Moreninha

 

 

 

Como és linda com estes olhos amendoados,

a voar por bosques perfumados,

qual sutil e graciosa borboleta...

Tens no porte a graça imaculada

da ternura de uma tela imaginada

em mansão celestial de outro planeta...

 

Quando te vejo, meus olhos enciumados,

contemplam extasiados

todo um jardim de quimera e ventura...

És como o lírio que aflora na campina,

e que a  brisa da aurora beija e ilumina,

em poesia da mais fina tessitura...

 

Quem te ver , morena, há de te amar!

Há de querer te beijar!

Há de querer-te num trono!

Mas que tristeza, moreninha...

Te amando e pensando que a tinha,

Descobri que tinhas dono!
 

 

Nelson de Medeiros Teixeira

 

 


Imagem Original by Robert F. Duncan

 

 

 


 

 

 

Hosted by www.Geocities.ws

1