BIOGRAFIA
Compositor. Violonista. Nasceu em 1� de junho de 1928, em Barra do Mendes, interior da Bahia. Filho de Floriano Teixeira e de Am�lia Batista de Oliveira Teixeira. � o quinto filho de uma fam�lia de sete irm�os. Seu pai era coureiro e possu�a um pequeno s�tio no interior, al�m de uma casa em Barro Alto, para onde a fam�lia se mudou quando Nicanor tinha 3 anos. Cresceu ouvindo os violeiros que passavam por Barro Alto, rumo �s festas de Bom Jesus da Lapa. Aos 9 anos, recebeu de presente do pai um cavaquinho. Assistia �s aulas dadas por Jo�o S�tiro a seu vizinho Adalberto Bod�o, atrav�s da janela deste. Um dia, S�tiro desafiou o menino a mostrar o que aprendera. Logo o jovem Nicanor mostrou que, olhando, aprendera muito. Ganhou um viol�o aos 12 anos. Estudou viol�o, por sua conta, pelo m�todo de Am�rico Jacomino (o Canhoto). Veio para o Rio de Janeiro em 1948. J� no Rio, entrou para o servi�o militar no 1� Batalh�o de Carros de Combate, onde o sambista Nelson Sargento era Terceiro Sargento. Foi aluno de Dilermando Reis entre os anos de 1951 e 1954. Casou-se com Marisa Telma Guimar�es Teixeira, com quem teve quatro filhos: Ver�nica, Andr�, Isabella e Alessandra. Atualmente mora em Jacarepagu�, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro.

Para Jodacil Damasceno, "a obra de Nicanor est� destinada a ficar dentro do repert�rio violon�stico, assim como perdura a obra de T�rrega e de Sor". Para Oscar C�ceres, sua obra insere-se numa longa e fecunda tradi��o violon�stica que por suas caracter�sticas espec�ficas designa o chamado "viol�o brasileiro". �, no entender deTur�bio Santos, o sucessor de Jo�o Pernambuco e Dilermando Reis, pelo porte de sua obra.
Aos 13 anos j� tocava em bailes e festas acompanhando o saxofonista Almerindo Guedes, principal m�sico de Barra do Mendes e o famoso sanfoneiro da regi�o, Jo�o Benta, entre outros. Radicado no Rio de Janeiro, conheceu Dilermando Reis e passou a freq�entar suas aulas coletivas, pagas com o emprego no com�rcio de roupas. As aulas eram aos domingos e, em sua primeira demonstra��o (tocou 2 composi��es suas), os colegas riram muito e comentaram a maneira pr�pria de usar a m�o direita, privilegiando o polegar: "A�, Dilermando, at� que enfim apareceu um polegar para competir com o teu!". O compositor continuou recebendo aulas de Dilermando e aprendeu a ler m�sica atrav�s dos m�todos que o professor utilizava: Carcassi, T�rrega e etc. Em 1952 apresentou-se no programa de calouros de Ary Barroso. No audit�rio da R�dio Tupi lotado, Nicanor recebeu nota 4,5 (a m�xima era 5,0) e conquistou o pr�mio em dinheiro que, para sua alegria, estava acumulado. Tocou na segunda forma��o da Orquestra de Viol�es de Dilermando Reis, que contava tamb�m com: Chico S�, Molina, Hilton Ramos, Waldir Le�n, Simpl�cio, Oswlado Mendes, Deocl�cio Melin e Evil�sio Maciel. Largou o com�rcio em 1955, dedicando-se esclusivamente ao viol�o. Passou a lecionar esse instrumento no Conservat�rio Musical do Rio de Janeiro, em Botafogo. � convidado para lecionar no Instituto Brasileiro de Cultura e M�sica (IBCM). Lecionou ainda no Conservat�rio Brasileiro de M�sica- filial Laranjeiras. Conheceu, nesse per�odo, Oscar C�ceres (de quem se tornou amigo) e Tur�bio Santos, ainda uma jovem promessa, al�m  da grande violonista Maria Luiza Anido. Na sua estr�ia como concertista, em 1958, na ABI (Associa��o Brasileira de Imprensa), tocou com o smoking emprestado