Lembrança

 

 

 

Lembrarás de mim quando sozinha,
na noite negra, tormentosa e fria,
a solidão houver por companhia...
E quando do sidéreo manto
o luar vier roçar-te a face em pranto,
lembrarás de mim em lânguida agonia...
Lembrarás de mim quando escutares,
o canto triste destes verdes mares,
na tarde que se esvai em doce calma...
E quando o tempo a dor me aliviar o fardo,
hás de lembrar dos versos que inspiraste ao bardo,
nas tristes rimas deste amargo canto...
Lembra, então, de Deus que a tudo assiste,
e não te esqueças do poeta triste,
que apesar de tudo inda te ama tanto!



Nelson de Medeiros Teixeira

 

 

 

 

 

 

 

 



 

 

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