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PATETA - Bate-bola sobre o craque com quem Ronaldinho deu os primeiros passes.


Raio-X do Craque
Nome: Edenílson Franco
Data e local de nascimento: 14/07/1967, em Jacarezinho-PR
Clubes : União Bandeirantes (1983-1989), Caxias (1990) Ponte Preta (1991), América-RJ (92), Cruzeiro (1993-1995), Atlético-PR (1995), Criciúma (1996) Belenenses-POR (1997), União de Leria-POR (1998), Espinho-POR (1999) e Shichuan-China (2000-2001)
Títulos: campeão paranaense da Segunda Divisão, pelo União Bandeirante (1988); campeão da Copa do Brasil, pelo Cruzeiro (1993); campeão mineiro (1994); da Recopa, pelo Cruzeiro (1993), e campeão da Taça de Portugal pelo Belenenses (1997).

PATETA - - O primeiro companheiro de ataque do "fenômeno"

Edenilson Franco, o "Pateta", foi o primeiro companheiro de ataque de Ronaldo, o Fenômeno. Isso aconteceu no Cruzeiro, em 1993. Ronaldo havia chegado do São Cristóvão, do Rio de Janeiro, para a Raposa. E Pateta vinha também do Rio, mas do América. Desde o início, Ronaldo já demonstrava as qualidades do atacante que ano no seguinte ganharia a sua primeira Copa do Mundo. A dupla, Ronaldo e Pateta, ganhou o Campeonato Mineiro daquele ano. "A gente já via que ele tinha um grande potencial. O menino era fora-de-série ia ser Seleção Brasileira mesmo. Ronaldo era muito esperto", lembra Edenílson.
Pateta conta que com 16 anos Ronaldo já dava as famosas arrancadas nos treinamentos do Cruzeiro. O Fenômeno chegava a fazer até 8 gols em treinos. Tal desempenho chamou a atenção da comissão técnica que o alçou ao time principal do Cruzeiro. "Apesar disto, era um garoto humilde e muito simples, um menino de ouro", relembra Pateta.
O ex-atacante não esquece a partida contra o Bahia, em que Ronaldo roubou a bola das mãos do goleiro uruguaio Rodolfo Rodrigues e marcou um gol, na cara do atônito arqueiro que parecia não acreditar no que estava acontecendo. "Aquele jogo gerou uma a polêmica enorme. Porque algumas semanas antes um árbitro tinha anulado um gol em situação parecida," afirma.
Bem antes de conhecer Ronaldo, o Fenômeno, Edenílson foi descoberto jogando um amistoso por uma equipe que representava a sua cidade natal, Jacarezinho (PR), contra o Matsubara, no início dos anos 80. Daí foi para Cambará jogar nos juniores do Matsubara. Foi lá que nasceu o apelido de Pateta. Ele tinha catorze anos foi pedir para o roupeiro uma chuteira do seu tamanho, 37. Como não havia, jogou com uma de número 44. Quando entrou em campo, um amigo disse que ele parecia o Pateta, personagem de desenhos animados de Walt Disney, que usava sapatos gigantes. Edenílson nunca mais conseguiu se livrar do apelido.

Grato ao União
Não demorou muito para o presidente do União Bandeirantes, o folclórico Serafim Meneghel o levar para sua equipe, na cidade vizinha de Bandeirantes. No União, o atacante foi profissionalizado. "Tive o prazer de jogar quase dez anos no União." Pateta foi mais umas das estrelas reveladas pela equipe de Bandeirantes, que também descobriu Paquito e Tião Abatia, para ficar nos mais famosos.
Pateta se recorda que em inúmeras oportunidades Meneghel atuou como uma espécie "psicólogo" e influenciou decisivamente para que a equipe conseguisse virar jogos até então perdidos. "Aconteceu várias vezes, de a gente estar perdendo um jogo fácil, sair no intervalo de cabeça baixa e ver escrito no quadro negro que se perdêssemos todo mundo estaria multado em 50% dos vencimentos. Daí um jogador olhava para o outro e falava: o homem é doido! Voltávamos para o campo e virávamos o jogo", relembra Pateta.
Assim como já aconteceu também, de o presidente Meneghel pagar bicho mesmo em derrota, quando ele achava que o time tinha se esforçado ao máximo. "Serafim sempre foi como um paizão. Quando eu fui avisar que ia casar ele matou um boi para a minha festa de casamento", conta o ex-atacante.
Meneghel também aprontava muito durante os jogos. Certa vez, conta Pateta, durante uma partida em Bandeirantes ele começou a soltar foguetes nas pernas dos jogadores. Os atletas do União reclamaram que ele estava errando o alvo e ao invés de acertar as pernas dos adversários estava pegando nos seus próprios jogadores. Meneghel retrucou afirmando que os foguetes eram para eles mesmos, para que acordassem para o jogo. "Às vezes ele era muito duro com os jogadores, mas hoje eu o entendo perfeitamente. Pois como dirigente eu sei que se der moleza para jogador eles montam cavalo na gente", reconhece Pateta.

