a sua pens�o para auxiliar os antigos colegas pobres e doentes.

 

    Joaquim Vieira Pinto

             Viveu em Quebrant�es e foi propriet�rio da Quinta dos Amores. Teve um alambique para aguardente, bem como um restaurante que foi c�lebre por ser ponto de reuni�o de fam�lias importantes da cidade do Porto. Vieira Pinto desempenhou v�rios lugares de destaque na freguesia, sendo mais tarde dado o seu nome a uma das art�rias do Lugar de Quebrant�es. Foi o primeiro presidente da Junta ap�s a implanta��o da Rep�blica, em 1910.

 

    Alfredo Faria de Magalh�es

             Nasceu na cidade do Porto, a 29 de Janeiro de 1874, mas dedicou toda a sua carreira na medicina a Oliveira do Douro. O seu pai foi Presidente da C�mara Municipal de Vila Nova de Gaia em 1898. O Dr. Guimar�es fez o seu curso secund�rio no Col�gio do Esp�rito Santo, em Braga, onde se evidenciou pela sua fina intelig�ncia e gosto pela disciplina ent�o chamada Humanidades. Ingressou posteriormente a Escola Polit�cnica do Porto e a Escola M�dico-cir�rgica do Porto, onde viria a doutorar-se em 1902 uma disserta��o intitulada �Epilepsia emotiva, manifesta��o est�rica�. Como m�dico revelou sempre compet�ncia, conhecedor dos problemas e muito compreensivo com as dificuldades da maioria da popula��o da freguesia.  Foi o fundador do Centro Republicano de Oliveira do Douro e eleito Vereador da C�mara Municipal de Vila Nova de Gaia. O Dr. Alfredo Faria de Magalh�es faleceu no dia 10 de Mar�o de 1940, v�tima de um ataque card�aco, quando se encontrava no carro para visitar um doente.

 

 

    Jos� Maria Leite Bonaparte

             O Professor Jos� Bonaparte, era natural de Chaves, onde nasceu em 1883. Cedo se fixou nesta freguesia, onde foi toda a sua vida professor e presb�tero da Igreja Lusitana Cat�lica Apost�lica Evang�lica. O ensino era ministrado graciosamente e os frutos do seu trabalho est�o espalhados por toda a freguesia e em v�rios pontos do pa�s. Apesar das grandes dificuldades encontradas, o trabalho do Professor Bonaparte ganha ra�zes e transfere para sua casa a escola. A rua 28 de Maio onde morava, passa mais tarde a rua Jos� Bonaparte. Faleceu em 1953, sendo sepultado no cemit�rio paroquial de Oliveira do Douro, onde admiradores e antigos alunos erigiram o seu busto.

 

    Quit�ria Mendes Ribeiro

             Mais conhecida como D. Quit�rinha, n�o sendo natural da freguesia, exerceu uma actividade de verdadeiro sacerd�cio. Nasceu a 13 de Agosto de 1905, na freguesia de Massarelos, no Porto. Com cerca de 3 anos veio viver para Oliveira do Douro, terra de naturalidade do seu pai. Na idade escolar frequentou as aulas do Reverendo Padre Lu�s, onde concluiu a instru��o prim�ria. Revelando grandes qualidades para o ensino, continuou junto de Padre Lu�s no ensino das crian�as. Tomou conta durante muitos anos do altar do Sagrado Cora��o de Jesus, ao mesmo tempo que deu catequese a centenas de crian�as da freguesia. Faleceu a 1 de Mar�o de 1985, na casa onde sempre viveu, e at� aos �ltimos momentos da sua vida rodeada de crian�as. A freguesia ainda lhe est� a dever uma homenagem justa.

 

    Dina Teresa Moreira de Oliveira

             No cinema, como no teatro, esta freguesia esteve estritamente ligada a alguns acontecimentos de projec��o nacional, j� que pessoas naturais de Oliveira do Douro revelaram capacidades not�veis. Dina Teresa nasceu no Lugar dos Coutos, a 24 de Novembro de 1902. Aos 4 anos foi entregue aos cuidados de uma senhora inglesa, no Porto, frequentando aos 7 a escola protestante ali existente. Com apenas 14 anos fez a sua estreia no teatro, no palco do Nacional, hoje Teatro Rivoli, na revista �O trunfo � paus�. Participou ainda em v�rios espect�culos de revista, como �O mexilh�o�, �Areias de Portugal�, �H� festa na mouraria�, �O fruto proibido�, �O arroz doce�, etc. Foi seleccionada entre 400 candidatas num concurso organizado pelo Di�rio de Lisboa, em colabora��o com a Sociedade Universal de Super-Filmes, para escolha da protagonista do filme �A severa�, do qual era realizador Leit�o Barros. Mas teve que fazer um sacrif�cio pelo cinema, precisou de tirar dois dentes um pouco deslocados e substituir por pivots. O mesmo realizador incluiu-a noutro filme, �A varanda dos rouxin�is�. Teve um papel relevante no teatro e na m�sica em Portugal e no Brasil, onde foi vedeta de operetas e revistas.

Em 1983, com 82 anos de idade, foi homenageada em Portugal pela Cinemateca Portuguesa, no �mbito do Cinquenten�rio do Cinema Sonoro Portugu�s, realizado no Teatro S. Lu�s. Fixou-se no Brasil, onde faleceu na sua casa em S. Paulo, a 7 de Abril de 1984.

wpeF.jpg (1143 bytes)

 

 

Dados recolhidos de trabalhos:

- David Jorge Macedo Lima

-Junta de Freguesia de Oliveira do Douro

 

 

Hosted by www.Geocities.ws

1