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Notícias do Fórum Social Capixaba

 

 

Sociedade e movimentos sindicais devem defender a educação pública

Ednalva Andrade

 

'O trabalhador deve aprender que a solução não é transferir seu filho para a escola particular para fugir das greves'

 

Provocar uma discussão sobre a educação pública. Este foi o principal objetivo da oficina "O movimento sindical e a defesa da educação pública", coordenada por professor de história da Ufes Valter Pires Pereira, realizada na tarde de domingo, durante o I Fórum Social Capixaba.

"Provão foi criado para desqualificar ensino público e dar 'estrelas' às instituições privadas"

Valter Pires, que também é diretor do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, discutiu as possíveis aspirações do governo federal com a criação do Exame Nacional do Ensino Médio (o ENEM) e do Exame Nacional de Cursos (o conhecido Provão). "O Provão foi criado com uma intenção política com duas vertentes: desqualificar o ensino público de nível superior e oferecer às instituições privadas uma 'estrela de qualidade', como acontece com os hotéis, que são quatro ou cinco estrelas", afirmou.

Outro ponto debatido foi a necessidade do envolvimento dos movimentos sindicais em geral, e não só aqueles relacionados a área educacional, que devem estar mais articulados para que se possa construir uma educação pública de qualidade, no Espírito Santo e em todo o País.

A participação de pais de alunos, que são em geral trabalhadores, assim como a sociedade em geral, também foi destacada por participantes do debate como um passo importante para que seja construída uma verdadeira luta em defesa do ensino público. "O trabalhador deve aprender que a solução para a educação do seu filho não é colocá-lo numa escola privada para livrar-se das greves, mas sim lutar para que todos tenham direito a uma escola gratuita de qualidade", insistiu Valter.

Pires: movimentos articulados constroem educação pública e de qualidade

"A autonomia das escolas privadas foi dada com dinheiro público"

Essa contribuição da sociedade seria compensada por uma maior autonomia das instituições públicas, sejam elas municipais, estaduais ou federais. "Na maior parte dos casos, a autonomia que as escolas privadas possuem foi dada a partir de investimentos com dinheiro público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; além do Financiamento Estudantil, que passa a responsabilidade de pagamento de mensalidades para a Caixa Econômica Federal, beneficiando as instituições particulares que convivem com alto índice de inadimplência", explicou o professor.

Alternativas para que alunos não apenas passem de ano, mas aprendam de verdade, ainda são um desafio, diante dos vários programas de educação que impedem a reprovação.

De acordo com professores presentes, as estatísticas do analfabetismo no Brasil diminuíram, mas, se houver uma análise efetiva da realidade do nosso país, percebe-se que na época em que o número de analfabetos era mais alto, a população brasileira morava basicamente na zona rural e, atualmente, os habitantes nacionais estão distribuídos em sua maioria na zona urbana. Fato esse que não é contemplado na análise dessas pesquisas.

 

Ednalva Andrade é estudante de comunicação social

da Universidade Federal do Espírito Santo.

 

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