Jogo marcante
Em 1995, depois de rodar por Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, Edenilson Franco voltava ao Paraná para, desta vez, defender a camisa do Atlético no estadual. Era um campeonato difícil em que se iniciava a revolução atleticana. Foi neste campeonato que o Furacão perdeu por 5 x 1 para o Coritiba e o empresário Mário Celso Petraglia assumiu o clube.
Desta época, um jogo marcou Pateta. Era um Atletiba. O Atlético não vencia há três anos o Coritiba e tinha há pouco tempo sofrido a goleada histórica. Como se não bastasse havia também perdido para o Paraná, com gol de calcanhar do Mirandinha. Eram dois clássicos e duas derrotas humilhantes.
O jogo era no Pinheirão e mais de 11 mil pessoas compareceram. As provocações da torcida coxa-branca eram insuportáveis. Era um domingo à tarde, com aquele tradicional vento gelado, que só o Pinheirão sabe proporcionar. O técnico Zequinha lançou em seu ataque Edenílson, o "Pateta", para fazer dupla com Carlinhos "Pé-de-vento", ex-atacante do Grêmio. E foi Edenílson que recebeu uma bola, em posição duvidosa, partiu para cima da zaga coxa-branca e abriu o placar no 1º tempo. Até hoje Pateta é reverenciado pela torcida devido a este gol que quebrou um tabu de três anos. "Foi um gol que marcou. Saiu em todas as televisões e jornais", conta o "salvador da pátria" atleticana.
O técnico do Coritiba, Paulo César Carpeggiani, resolveu inventar moda na tentativa de salvar o jogo. E na etapa final mandou o zagueiro Jorjão dar uma de dublê de atacante.Ninguém entendeu nada. "Aquilo foi loucura do Carpeggiani", lembra Pateta. A alteração tática bizarra não surtiu resultado e o Atlético acabou vencendo o jogo por 1 x 0, com o gol de Edenílson "Pateta". Ao fim do jogo, a torcida rubro-negra sai gritando o nome do herói Edenílson, e do técnico Zequinha, que chorou de emoção. "Era um momento de grande cobrança. Vínhamos de derrota em dois clássicos e precisávamos da vitória", recorda.

De atacante a empresário
Do Atlético, Pateta foi para Portugal, onde jogou três anos em três clubes diferentes. Pelo Belenenses, ganhou a Taça de Portugal, um torneio nos mesmos moldes da Copa do Brasil. Lá, sofreu uma contusão seriíssima: rompeu os ligamentos e ficou oito meses de molho. "Eu estava muito bem. Fui dar um carrinho, chovia muito. Acabei com os ligamentos rompidos e o perônio fraturado." Pateta conta que em Portugal o clube se preocupa realmente com o jogador e que várias vezes o próprio presidente do clube ia buscá-lo em sua casa para levar ao médico ou a fisioterapia. "Aqui no Brasil a primeira coisa que um clube faz com o jogador numa situação destas é abandonar o atleta", queixa-se.
Depois de Portugal, Edenilson foi ao outro lado do mundo encerrar a carreira no Shichuan da China e voltou para o Brasil. Em 2001, na cidade natal de Jacarezinho, ele fundou a Patsports, empresa de assessoria esportiva. Pateta ainda esta engatinhando nesta área, mas já deu um grande passo. A Patsports e o Metal-Group da Itália estão arrendando o Caxias de Joinville (SC). "Estamos finalizando com o Caxias os últimos detalhes do contrato. Eu vou atuar como gerente de futebol", explica Edenílson Franco, o primeiro parceiro de Ronaldo, o Fenômeno.

NET UNIÃO: "VALEU PATETA"

Reportagem: www.futebolpr.com.br

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