LAMARCA é PT 
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Folha do Boqueirão e Folha do Bacacheri entrevistam Paulinho Lamarca, candidato a Vereador de Curitiba pelo PT. A seguir transcrevemos a entrevista na sua integra.

Candidato do Povo

Descentralização da cultura, justiça social, orçamento participativo, conselhos comunitários. Com idéias bem claras na cabeça, Paulo Lamarca (PT) transmite confiança aos eleitores nas visitas que faz de casa em casa. Baseado numa postura ética e honesta, ele aposta na franqueza e na objetividade dos projetos para cativar o eleitorado. Em entrevista à Folha, Lamarca fala dos projetos do partido  para Curitiba

Folha: Por que você tinha receio de dizer que era candidato na primeira vez em que disputou uma eleição?

Paulo Lamarca: Porque a gente é colocado naquele lugar comum, do cara que quer mamar na teta, que só quer tirar uma casquinha. Hoje já estou mais maduro nesse sentido. O que estou defendendo não é um projeto particular, mas um projeto coletivo. Hoje falo isso com tranqüilidade sem me sentir personalista em razão de toda a minha militância. Isso me dá um respaldo, porque as pessoas já conhecem o trabalho, como a gente pensa, então facilita muito. Em razão de o meu nome estar bem mais conhecido, as pessoas estão muito mais receptivas. Hoje tem pessoas que discutem o meu nome e que eu nem conheço. A gente tem procurado colocar em nossos congressos muito o que a gente pensa. Por exemplo, na inserção que faço na televisão eu coloco assim: “se você gosta do PT, então lembra que Lamarca é PT. Se você não concorda com as idéias do PT lembre-se, Lamarca é PT”. Quer dizer, não querendo enganar ninguém, mas deixar muito claro. Porque já aconteceram casos de pessoas dizerem assim: “olha se você prometer que não apóia o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), daí eu voto em você”. Eu falo: “então não vote porque eu não vou te enganar”.Isso porque o entendimento é que ou o mandato está ligado a essas organizações populares ou ele não faz nada...

FB: Sua campanha é bem idealista nesse sentido?

Lamarca: Bem idealista, porque temos outro desafio que é não fazer um negócio que só objetive votos. A gente tem que tentar levar as pessoas a pensarem o porquê que elas estão votando no PT, no Lamarca. O que significa isso? Quais os ideais? Então esse é um desafio grande. Se não conseguirmos isso, a gente se considera derrotado mesmo que eleito.

FB: É um trabalho bem mais abrangente do que uma simples candidatura...

Lamarca: O objetivo é que o mandato sirva para fortalecer esses movimentos e organizar outros para que possam também influenciar no mandato para que, aí sim, a gente consiga aprovar os projetos, discutir para esse coletivo (população). Um projeto grande que a gente tem aqui para Curitiba é implementar o Orçamento Participativo, que vai evitar a corrupção e os privilégios a regiões. Isso vai atender as necessidades básicas da população e ela é quem vai decidir. Com isso a gente está querendo resolver não o problema do Zé e da Maria, mas sim da comunidade do Hauer, do Boqueirão, do Bacacheri.

FB: Como está sendo a abordagem dos eleitores?

Lamarca: Tenho feito esse trabalho de visitar as pessoas de casa em casa. Esse ano como a campanha está maior tenho feito visitas extras. Hoje tem grupos organizados de professores da Universidade Federal que estão apoiando. Artistas, estudantes, professores da área secundarista, da rede pública, todos esses grupos organizados promovem atividades de bate-papos para expor idéias e eu vou. Isso é legal pelas pessoas terem consciência disso. Ou elas assumem a campanha como parte de um projeto coletivo ou sabem que a campanha não acontece. Agente não tem recursos para colocar a campanha na rua, para dar essa visibilidade com muros pintados placas em tudo quanto é poste. Só que a gente sente, não só nas visitas, mas nas pessoas que nos procuram, nas notícias que a gente tem, que a campanha está muito bem. A gente está atingindo aquela pessoa que gosta de votar no PT e que não tem candidato ligando a imagem do Lamarca ao partido.

