DEPOIS DA CHUVA,          TODO JARDIM SORRI...        
    MOSAICOS NO MURAL

NeyMaria Menezes


Chegaram; longe e mesmo d'ali
primeiro encontro, manos
viandantes, vizinhan�a
estrangeiros, cercanias
d'aqui e distantes.
Adentram,
uma face riscada de pasmo
um olhar tingido com
          o branco dos l�rios
um l�bio pintado de bonomia
uma esguelha furtiva
o beb� sonolento,
       envolto num dos bra�os
nuvenzinhas esgar�as,
amedrontadas em pisar  
                  terreno.  
                    
� entrada,
sem teias nos batentes e
peso de tramelas de aduana
receios largados na campina,
                   pela grama
diferentes viajantes,das m�os
anelando a al�a dos c�ntaros
bebem a �gua fresca;



vozes
do leste,tamb�m do oriente.
Na varanda
Profetas,ciganos,crian�as
obreiros,hip�critas,violeiros
          mestres,benzedeiras
- companheiros,visitantes -
em roda da mureta do po�o.
Distintos nomes reclinados
sobre os encostos dos bancos
descanso pros passos e
tempo pro plantio das safras;
cinco,
acaso seis dos assentados
adormeceram.

Medidas pr�-fixadas,
pr�-concebidas,metas
             pr�-conceituadas
encaixadas no contorno do
                        ombro
formando fila,
               em linha reta;
antigos,mais rescentes,
         pre-vis�veis falares
carregados
pela oscila��o do vento
exauridos pela faina,
        no encal�o das palhas
tomaram pousio
        - fresta na jornada -
Lavados,
o cansa�o e o vinco do rosto
o grosso do p�
o mapa da estrela Antares e
         da Escorpi�o inteira
os trajes,toda a tralha;
refeitos os pratos,e a carne
dessedentados os potes, e
                     o sangue
seguiram,buscando abrigo
por detr�s das muralhas de
Jeric�.

Estranhando
a unidade cosmog�nica e
a abertura da portada
a largura fluida da foz
                    amaz�nica
e o viver de tantas esp�cies
               de aves e asas
passaram, nos
uniformes cinza-replicantes e
lunetas de polipropileno no
                       estojo
passaram,rumo
ao palacete de vidrilhos
bonus da caixeta de confeitos
passaram,contidos em
coturnos duros de alto cano
desarvorados in/habitantes
perseguidos
por inaud�veis sonoridades.

Enquanto armavam as cruzadas
invertebrados e mam�feros
ret�ricos, abelhas
moscardos zunindo
cordeiros e atentos ca�adores
continuaram desenhando
               seus destinos.
Visto,
ouvido,
foi...outrora.

SP/04/2006
                 

                      








"A �RVORE DA VIDA"    de  PATRICK DAVIS      in  American Visionary Art Museum, Baltimore
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Texto pessoal:  Num dia desses...  , prosa l�rica
Texto pessoal: Prel�dio;vestido de estr�ia, poema
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