Formação da Banda

Formação (de 1984 até 1996):

- Renato Russo: baixo, vocal, composições

- Dado Villa-Lobos: guitarra, baixo

- Marcelo Bonfá: bateria, percussões

- Renato Rocha (Negrete) : baixo* (de 1984 a 1988)

 

História da banda

O Legião Urbana formou-se em 1983, quando Renato Russo, após abandonar o grupo Aborto Elétrico, juntou-se a Marcelo Bonfá e partiu para um novo trabalho, inicialmente com Paulo Paulista (teclados) e Eduardo Paraná (guitarra). Após a saída deles e uma experiência também frustrada com Ico Ouro Preto, o grupo estabilizou sua estrutura com a entrada de Dado Villa-Lobos e, em 1984, de Renato Rocha no baixo, para liberar Renato Russo apenas para os vocais e composição.

Com a formação definida, o grupo saiu de Brasília, onde se formou, e partiu para apresentações no Rio de Janeiro, onde pretendiam conseguir reconhecimento.

Se tornaram conhecidos da galera após apresentações no Circo Voador. Então, com a ajuda da banda Paralamas do Sucesso, assinam contrato com a gravadora EMI-Odeon e lançam seu primeiro disco, Legião Urbana, em 1985.

Alcançam boa aceitação e o sucesso, e lançam posteriormente os discos Dois (1986), Que país é este (1987), As Quatro Estações (1989), V (1991), Música para Acampamentos (1992), O Descobrimento do Brasil (1994) e A Tempestade - ou O Livro dos Dias - (1996). (Mais detalhes, veja a discografia)

Um fato marcante para a banda durante um show em Brasília. Devido a insuficiente infra-estrutura dada ao um show desse porte, ocorreu um grave tumulto, onde centenas de pessoas saíram feridas, foram jogadas bombinhas no palco, e um fã se agarrou ao pescoço de Renato Russo. A banda, indignada com o fato ocorrido, nunca mais tocou na terra onde foi formada.

O grupo terminou sua caminhada em 11 de outubro de 1996, quando devido a complicações da AIDS, Renato Russo morreu. Ele descobriu que era portador do HIV desde 89, mas sua doença se tornou de conhecimento público só após sua morte.

Pretende-se lançar mais outros discos, com sobras da gravação de A Tempestade e gravações de shows ao vivo. Um deles foi lançado dia 18 de julho, com o título de "Uma Outra Estação". (Mais detalhes, veja a discografia)

A banda acabou, mas nunca terminará a herança deixada pela banda de maior venda de discos da geração dos anos 80.

 

Um Pouco Mais Sobre a Banda

O grupo Legião Urbana foi formado em Brasília em 1983 e seus atuais integrantes são: Dado Villa-Lobos, Marcelo Bonfá e Renato Russo (cujo nome de nascença é Renato Manfredini Junior. O "Russo" foi adicionado em homenagem ao filósofo francês Jean Jacques Rousseau). A origem do grupo Legião Urbana parte do grupo punk Aborto Elétrico formado por Renato Russo em 1978. Dele, fizeram parte Fê Lemos (Capital Inicial), André Pretórius (Plebe Rude), Ico Ouro Preto e Flávio Lemos (Capital Inicial). O grupo acabou numa briga entre Renato e Fê, na virada de 1981 para 1982. Renato então alugou uma sala no edifício Brasília Rádio Center para tocar um novo projeto com o baterista Marcelo Bonfá. A eles se juntaram o tecladista Paulo Paulista e o guitarrista Eduardo Paraná. Este, no entanto, tinha um defeito grave para uma banda que, embora quisesse distância da zoeira, ainda estava imbuída do espírito punk: Paraná solava demais. "E nos éramos contra", lembra Renato. Ico Ouro Preto o substituiu, mas seu stage fright roeu a corda, e ele abandonou o grupo as vésperas de um importante show agendado no auditório da Associação Brasileira de Odontologia. Dado Villa-Lobos foi convocado as pressas para segurar a guitarra. Aprendeu nove músicas em três dias e fez o show. Foi como um trio - Renato, Bonfá e Dado – que se cristalizou a formação do Legião Urbana. A Legião começou a ser conhecida quando começou a tocar fora de Brasília participando de shows como os do Circo Voador no Rio de Janeiro. Suas primeiras canções eram, em grande parte, herdadas do Aborto, tais como Que País é Este (que virtualmente abria todas as apresentações do grupo), Conexão Amazônica, Geração Coca-Cola, Ainda é Cedo, Veraneio Vascaína e Química, entre outras.

