Miss�o de Allan
Kardec - "A miss�o dos reformadores est� cheia de escolhos e de
perigos e a tua � rude, disso te previno, porque � o mundo inteiro que
se trata de agitar e de transformar." - Esp�rito Verdade (Obras
P�stumas)
�Escrevo esta
nota no dia 1� de janeiro de 1867, dez anos e meio depois que esta
comunica��o me foi dada, e verifico que ela se realizou em todos os
pontos, porque experimentei todas as vicissitudes que nela me foram
anunciadas. Tenho sido alvo do �dio de implac�veis inimigos, da inj�ria,
da cal�nia, da inveja e do ci�me; t�m sido publicados contra mim infames
libelos; as minhas melhores instru��es t�m sido desnaturadas; tenho sido
tra�do por aqueles em quem depositara confian�a, e pago com a ingratid�o
por aqueles a quem tinha prestado servi�os. A Sociedade de Paris tem
sido um cont�nuo foco de intrigas, urdidas por aqueles que se diziam a
meu favor, e que, mostrando-se am�veis em minha presen�a, me detratavam
na aus�ncia.
Disseram que aqueles que adotavam o meu partido eram assalariados por
mim com o dinheiro que eu arrecadava do Espiritismo. N�o mais tenho
conhecido o repouso; mais de uma vez, sucumbi; sob o excesso do
trabalho, tem-se-me alterado a sa�de e comprometido a vida.
�Entretanto, gra�as � prote��o e � assist�ncia dos bons Esp�ritos, que
sem cessar me t�m dado provas manifestas de sua solicitude, sou feliz em
reconhecer que n�o tenho experimentado um �nico instante de
desfalecimento nem de des�nimo, e que tenho constantemente prosseguido
na minha tarefa com o mesmo ardor, sem me preocupar com a malevol�ncia
de que era alvo. Segundo a comunica��o do Esp�rito Verdade, eu devia
contar com tudo isso, e tudo se verificou.� -
Allan Kardec
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