UNIVERSIDADE T�CNICA DE LISBOA
INSTITUTO SUPERIOR DE CI�NCIAS SOCIAIS E  POL�TICAS
NERI-N�CLEO DE ESTUDANTES DE RELA��ES  INTERNACIONAIS     
XII JORNADAS DE RELA��ES INTERNACIONAIS ? 19 E  20 NOVEMBRO DE 2002
Cidadania Global?
� de facto uma pergunta pertinente! N�o seremos,  com toda a convic��o, os primeiros nem os �ltimos a faz�-la. Contudo, na  qualidade de cidad�os do mundo, chegamos a uma fase das nossas vidas em que  sentimos a necessidade de a colocar. N�o para lhe tentar dar resposta (tarefa  digna de algu�m com a erudi��o divina para o fazer e portador das solu��es para  os problemas do mundo d�spare, e ao mesmo tempo mais uno do que nunca em que  vivemos), mas sim para suscitar o debate e o confronto de ideias que a quest�o  suscita.
De  acordo com os dados do relat�rio do Programa  das Na��es Unidas para o Desenvolvimento de 2002 podemos facilmente constatar  que nem tudo no nosso mundo corre bem. Apesar dos estrondosos progressos  tecnol�gicos alcan�ados nos �ltimos anos, a realidade diz-nos que nem todos  podem beneficiar desses mesmos progressos do mesmo modo. Enquanto alguns  beneficiam, na medida do poss�vel, de sistemas democr�ticos onde o acesso �  educa��o, � alimenta��o, aos cuidados de sa�de, � habita��o e higiene s�o  poss�veis, e onde os princ�pios que motivaram a Revolu��o Francesa de liberdade,  igualdade e fraternidade est�o consagrados nas respectivas constitui��es dos  pa�ses ditos ocidentais ou desenvolvidos; n�o nos podemos nunca esquecer do  reverso da moeda, daquelas partes do mundo onde milh�es de pessoas lutam pela  sua subsist�ncia e onde passam priva��es incalcul�veis, lutando dia ap�s dia com  a pr�pria morte. � um cen�rio constrangedor, do qual com facilidade nos  esquecemos, n�s que vivemos no conforto do nosso desenvolvimento.
Conscientes deste cen�rio � deveras natural que nos  confrontemos com a interroga��o da cidadania global. Como � poss�vel a  exist�ncia de uma cidadania global, onde vigore o princ�pio de igualdade de  direitos e deveres para todos os cidad�os do mundo , se vivemos num planeta em  que a diversidade de oportunidades de vida para esses mesmos cidad�os � t�o  grandiosa??? Como uma interroga��o nunca vem s�, question�mo-nos tamb�m acerca  da identidade � qual se possam atribuir responsabilidades sobre esta situa��o.  Ser� ela decorrente da ordem natural das coisas? Ser� responsabilidade dos  governantes? Das empresas transnacionais? Da concorr�ncia desenfreada em que  vivemos em que a regra � olhar primeiro para o pr�prio umbigo, esquecendo-nos  sistematicamente de que somos todos irm�os, todos da mesma esp�cie, todos SERES  HUMANOS?????
 Embora conscientes da exist�ncia de posi��es  contr�rias � nossa (provavelmente at� melhor fundamentadas), crentes no poder de  mudan�a para um mundo melhor, mais justo, mais fraterno e solid�rio e acima de  tudo convictos da nossa natureza ut�pica, somos obrigados a acreditar que sim!  Existe uma cidadania global, uma vez que somos todos cidad�os e vizinhos do  mesmo bairro: o planeta TERRA! A argumenta��o que nos leva a tomar tal posi��o �  verdadeiramente simples: se a convic��o n�o partir de n�s, dos nossos sonhos,  ent�o a� sim, a t�o desejada mudan�a nunca ser� poss�vel. E, acima de tudo,  nunca podemos perder a esperan�a de poder modificar os nossos destinos!
Dora Isabel Costa Rodrigues
3� Ano da  Licenciatura em Rela��es Internacionais
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