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Cap�tulo 2


A constru��o da Ferrovia


2.1 - Introdu��o


A constru��o da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil foi decidida ainda no s�culo XIX. Inicialmente imaginava-se a linha partindo de um ponto mais conveniente entre UBERABA e S�O PEDRO de UBERABINHA, e terminaria na ent�o Vila de COXIM. Ao Banco Uni�o do Estado de S�o PAulo, pelo decreto n�mero 862 de 16 de outubro de 1890, foi concedido o privil�gio de zona e garantia de juros de 6% ao ano para a linha. Mas como ocorreu a mudan�a de planos e porque todo o trajeto foi alterado � o que veremos a seguir.

2.2 - A defini��o do tra�ado


A regi�o de UBERABA estava na �poca mais indicada a ser o ponto de partida da nova linha f�rrea que se dirigiria para o oeste. No entanto de 1890 a 1904 a companhia concession�ria limitou-se a apresentar os estudos dos 100 primeiros quil�metros, os quais foram aprovados pelo Dedreto n�mero 1658 de 20 de Janeiro de 1894
Embora nada tivesse sido constru�do, percebeu-se na imprensa que a ferrovia iria desviar o fluxo promissor de cargas do Mato Grosso direto para Minas Gerais e Rio de Janeiro, com preju�zo evidente para o Estado de S�o Paulo. A ent�o Companhia Paulista de Vias F�rreas e Fluviais, percebendo tamb�m o problema solicitou ao Clube de Engenharia um parecer o qual indicava ser inadi�vel a constru��o da linha , por�m partindo das imedia��es de S�O PAULO DOS AGUDOS e dirigindo-se para as barrancas do Rio PARAGUAI. Deste modo em 1904, por ocasi�o da revis�o do contrato de concess�o com o Banco Uni�o do Estado de S�o Paulo, houve a transfer�ncia de suas vantagens � Companhia de Estradas de Ferro Noroeste do Brasil. Constava no Decreto n�mero 5349 de 18 de outubro de 1904 :

" A linha f�rrea de Uberaba a Coxim, de que � cession�ria a Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, ter� seu tra�ado alterado de modoa partir de BAURU, ou onde for mais conveniente no prolongamento da Estrada de Ferro Sorocabana e terminar na cidade de CUIAB�, devendo seguir pelo vale do TIET� em dire��o a ITAPURA, atravessar o Rio PARAN� entre Salto do Urubupung� e o porto do TABOADO e passando por BA�S, acompanhar a serra desse nome at� o seu ponto terminal"

Observamos que o novo tra�ado n�o s� muda o in�cio da ferrovia como tamb�m define um novo ponto final, mudando de COXIM para CUIAB�.
Em outubro de 1905 foram aprovados os estudos para o tra�ado dos primeiros 100 quil�metros.Em Setembro de 1906 era inaugurada a esta��o de LAURO MILER e em fevereiro de 1908 no quil�metro 202 a esta��o de MIGUEL CALMON.

Esta��o de LAURO MILLER em 1922 ( Foto cedida por Jos� Henrique Bell�rio )


J� durante a constru��o da ferrovia, ocorreu uma nova modifica��o do tra�ado. A companhia teve mudada a sua concess�o para BAURU-ITAPURA. De ITAPURA ocorreu uma nova modifica��o e o novo trecho passou a ser ITAPURA- CORUMB�. Em maio de 1910 a linha atingiu ITAPURA no quil�metro 437.
Os estudos definitivos do segundo trecho foram feitos por uma comiss�o, ap�s os reconhecimentos preliminares chefiada pelo engenheiro Em�lio Schnoor e aprovados pelo decreto n�mero 8071 de 16 de junho de 1910.

2.3 - Como surgiu o nome : Estrada de Ferro Noroeste do Brasil


Em 23 de outubro de 1913 a responsabilidade pela constru��o da ent�o Estrada de Ferro Itapura-Corumb� passa para uma comiss�o de engenheiros nomeada pelo governo, conclu�ndo a constru��o e a jun��o com a Estrada de Ferro Bauru-Itapura em 30 de agosto de 1913.
Em 12 de dezembro de 1917 o Governo Federal encampa a linha f�rrea entre BAURU e ITAPURA pagando uma quantia em dinheiro � Companhia Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que perderia a concess�o pela explora��o da linha. Em 10 de julho de 1918 os dois trechos s�o unificados e passam a denominar-se Estrada de Ferro Bauru a Porto Esperan�a. No dia 14 de outubro de 1918 com a nomea��o da nova Diretoria a linha recebe a sua denomina��o pela qual ficaria conhecida : ESTRADA DE FERRO NOROESTE DO BRASIL.

