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Plano de Estudos de Transição 2003/2004


 

Com a necessidade de implantar um novo plano de estudos na nossa licenciatura, compreendo que alunos com determinadas disciplinas em atraso sejam beneficiados, pois caso contrário seriam forçados a frequentar cadeiras cujos conteúdos já teriam sido avaliados.

 

Veja-se o seguinte exemplo.

Como é sabido as disciplinas de Física I e Física II fundiram-se, tendo dado origem a uma única disciplina semestral de Física.

Um aluno que tivesse feito a disciplina de Física I e tivesse Física II em atraso, das duas uma:

- ou teria que ser obrigado a frequentar a nova cadeira de Física (o que seria errado, pois estaria a ser novamente avaliado em matérias em que já tinha dado provas da sua sabedoria)

- ou seria dispensado da nova disciplina (opção esta que foi a adoptada pela direcção do Departamento de Engenharia Civil).

 

Até aqui tudo bem!

Mas uma coisa foi esquecida...

 

No final da licenciatura 1999/2004 haverão alunos com o curso tirado na mesma faculdade, no mesmo ano, mas com formas de avaliação distintas no que respeita à média de curso, isto porque houve gente a ficar dispensada de uma série de disciplinas, disciplinas estas que nunca contarão para efeitos de média.

 

Agora imaginem...

Dois alunos com notas quase semelhantes em todas as cadeiras, mas um deles fez todas as cadeiras e outro tinha algumas em atraso e ficou dispensado das mesmas. O que fez as cadeiras tirou 10 às disciplinas que o outro foi dispensado. No final do curso pode dar-se a contraditória situação do aluno que foi dispensado das cadeiras ter uma média de 13.5, sendo-lhe atribuído 14 e o aluno que fez as disciplinas todas, por causa das tais cadeiras, ter 13.4 sendo-lhe atribuído uma média de curso de 13.

 

Esta é uma situação imaginária, mas que nada a impede de acontecer!

 

Qualquer pessoa, perante este facto, não tem qualquer dificuldade em dizer que se trataria de injustiça.

 

O assunto pode ser encarado como um mero pormenor sem importância, mas infelizmente, quando nos formos candidatar ao primeiro emprego, as entidades empregadoras terão como uma das principais de referências a média de curso do aluno, a não ser que arranjes umas boas cunhas à boa maneira portuguesa!

Quer se queira quer não, a média é uma boa rampa de lançamento, sobretudo no mercado de emprego nacional, onde actualmente as oportunidades são cada vez menores.

 

Qual seria, então, a solução para resolver este problema?

 

Uma solução possível passaria pelo seguinte: qualquer aluno devia ter o direito de poder abdicar, para efeitos de média do curso, das notas de algumas disciplinas que irão ser dispensadas, em virtude de desta forma todos ficarem no mesmo pé de igualdade.

 

Por exemplo, um aluno que chegasse à conclusão que, se abdicasse da nota de Física 1, Geometria Descritiva, Mecânica dos Sólidos, Sociologia, Organização e Gestão, Geologia de Engenharia e Ciência dos Materiais, a sua média melhorava razoavelmente, então optaria por fazê-lo sem problemas.

 

A proposta apresentada não é, no entanto, de fácil execução, dado que poderia gerar alguma confusão.

Cada aluno teria que informar o Departamento de Engenharia Civil se pretenderia ou não abdicar das notas de algumas das disciplinas dispensadas, e, caso pretendesse, teria de indicar quais.

Note-se, porém, que não seria novidade, dado que há uns bons anos atrás na nossa faculdade, perante uma situação semelhante de renovação do plano de estudos, foi aplicado um método muito parecido.

