Um dia, quando fores bem
velhinha,
Quando a nostalgia chega
n!alma e se aninha
lerás estes versos
meus...
Lembrarás então das
cantigas distantes,
dos lugares errantes,
desse entristecido
adeus...
Um dia, quando a saudade
te apertar o peito
quando sentires que a
vida é sonho desfeito
lerás esses cantos que
são teus...
Lembrarás, então,
daquelas noites de luar,
das estrelas andando
sobre o mar,
desse amargurado
adeus...
Um dia quando souberes
que eu parti
estejas certa que os
momentos que eu vivi
estão contidos nestes
pobres versos meus...
Abra, então, teu coração
enternecido,
abriga os sonhos do
poeta entristecido,
que num lamento um dia
te disse ADEUS!
Nelson de Medeiros
Teixeira