A morte fala em verdade,
Da vida que se viveu,
Muita morte é conseqüência,
Da vida
que se perdeu.
Toda dor é conseqüência,
Daquilo que a gente faz,
É dívida em insolvência,
De uma
outra vida lá atrás!
A dor é como a enxurrada,
que passa limpando a terra.
Passa, mas deixa marcada,
a lição
que nela encerra!
Na busca da perfeição,
ninguém se exime da lei.
Quem sofreu na escravidão,
algum dia
será rei!
Nada na vida é acaso,
acaso é coisa do nada.
Por isso que todo caso
é cena já
reprisada!
Nelson de Medeiros Teixeira