 

O problema da confusão poderia ser, contudo, parcialmente contornado. Para tal, poderia ser criado um impresso, que todos os alunos teriam de entregar no Departamento, onde seleccionavam se queriam abdicar de alguma nota e qual. O impresso podia ter o seguinte aspecto:

 

 

 

Nome ______________________________________________________________

    Nº ________________

 

Desejo abdicar das notas das seguintes disciplinas para efeitos de média de curso:

 

Bloco 1

o Nenhuma

o Desenho de Construção  

o Geometria Descritiva [GD]

o Desenho Assistido por Computador [DAC]

o [GD] + [DAC]

 

Bloco 2

o Nenhuma

o Economia

o Organização e Gestão

 

Bloco 3

o Nenhuma

o Sociologia

o Análise de Impacte Ambiental

 

Bloco 4

o Nenhuma

o Mecânica II

o Mecânica dos Sólidos

 

Bloco 5

o Nenhuma

o Geologia

o Geologia de Engenharia

 

Bloco 6

o Nenhuma

o Física 1

o Física 2

 

Bloco 7

o Nenhuma

o Hidráulica Geral 1

o Mecânica dos Fluídos

 

NOTA:

- Seleccione com uma cruz na opção pretendida

- Seleccione apenas uma opção em cada bloco

- Preencha o nome com letras maiusculas

 

 

 

Esperemos que, mais tarde ou mais cedo, o Departamento de Engenharia Civil leve a cabo esta ideia, para que não haja quaisquer injustiças.

 

Por agora, deixa a tua opinião no Fórum da nossa página.

 

Daniel Campos (NEC)

publicado em 16/09/03


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PROPINAS


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« Indignação »

 

Como toda a gente sabe, as propinas deste ano lectivo (2003/2004) serão no valor de 600 Euro, o que significa um acréscimo de cerca de 70% em relação ao ano lectivo anterior.

 

Esta subida é fruto da aplicação da recente Lei nº37/2003, de 22 de Agoto, segundo a qual nomeadamente:

 

1) O Governo concede os benefícios sociais adequados a todos os estudantes carenciados, não sendo estes impedidos de prosseguir os seus estudos mesmo que as respectivas famílias não tenham condições financeiras para os custear;

 

2) O orçamento de Estado transferido no quadro da nova lei dá cobertura às despesas de funcionamento, não contrariando os pressupostos e metodologias que permitiam alcançar os objectivos prosseguidos com os critérios prevalecentes em anos anteriores;

 

3)O orçamento transferido é inteiramente independente dos valores atribuidos às propinas, ou seja, as receitas das propinas não são consideradas no cálculo do orçamento atribuído.

 

Ora tudo isto é uma autêntica fachada!

 

No que respeita aos benefícios sociais (bolsas de estudo), toda a gente sabe que se trata de uma fantochada. Há imensos alunos supostamente carenciados a receber bolsas, cujos pais, embora afirmem nos impressos do IRS que apenas ganham o salário mínimo, na realidade ganham bem mais do que isso (exemplo típico são os empresários em nome individual). Enquanto tal acontece, há alunos a passar verdadeiras dificuldades sem receber um único tostão para ajudas de custo.

 

No que se refere ao ponto 2, quase todos os Directores de Faculdades seriam unânimes em dizer que o dinheiro fornecido pelo orçamento de Estado não chega para cobrir as despesas de funcionamento das referidas instituições; muito pelo contrário! Esta situação leva a que as Faculdades sejam forçadas a utilizar o dinheiro das propinas para garantir o pagamento dessas despesas, situação esta supostamente ilegal, e que faz com que o ponto 3 se revele uma autêntica falsidade...

 

Basicamente o que andam a fazer é, o que eu chamo, enganar criancinhas...

 

Para quem não está a par, o dinheiro das propinas deveria ser para despesas de investimento, ou seja, para comprar, por exemplo, equipamentos para laboratórios, computadores, etc.

 

Para além dos pontos enunciados, esta lei estabelece ainda um valor mínimo e máximo para as propinas: cerca de 450 Euro e 850 Euro, respectivamente.

 

Ora perguntam-se voçês “mas onde raio foram buscar estes valores?”

 

Pois bem, foi mais ou menos do seguinte modo:

 

(na casa de banho da Assembleia da Républica)

«Ora bem para valor mínimo... não sei...oh pá, sei lá... pode ser 130% do salário mínimo nacional.»

«Para o valor máximo... âhhh... talvez...oh pá podíamos pegar no valor da primeira propina que existiu (1.200$00) e actualizar o valor para  os dias de hoje tendo em conta a inflacção que houve. Oh pá, tá bom... os gajos na altura devem ter pensado minimamente...»

