Eu penso em ti enquanto
a chuva cai...
Na tarde gris e fria que
se esvai,
eu penso em ti enquanto
a solidão
me acompanha a cada
passo...
Na dança da saudade o
teu compasso
é uma nota de dor no
coração...
A noite chega
amortalhando a pouca claridade...
Eu penso em ti enquanto
a amargura- espelho da saudade
vem e me enlaça tristemente...
Sondando a negra
imensidão
tua lembrança é o farol
na solidão
a iluminar meu coração
pungente...
Eu penso em ti a cada
instante,
a toda hora num sofrer
constante...
Eu penso em ti agora,
virginal princesa,
quando vai longe a
esperança emurchecida,
quando meu corpo ao amor
não mais abriga
e na minh'alma já não
cabe mais tristeza...
Nelson de Medeiros
Teixeira