por C�ceres. Conheceu, no final da d�cada de 50 e atrav�s de Jodacil Damasceno, Herm�nio Bello de Carvalho, com quem participou de in�meras noitadas musicais, acompanhando Z� Ketti, Clementina de Jesus, Ismael Silva, Aracy de Almeida e outros cantores populares. Em 1959 passou a lecionar na Casa Carlos Wehrs. No mesmo ano, foi indicado por Dilermando Reis, para tocar na festa dos  250 anos da cidade de Cuiab�. Em 1961, abriu, em sociedade com M�rio Montenegro, uma loja de m�sica em Copacabana, que se tornou ponto de encontro de m�sicos cariocas e paulistas. Nessa �poca, surgiu um problema no seu dedo indicador direito, que obrigou o compositor a interromper sua carreira como violonista e lhe custou grande esfor�o para sua supera��o. Voltou, ent�o, a trabalhar no com�rcio durante o dia e � noite, continuou lecionando. No final da d�cada de 60, Herm�nio Bello de Carvalho indicou Nicanor para professor da Academia de Viol�o Duarte Costa, em Lisboa, Portugal. Nicanor preferiu n�o aceitar por causa de seu casamento, que estava marcado para breve. Ainda por volta de 1960, elaborou, junto com v�rios violonistas, o programa do curso de viol�o do Conservat�rio Brasileiro de M�sica. No in�cio dos anos 70 transcreveu a obra do violonista e compositor Othon Saleiro. De 1974 a 1976, fez v�rias apresenta��es com seus alunos, na ABI. Em 1976, deu um recital com S�rgio de Pina, no IBAM (Instituto Brasileiro de Administra��o Municipal). Em 1977 gravou o disco, de selo independente, "O viol�o brasileiro de Nicanor Teixeira", reunindo obras suas e interpreta��es para cl�ssicos do viol�o brasileiro, como "Sons de carrilh�es", de Jo�o Pernambuco, "Doutor sabe tudo" e "Magoado", de Dilermando Reis. A partir de 1985, travou contato com o "Quarteto Carioca de Viol�es", fundado pelos jovens violonistas Maria Haro e Nicolas de Souza Barros. Escreveu v�rias obras para o conjunto, dentre as quais "Mariquinhas Duas Covas", hoje um cl�ssico do repert�rio das orquestras de viol�es. O compositor possui v�rias pe�as editadas no Brasil ("Ricordi', "Monabluc"e "Irm�os Vitale"), na Fran�a ("Max Eschig") e Alemanha ("Margaux"). Desde meados da d�cada de 80, vem compondo em parceria com a poeta M�rcia Jacques. Sua obra vem sendo tocada por grandes int�rpretes do viol�o brasileiro e internacional. Em 1998, o violonista brasileiro radicado na Espanha, Cl�udio Tupinamb� incluiu em seu CD, gravado em Madrid, o "Cateret� das farinhas" e o "Estudo n� 2". Em 1999 apresentou-se na Casa de Cultura Laura Alvim, junto com a parceira e poeta M�rcia Jacs, no show "As can��es de Nicanor Teixeira e M�rcia Jacs" . Em 1998, Afonso Machado (bandolinista e arranjador) e Bartholomeu Wiese (violonista) , integrantes do Conjunto Galo Preto, produziram um CD em sua homenagem, com m�sicas de Nicanor interpretadas pelo compositor e por v�rios violonistas e instrumentistas de v�rias gera��es e admiradores de sua obra: Tur�bio Santos, Egberto e Alexandre Gismonti, Guinga, Jodacil Damasceno,  L�o Soares, Paulo Rabelo (filho de Paulinho da Viola), Cl�udio Tupinamb�, Afonso Machado e Galo Preto, Bartholomeu Wiese, Marcos Llerena, Nicolas de Souza Barros, Maria Haro, Luiz Ot�vio Braga, Gra�a Alan, Marcos Farina, Marcos Ferrer, Swang, Luciana Requi�o, Nelson Caiado e Vera de Andrade. O CD foi lan�ado em 2001.
MAT�RIAS
NA IMPRENSA
COMPOSI��ES
REFER�NCIAS BIBLIOGR�FICAS
DISCOGRAFIA
OBRAS PUBLICADAS
VOLTAR
Hosted by www.Geocities.ws

1