Pesquisa em Bento Rodrigues - Migração

Entre os que saíram de Bento Rodrigues, cerca de 73% é composta de filhos(as), 25% é de outros tipos de parentescos e apenas 2% de cônjuges. Esta situação indica que a grande maioria dos que saem deve-se à busca de oportunidades por parte da nova geração, que não se sente atraída ou disposta a continuar em Bento Rodrigues.

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A respeito do sexo dos que saíram, a divisão é igual, indicando que este fenômeno não tem um componente associado a gênero, mas, provavelmente, a geração.

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A respeito da idade dos que saíram, os mais jovens correspondem a 31% (16 anos a 24 anos), com 34% dos que estão próximos da meia idade (25 a 34 anos). Somando esses dois grupos, tem-se 65% dos que estão em idade ativa de trabalho constituindo a maioria daqueles que saíram de Bento Rodrigues.

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O quadro de escolaridade dos que saíram de Bento Rodrigues infelizmente é bem baixo, com cerca de 75% com até o primário completo. Certamente o tipo de ocupação que vai predominar nesse grupo é de baixa remuneração, dada a escolaridade baixa. Destaque-se, no entanto, que a escolaridade dos que saem de Bento é mais alta do que a daqueles que vimos constituir os respondentes da pesquisa e os "outros moradores" dos domicílios pesquisados.

Em outras palavras, são os mais instruídos entre os pouco instruídos que saem de Bento. Note-se que é apenas aqui que se tem pessoas com "superior completo".

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A maioria dos que saíram de Bento Rodrigues é composta de empregados (53%), seguindo o grupo das donas de casa (21%) e autônomos (14%). O quadro de instrução indica o padrão de vida da maioria dos que saíram, que deve ser bem baixo.

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Como já estava se desenhando, a renda dos que saíram de Bento é bem baixa, com cerca de 88% recebendo até 3 salários mínimos. A escolaridade baixa, somada ao perfil ocupacional, indica um quadro de muitas dificuldades enfrentadas pelos que saíram de Bento. Apesar disso, é importante notar que a renda dos que foram embora é maior do que a dos que ficaram.

Em conclusão, esses dados indicam que os moradores ficam entre dois caminhos:

- o mal: sair de Bento com instrução baixa e ganhar pouco;

- e o pior: ficar em Bento ganhando ainda menos e tendo um nível de instrução inferior.

Urge, portanto, construir uma boa alternativa para essa população.

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