 

Em suma, critérios mais estúpidos seria difícil de arranjar!

 

Onde estão os estudos económico-financeiros realizados com o intuito de tentar arranjar valores com alguma lógica?

 

Para quê criar um valor mínimo e máximo? Para quê dar às Faculdades o direito de escolherem a sua propina?

 

A resposta das entidades responsáveis é: « em função da qualidade dos cursos de cada faculdade serão atribuídas diferentes propinas: quanto maior a qualidade, maior a propina (dentro dos parâmetros referidos na lei) » .

 

Pois... Se alguém me souber dizer onde posso consultar o Ranking Nacional de Qualidade dos Cursos do Ensino Superior (RNQCES) e quem é a entidade responsável por tal função, digam-me que é para saber quem vai à frente. Podemos, até, começar a fazer apostas.

 

O que vai acontecer é que, numa atitude de arrogância, a maioria dos responsáveis das Faculdades irão dizer «os nossos cursos são de excelente qualidade, logo devemos aplicar a propina máxima».

 

Isto foi exactamente o que se passou com as Faculdades da Universidade do Porto que numa reunião do Senado da Universidade, realizada no dia 10/09/2003, deliberou:

 

1) propor aos conselhos directivos a adopção da propina máxima prevista na referida lei para todos os cursos de licenciatura da Universidade do Porto;

 

2) atendendo ao impacto da actual conjuntura económica desfavorável do País nos orçamentos familiares, bem como a necessidade de acompanhar as incidências do desenvolvimento da aplicação da nova ei, propor aos conselhos directivos que a progressão para o valor estipulado no número anterior se faça de acordo com a seguinte evolução:

     . no ano lectivo 2003/2004: 600Euro

     . no ano lectivo 2004/2005: 750Euro

     . no ano lectivo 2005/2006 e seguintes: propina máxima;

 

3) aprovar, no mais curto prazo possível, critérios de afectação do aumento das receitas decorrentes da fixação de propinas acima do mínimo previsto na lei para a realizaçã de investimentos que os orçamentos atribuídos até ao presente não têm permitido concretizar, nomeadamente no acompanhamento dos percursos escolares, no reequipamento de laboratórios, na cultura e no desporto.

 

4) tornar a discutir estas deliberações no caso de incumprimento do referido nos considerandos 1, 2 e 3 da nova Lei.

 

Do que foi deliberado, é de louvar a ideia de estabelecer um valor de propina semelhante para todas as Faculdades, para não criar distinções; mas é de lamentar a adopção da propina máxima e a forma como é feita a evolução da mesma.

 

Ao adoptar-se pela propina máxima, pelo menos devia-se inverter a evolução da mesma! Ou seja:

     . no ano lectivo 2003/2004: propina mínima

     . no ano lectivo 2004/2005: 600Euro

     . no ano lectivo 2005/2006: 750Euro

     . no ano lectivo 2006/2007: propina máxima

 

Teria mais lógica!

Assim as pessoas já saberiam a médio prazo os valores que iriam ter de enfrentar, preparando-se financeiramente para tal subida. Não seriam agora surpreendidos para pagar mais 250Euro do que no ano passado.

 

Aliás, é de referir que no passado dia 12/09/2003 numa reunião extraordinária do Conselho Directivo da FEUP, foram votadas 2 propostas de progressão das propinas:

- a proposta do Senado da Universidade do Porto e

- a proposta apresentada pelos representantes dos alunos no Conselho Directivo da FEUP, que corresponde à proposta acima apresentada.

 

O que aconteceu nessa votação foi o seguinte: 5 votos favoráveis à primeira opção e 4 favoráveis à segunda opção. Curiosamente, só os alunos votaram a favor desta última proposta. Aos professores não lhes custou nada votar na pior solução, pois não lhes sai do bolso ou, se lhes sai, não lhes deve fazer falta pelos vistos. Os representantes dos funcionários, para variar... , foram atrás do voto dos professores. Bela filosofia...

 

No entanto, até ao dia 14 de Outubro deste ano (dia em que serão fixadas as propinas definitivas a pagar no ano lectivo 2003/2004) , ainda muita água pode correr, muitas reuniões extraordinárias se poderão realizar e muitas decisões poderão ser alteradas... pois se há facto que é notório é o claro incumprimento dos termos da nova lei.