Em 1984, entra Renato Rocha, vulgo Billy, vulgo Negrete no baixo, o que deixa Renato livre para cantar e compor. Em janeiro de 1985 sai o primeiro LP "Legião Urbana", pela EMI-Odeon e apadrinhado pelos, também brasilienses, Paralamas do Sucesso. Mesmo com uma certa má vontade da gravadora em divulgar o próprio produto e uma desconfiança de que a banda era só uma aproveitadora do sucesso dos Paralamas, o disco tocou nas rádios, e começaram emplacando hits como Será, Ainda É Cedo, Geração Coca-Cola e Soldados.

Em 1985 começam os esboços do álbum "Dois" que era para se chamar "Mitologia e Intuição" e ser um álbum duplo. Mas a gravadora EMI-Odeon não quis e saiu um simples mesmo. A Legião nesse tempo já tinha seu espaço reservado no Rock Nacional. "Dois" atingiu facilmente a marca de 800 mil cópias vendidas, e músicas como Eduardo e Mônica, Quase sem Querer e Índios na boca do povo. Há porém uma mancha nesse período de sucesso do Legião. Um show no ginásio poliesportivo de Brasília, o Nilson Nelson, em dezembro de 86, terminou com uma menina morta e outras 20 pessoas feridas. Depois desse show, O Legião passou quase dois anos em auto exílio, sem tocar em Brasília. Depois, Renato Russo desejaria que esses dois anos tivessem sido 100 anos. Após o álbum "Dois", a Legião quase terminou. Dado pensou em fazer prova para o Instituto Rio Branco, Bonfá pensou em ir pegar onda na Austrália e Negrete ficou na dele, como sempre. Passada a fase mais difícil, iniciaram a gravação do álbum "Que País É Este" utilizando o material que era para ter entrado no que seria o Mitologia e Intuição. O Álbum contava com várias músicas do tempo do Aborto Elétrico, como "Que País é este", Tédio e Conexão Amazônica, e outras novas, como Angra dos Reis e Mais do Mesmo (que inicialmente daria título a coletânia).

A grande vedete desse disco, no entanto, foi a mais improvável de todas: Faroeste Caboclo, uma música de pouco mais de nove minutos de duração, que sozinha consumiu quase metade do tempo de gravação de "Que País é Este". Mesmo demorando tanto para gravar, a música foi composta rapidamente. "Escrevi a música toda em duas tardes sem mudar uma vírgula...'Não tinha medo o tal João do Santo Cristo...' e foi embora", dizia Renato Russo numa entrevista a Leoni (ex Kid Abelha). Escrita em 1979, na época do Aborto, sua quilométrica letra – 159 versos! -narrava a paixão e morte de um certo João do Santo Cristo, misto de traficante e homem santo (uma espécie de Brasil personificado). Esta saga começava como música sertaneja, passava pelo reggae e terminava punk rock.

Esperava-se muito também do show de Brasília. E muito veio, mas não da maneira desejada. A produção local, da firma Agora Eles, não foi capaz de aquilatar a relação de amor e ódio que unia o Legião a Brasília. Montou um pífio esquema de segurança e um palco baixíssimo, quase na altura do gramado. Resultado: os tumultos ocorridos diante do palco acabaram atingindo a banda, seja na forma de bombinhas, seja na pessoa de um doente mental que, pateticamente mas perigosamente, se agarrou ao pescoço de Renato. O quarteto até tentou continuar tocando, mas teve que desistir e saiu de cena, agitando mais ainda a platéia de mais de 50 mil pessoas presentes no estádio Mané Garrincha. A batalha campal que se seguiu, envolvendo a polícia montada e bombas de gás lacrimogênio, desenvolveu num quebra quebra pela cidade e deixou um saldo de 60 pessoas detidas, 385 atendidas pelo serviço médico e 64 ônibus depredados. Enquanto isso no camarim o baterista Bonfá e o baixista Renato Rocha - esse normalmente muito calmo - choravam enquanto Renato Russo gritava "não vim aqui para dar um show para um bando de animais!". Até hoje o Legião não voltou a tocar em Brasília.

