Entardecendo,  a brisa        brinca na florada das Carolinas ...       
NUM DIA DESSES...


NeyMaria Menezes



Bebido.Sangue-de-drago, papoulas e rubim/rubro,
coradas profundezas no colorido.
Garrafas,uma,outra,l� e aqui;
bebeu-se,sobre o carpete e
sobre o tecido quadriculado,
cosido sobre as corpo-espumas
do sof�;abertas,e vazia - esgotada at� ao final - e um
quinto, sobra morna,
avinagrando-se,passo a passo
com a vinda da manh�.
Veste a saia;droga! a barra amassada,merda! emperrado o
fecho-eclair.
As meias negras cruzavam as
pernas, enrroladas no murcho travesseiro; basta.
Definitivo; precisa ir-se,
tamb�m.
Foi embora - diz o cabide nu,
jogado no fundo do arm�rio;
se foi- vocifera a cama vaga;
entende.
Ergue a ta�a,emborcada ao lado do telefone, j� sabe, coloca-a em p�,mais decente, e sabe.
Tudo bem, proje��es, avalias,
romantismos, coisa sua.
Intransfer�ncias.
N�o se compra a lebre merecida;isto � emp�fia de
operador de mercado,vendo
estreito,mas convencido; e,
bem mais al�m das transa��es
de neg�cios,a vida se faz ao mar, � um mar.
Salgada,fria-e-quente, cambiante, �
amaro e largo mar...
Levanta-se e preenche covas,
a concha que espera dentro
da m�o;banha - moment�neo -
reflui,n�made,por entre os
dedos.
Freundianamente,come-se a
lebre desejada, e ponto;
depois,rigorosamente,paga-se
a conta do jantar.

O vinho permanece;
� a mancha no tapete,
em frente ao chuveiro...


SP/2006




"APRIL IN PARIS"     de  ERIC FISCHL  -  para SABER mais:  Smithsonian American Art Museum, Home Page Eric Fischel
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Neste s�tio,  Texto pessoal: V�vido, viv�ncias, poema
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