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Notícias do Fórum Social Capixaba

 

Sexualidade e Relações de Gênero na Educação Infantil

Michele Saura e Stephanie Oliveira

 

Quanto mais bem informadas, mais conscientes são as crianças na busca pela sexualidade

 

Na tarde de sábado, Penha Mara Nader e Erineusa Maria da Silva falaram sobre a importância da discussão da sexualidade estar presente em projetos pedagógicos, com o objetivo de desmistificação do tema. Elas reuniram suas oficinas: Construção das relações de gênero e Sexualidade e gênero: dinâmica de grupo para atuação em escolas.

Elas começaram contando que, na história da nossa sociedade, "a palavra sexualidade sempre foi associada à capacidade de reprodução. Esta idéia atravessou séculos e tem gerado muitas práticas que representam preconceitos e discriminações na sociedade atual". Aproveitaram para diferenciar a definições como sexualidade, sexo e gênero.

Para elas, sexo é a marca bio-anátomo-fisiológica (conhecimento do corpo), a caracterização genital e natural constituída a partir da aquisição evolutiva da espécie humana. Já sexualidade é muito além, ou seja, um conceito cultural constituído pela qualidade, pela significação do sexo. Envolve desejos, fetiches etc. O gênero seria uma categoria de análise que coloca o homem e a mulher como seres relacionais e não em oposição.

Penha Mara: historicamente, a mulher é a mais castigada

Assim, para falar de assuntos tão polêmicos, deve-se considerar a história do povo, classe social, estado civil, especificidades de cada sexo, geração, raça e momento atual. "Pois sexualidade é política e tem hierarquia, recompensas e castigos, alguns institucionalizados, outros feitos pelos vizinhos e pela religião", esclarece Erineusa.

"Historicamente, a mulher é a mais castigada, mesmo quando as práticas fazem parte do próprio modelo social instituído como a prostituição, por exemplo. E as que expressam seus desejos são consideradas profanas na maioria das vezes e sofrendo humilhações", desabafou Penha Mara. Desse modo, a relação entre gêneros, bem como a cultura e a idade, foram colocadas como importantes fatores influentes na formação da sexualidade das sociedades. Daí a importância do trabalho de construção de novas relações de gênero e da reeducação sexual proposta pelos palestrantes.

Segundo Erineusa, a discussão é evitada graças a idéia de que isto pode levar a busca precoce do ato sexual, enquanto pesquisas comprovam exatamente o contrário: quanto maior o acesso de crianças ou adolescentes a informações sobre o assunto, mais consciente e natural será essa procura. As duas professoras, que são diretoras do Sindicato dos/as Trabalhadores/as em Educação Pública do Espírito Santo (SINDIUPES), buscam informar seus próprios colegas a respeito da própria sexualidade, através de palestras, oficinas e debates.

 

Michele Saura e Stephanie Oliveira são estudantes de comunicação social

da Universidade Federal do Espírito Santo.

 

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