Em 1988, no final da turnê do terceiro LP "Que País é Este", sai Renato Rocha. Russo e Dado revezam no baixo na gravação do LP "As Quatro Estações". Este álbum iniciou uma nova fase para a banda. Deixada de lado a fúria do disco anterior, este álbum era mais ligado à assuntos espirituais e sentimentais, falando de temas como a Aids (Feedback Song for a Dying Friend) e Homossexualismo (Meninos e Meninas) mas sem deixar a crítica de lado como em 1965 (Duas Tribos). Foi o álbum mais vendido depois do "Dois", trazendo hits como Pais e Filhos e Há Tempos. O fato surpreendeu o grupo já que nenhuma das músicas tinha qualquer característica pop. Em 1991 sai "V", o álbum com uma temática mais pessimista e temas como drogas (A Montanha Mágica) e a situação difícil das pessoas no Brasil (O Teatro dos Vampiros). Destaque nesse álbum para a música Metal Contra As Nuvens. A turnê desse álbum foi interrompida em setembro de 1992 por complicações de saúde de Russo. Segundo Dado, ele achava que jamais subiria novamente no palco junto com o Renato e o Bonfá depois de um show em setembro de 1992. Em 1992, o grupo lança o "Música Para Acampamentos". Uma coletânea do trabalho ao vivo deles em shows e especiais de rádio e TV. Finalmente em 1993, lançam o álbum "O Descobrimento do Brasil". Com esse álbum eles buscam mais a esperança embora todas as músicas falem sobre despedida. As letras mostram um Renato "refeito" pois, nessa época, ele já tinha iniciado seu tratamento contra dependência química.

Hoje após quase 1 ano e meio sem gravar, a Legião inicia o seu novo trabalho. Segundo Dado, trata-se de um álbum duplo, com um pouco de tudo, baladas, rock incluindo algumas canções citadas no encarte do terceiro álbum e que não entraram em nenhum dos discos. O álbum tem lançamento previsto para o final de setembro, e deve se chamar "A Tempestade".

Durante esse tempo que passou sem gravar com o Legião, Renato Russo lançou dois projetos solos. Um deles, chamado "The Stonewall Celebration Concert" contem 21 músicas em inglês, compostas por Bob Dylan, Madonna e Billy Joel entre outros. Renato Russo gravou esse disco para a campanha do sociólogo Herbert De Souza, o Betinho. Endereços de várias ONG's (Organizações Não Governamentais), desde o Greenpeace até organizações contra a AIDS, foram incluídos no encarte do CD. Renato também gravou um disco em italiano, chamado "Equilibrio Distante", um sucesso de vendas surpreendente, com mais de 300 mil cópias vendidas. A música Strani Amore foi muito bem executada pelas rádios, e o clip da mesma música concorreu no Video Music Award Brasil de 1996.

O álbum saiu em outubro de 1996. Se chama "A Tempestade", mas a idéia do álbum duplo teve de ser abandonada por motivos comercias. A música Via Láctea já tocava nas rádios e era bem recebida pelo público, e o Legião parecia caminhar em direção a mais um sucesso. No entanto, a caminhada acabou abruptamente na madrugada de 11 de outubro de 1996 quando Renato Russo, cantor e compositor do Legião morreu, enfraquecido pela AIDS. "A Legião não existe sem o Renato" disse Dado, muito emocionado na entrevista coletiva. "A Tempestade" não é o último disco do Legião porém. A gravadora EMI ainda pretende lançar um disco com as sobras do que era para ser o álbum duplo do "A Tempestade", e mais um ou dois discos ao vivo. Uma das possíveis gravações é a do último show do Legião no Rio de Janeiro, realizado em 1994 no Metropolitan lotado. Acabou o Legião Urbana mas continua a obra, as músicas, e as lembranças.

O novo disco do Legião Urbana deverá se chamar "Uma Outra Estação", e deve chegar as lojas em julho ou agosto de 1997. O disco trará faixas gravadas durante o período de "A Tempestade" mas que ficaram fora do disco depois da decisão da EMI de manter o disco simples ao invés de duplo, como se pensara originalmente.

O título "Uma Outra Estação", escolhido por Dado Villa-Lobos, é simbólico em referência a ausência de Renato e remete também ao quarto álbum do grupo, "As Quatro Estações", o mais vendido do grupo com 1,1 milhão de cópias. o disco contará com músicas como La Maison Dieu, Comédia Romântica, e a faixa-título Uma Outra Estação. Também digno de nota é o trabalho que vem sendo feito por Carlos trilha, tecladista que trabalhava com o Legião e bom amigo de Renato. Trilha está ouvindo faixas deixadas por Renato que são sobras dos dois trabalhos solo do cantor, "The Stonewall Celebration" (em inglês) e "Equilíbrio Distante" (em italiano). Trilha pretende lançar um disco solo de Renato combinando canções em inglês e em italiano.

Hoje, quase um ano depois da morte de Renato Russo, Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos se preparam para lançar "Uma Outra Estação", o último disco do Legião com material inédito. De acordo com Bonfá, o disco "é uma retrospectiva da banda,... com um pouco de todos os discos", e ele chega a compará-lo a um documentário. O novo single, Flores do Mal já está tocando nas rádios, e o álbum devera estar chegando nas lojas dia 18 de julho.

 

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