 

Enfim, assim vai o ensino em Portugal!

 

Daniel Campos (NEC)

publicado em 26/09/03

 


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« Comunicado AEFEUP »

 

A Associação de Estudantes, AEFEUP, vem alertar todos os alunos da FEUP que mesmo se estando a inscrever desde o dia 1 de Setembro e estarmos quase na fase terminal das inscrições, ainda não se sabe quanto vão pagar pela sua propina anual.

A propina em questão de acordo com o valor de 2002/2003 (348,01Euro) irá sofrer uma subida de 33% a 145% e por isto a Associação acha que devemos estar todos preocupados e prestar toda a atenção merecida e necessária para tal facto.
Como sabem, na Universidade do Porto cabe aos conselhos directivos de cada faculdade determinar o valor da propina e é do interesse interno que as Faculdades da Universidade do Porto evitem propinas diferentes, o que pode fazer com que nós possamos sair prejudicados.

Este regime de aumento é um regime geral, ou seja, se estas a ler isto também irás ver as tuas propinas aumentadas.

Pedimos atenção para tudo o que se poderá passar nos próximos dias de forma a nós, 4847 alunos, funcionarmos de forma coesa e de acordo com os nossos interesses.

Deixando o email em aberto peço a qualquer pessoa que quiser falar connosco que nos contacte em: [email protected] e não por email dinâmico.

As nossas melhores saudações académicas.

 

Bruno Soares (AEFEUP)

publicado em 11/09/03


 

«Carta Aberta ao Sr. Director da FEUP Carlos Costa»

 

As notícias que tem surgido na  comunicação social levam-nos a temer o pior. As propinas da FEUP irão sofrer um aumento incomportável para muitos alunos. A esse aumento, duvidámos que o SASUP consiga responder às maiores carências e necessidades básicas que a nossa comunidade estudantil irá sentir este ano. Para agravar, convém lembrar que  o Ministério da Ciência e do Ensino Superior nunca garantiu  que o valor e a quantidade das bolsas sofreriam um aumento proporcional às propinas. Factos que consideramos gravíssimos.
 

Percebemos que em faculdades com graves situações financeiras a posição das respectivas direcções é impor grandes aumentos, chegando-se a falar mesmo da aplicação da propina máxima. A FEUP não se encontra nesta situação, achamos por isso, que não teremos que sofrer um aumento tão agravado. Saliente-se que o aumento mínimo, proposto por lei, já será substancial para as economias de alunos e famílias mais carenciadas.
Não existindo uma reforma, no ensino superior, de modo a melhorar a qualidade de ensino, uma reforma no SASUP, de modo a todos os alunos receberem as respectivas bolsas a que tem direito,  as propinas não devem ser aumentadas.
 

Apelamos ao senhor director e ao conselho directivo para serem sensiveis ao impacto que este aumento das propinas pode ter no orçamento dos alunos.

 

Paulo Ferreira (AEFEUP)

publicado em 12/09/03


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Questões & Respostas


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Tem algum interesse para um aluno de Estruturas escolher como cadeira opcional a discilina de Construções Metálicas?

 

A disciplina de Construções Metálicas deveria estar repartida por dois
semestres:

1º semestre: bases de cálculo
2º semestre: aplicações

ambos de opção livre + condicionada.

Sendo o primeiro semestre de opção livre, a matéria correspondente tem
de ser repetida nº 2 em pequenas diferenças(ligações no 1 e construções
mista no 2º). É pena pois os alunos de estruturas podiam sair da FEUP
bem preparados para realizar projectos de construções metálicas de
vários tipos e de relativa complexidade.

Só num semestre faz-se o que se pode para os preparar para projectar as
estruturas mais correntes.

Espero vencer a "guerra" que tenho travado sobre a secundarização das
construções metálicas em detrimento, por exemplo, do betão armado.

Penso ter respondido à sua pergunta.

Cumprimentos amigos
.

 

J. Mota Freitas

prof. Secção de Estruturas

publicado em 10/09/03

 


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