FB: O PT nunca alcançou resultados expressivos em Curitiba, por haver muita rejeição. Você não teme que as pessoas deixem de apostar em seu nome por causa dessa vinculação ao partido?

Lamarca: Exatamente até por questionar essa falta de ação do partido é que exponho que sou do partido. Ou a gente quebra a resistência e consegue mostrar o projeto do partido ou a gente vai ser eleito enganando as pessoas. Sei que perco votos com isso, mas por outro lado eu ganho. Até porque hoje as pessoas estão muito mais permeáveis às idéias e propostas do PT. Atinjo essas pessoas porque elas vão votar sabendo que vou estar brigando pelo Orçamento Participativo, pela inversão de prioridades, porque vão saber que a proposta é diferente e que não vou estar atendendo a favores individuais. Quando vejo no cartaz do Vanhonni (Ângelo Vanhonni, candidato a prefeito do PT) que falta de fato a estrela escrito “PT”, o que questiono é isso:  a gente tem que ganhar a eleição, mas mostrando quem a gente é, o que a gente pensa e o que a gente quer. Tem que mudar as pessoas. Se não mudarmos, não adianta ser eleito.

FB: Quais são suas idéias para a cidade?

Lamarca: Um dos problemas de Curitiba é que os espaços culturais são centralizados, com raras exceções. Tem a parte mais turística como o Parque São Lourenço, que tem o Teatro Cleon Jacques, e a Ópera de Arame. Mas nos bairros, como o Alto Boqueirão, o Xaxim, e tantos outros bairros não têm nenhum espaço cultural que seja da comunidade. Isso não existe, então um dos projetos que a gente tem é que sejam criados esses espaços. Mas que seja algo gerenciado pela própria comunidade, não algo que a Prefeitura venha e trabalhe. Tem também os conselhos que a gente quer criar de transporte, de segurança, de saúde para botar a comunidade para participar, porque ela vai saber a realidade da região e vai poder opinar.

FB: O que você pensa para a educação?

Lamarca: Com conselhos de educação, a própria comunidade vai gerenciar toda a verba destinada às escolas para que possa saber o que fazer. Esses conselhos estariam correndo atrás de serviços mais baratos, fiscalizando e gerenciando gastos. Estariam vendo também se é possível aumentar ou não o salário dos professores, fazer ou não mais uma escola. Isso seria sempre respaldado com a participação popular, porque a maioria das pessoas pode dizer “eu não quero participar”, mas os poucos que participam é muito. A gente pega exemplos de algumas prefeituras do PT em que 1% da população participa do Orçamento Participativo. Em Curitiba, 1% daria mais de 15 mil pessoas, que estariam cuidando dos gastos em todas as áreas.

FB: E com relação à questão da segurança?

Lamarca: O problema da segurança aumentou muito. Meu salão (de cabeleireiro) por exemplo já foi assaltado duas vezes. São coisas que a gente nunca tinha vivido. O problema da segurança não é só falta de policiais, mas do desemprego, da falta de perspectiva, da ação social. Num conselho de segurança vai ter que ser discutido uma política social mais abrangente: o que uma Prefeitura pode fazer para gerar mais emprego para a comunidade? Esse conselho estaria discutindo e os vereadores teriam que estar juntos participando para saber qual é a necessidade. Tanto é que nas cidade que tem dado certo o Orçamento Participativo, o vereador acaba perdendo um pouco a sua função porque a comunidade acaba decidindo tudo. A comunidade fica mais consciente de quais são os recursos, por que está discutindo e, com isso, está  ajudando a resolver o problema da sua localidade, da sua rua, do seu bairro e da cidade.

 

 

Preocupado com a garantia dos direitos da população, Lamarca é um petista comprometido com a ética na política. Tem como principal ideal a construção da Democracia Participativa, onde a população organizada define e fiscaliza o destino dos recursos públicos. Daí a importância de um mandato coletivo junto aos movimentos sociais.
O comitê Lamarca fica na Rua Professor João Soares Barcelos, 881 Fundos e está aberto para receber a sua idéia e também a sua colaboração.
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No dia 1º de outubro de 2000 vote LAMARCA para vereador em Curitiba.O número é
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