A ti poeta, fingidor que encantas
Solto em lonjuras o teu pensamento
A ti que dores e mágoas espantas
E na pena mitigas sofrimento

Tu que em ligeiro ou preso cantar
Escreves ilusão feita de cor
Cresça em teus olhos para iluminar
Refulgente brilho ao mundo de amor

Pintando o céu com ouro de saudade
És noite, dia, começo, alvorada
As estrelas são... rumo, nunca meta

P´la luz da tua sensibilidade
Dando asas à alma inebriada
Eu te bendigo, fingidor poeta!

14-03-2006