2.4 - A constru��o do trecho BAURU - ITAPURA


O in�cio da constru��o da nova linha f�rrea deu-se no dia 15 de novembro de 1905, na ent�o pequena vila denominada BAURU, que possu�a apenas 600 habitantes. As inaugura��es dos primeiros trechos foi a seguinte:
1 - 29 de setembro de 1906 --> BAURU a LAURO MILLER, no quil�metro 92.
2 - 16 de fevereiro de 1908 --> LAURO MILLER a MIGUEL CALMON no quil�metro 202.
3 - 02 de dezembro de 1908 --> ARA�ATUBA no quil�metro 280. A partir deste ponto � interessante ressaltar que a linha, conforme planejado, seguiria pr�ximo � margem esquerda do Rio TIETE. Por isso os nomes das esta��es at� ITAPURA s�o poucos conhecidos. Em 1937 esta linha transformou-se no ramal de LUSSANVIRA, pois a linha tronco seria desviada mais para o sul, pr�ximo ao divisor d'�guas do Rio FEIO. Em meados de 1970 este ramal, considerado deficit�rio foi erradicado
4 - 31 de dezembro de 1908 --> C�rrego AZUL, no quil�metro 301.
5 - 1� de maio de 1909 --> ANHANGA�, no quil�metro 341.
6 - 13 de maio de 1910 --> ITAPURA, no quil�metro 438.
Posteriormente foi feita a liga��o ITAPURA a TR�S LAGOAS, tendo a linha alcan�ado o Rio PARAN� em setembro de 1910, sendo estabelecido provisoriamente o servi�o de ferry boat para a sua transposi��o.

2.4 - A constru��o do trecho ITAPURA - PORTO ESPERAN�A


Outro fato pitoresco tamb�m aconteceria na constru��o da ferrovia no Estado de MATO GROSSO. Aqui ocorreu a constru��o a partir de dois pontos, um iniciando-se em PORTO ESPERAN�A, que foi o ponto terminal da ferrovia at� meados de 1950 e outro prolongando-se a linha a partir de ITAPURA.
A id�ia original era concluir a obra o mais rapidamente poss�vel, por�m o resultado n�o foi dos melhores pois havia, na se��o de PORTO ESPERAN�A falta absoluta de materiais de constru��o, dificuldades de pessoal e doen�as tropicais que assolavam as equipes. Por for�a de contrato a quilometragem da ferrovia a partir de BAURU acabava em ITAPURA, de onde se reiniciava do marco "0" ( zero ) novamente. Em CAMPO GRANDE acabava outra marca de quilometragem. O marco zero, no entantio � �poca da constru��o era em PORTO ESPERAN�A. Podemos observar assim, que a Noroeste foi constitu�da por tr�s se��es diferentes.
A partir de ITAPURA, no quil�metro 33, � atingida a priemira esta��o em MATO GROSSO. Era o pequeno vilarejo de TR�S LAGOAS. Deste vilarejo, potra�ado segue para o oeste, com o objetivo de conectar-se com o trecho que avan�ava a partir de PORTO ESPERAN�A.
Os trabalhos em PORTO ESPERAN�A foram iniciados ainda em 1908 com numeros�ssimo pessoal com elevados sal�rios, mas de pouco rendimento devido �s dificuldades da natureza da �rea. As duas pontas dos trilhos se encontraram em 1914 pouco adiante de CAMPO GRANDE, nas imedia��es da Esta��o de LIGA��O.

2.5 - A constru��o do trecho PORTO ESPERAN�A - CORUMB�


Somente em 23 de janeiro de 1953 ficou conclu�da a constru��o da linha f�rrea at� CORUMB�, com um total de 77.887 metros a partir de PORTO ESPERAN�A. O maior destaque deste trecho foi a constru��o da ponte sobre o Rio PARAGUAI, que iniciada em 1938 foi terminada em 1947.
O primeiro projeto do trecho propunha uma extens�o de 92,700 Km entre as duas cidades, mas a equipe do engenheiro Ubaldo Medeiros prop�s o melhor tra�ado

2.6 - A constru��o do ramal CAMPO GRANDE - PONTA POR�


Os trabalhos de levantamento do ramal deu-se em 15 de fevereiro de 1937. Este ramal seria parte de uma ferrovia que ligaria PONTA POR� - CUIAB� - SANTAR�M, a qual nunca fora conclu�da. As turmas de explora��o da linha atingiram PONTA POR� em 15 de novembro de 1938. Em 1939 j� havia 50 quil�metros de linhas.. Em 1940 os servi�os de terraplanagem atingiam a 100 quil�metros. Em 1943 foi inaugurada a ponte sobre o Rio BRILHANTE. No dia 19 de Abril de 1944 foi inaugurado o primeiro trecho da linha entre INDUBRASIL, pr�ximo � CAMPO GRANDE e MARACAJU no quil�metro 154. Em 18 de maio de 1949 inaugurou-se o trecho de MARACAJU a ITAHUM. PONTA POR� seria inaugurada somente a 19 de abril de 1953.

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