Em 1971, o terceiro general-presidente Em�lio Garrastazu  M�dici, j� no oitavo ano da ditadura, gozava de ampla popularidade, com aprova��o de seu governo por parte de 82% por parte da popula��o. Chegou a receber elogios do secret�rio do tesouro americano, John Connally, afirmando que os  EUA tamb�m deveria se espelhar no modelo brasileiro de desenvolvimento econ�mico. Elio Gaspari em seu livro Ditadura Derrotada complementa:
�Em 1972 a economia cresceria 11,9%, a maior taxa de todos os tempos. Era o quinto ano consecutivo de crescimento superior a 9%. A renda per capita dos brasileiros aumentara 50%. Pela primeira vez na hist�ria as exporta��es de produtos industrializados ultrapassaram um bilh�o de d�lares. Duplicara a produ��o de a�o e o consumo de energia, triplicara a de ve�culos, quadruplicara a de navios. A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro tivera em agosto uma rentabilidade de 9,4%. Vivia-se um regime de pleno emprego. No eixo Rio - S�o Paulo executivos ganhavam mais que seus similares americanos ou europeus. Kombis das empresas de constru��o civil recrutavam m�o de obra no ABC paulista com alto falantes oferecendo bons sal�rios e conforto nos alojamentos. Um metal�rgico parcimonioso ganhava o bastante para comprar um fusca novo. Em apenas dois anos os brasileiros com autom�vel passaram de 9% para 12% da popula��o e as casas com televis�o de 24% para 34%�.
A base do investimento ocorrido durante os anos de �milagre� foram uma tr�plice alian�a composta por capital estatal, capitais privados nacional e internacional, onde o capital estatal atuava no setor de bens de produ��o, o capital privado nacional no setor de bens de consumo n�o-dur�veis e os conglomerados internacionais no setor de bens de consumo dur�veis
Tanto o setor industrial (secund�rio) como os financeiros (terci�rio) assumiram o comando da produ��o de riquezas, gerando emprego urbano e suprimindo o emprego na zona rural. Exemplo disto � a moderniza��o da agropecu�ria, onde a m�o-de-obra do campo foi substitu�da e liberada para as cidades, principalmente as da regi�o Sudeste, por onde se processava a industrializa��o brasileira.  O processo de industrializa��o brasileiro foi respons�vel pela maior concentra��o de popula��o e de renda no Sudeste, que se integrara � regi�o Sul como fonte de alimentos e mat�ria-prima
Atualmente o setor secund�rio vem perdendo espa�o, tanto no Brasil como em pa�ses desenvolvidos, para o setor terci�rio, que � muito amplo e abrange servi�os modernos e de suma import�ncia, tais como  pesquisa cient�fica e tecnol�gica, universidades, hospitais, setor financeiro, empresas de software, etc. No final dos aos 80 e in�cio dos anos 90 configura-se um processo de moderniza��o tecnol�gica e reestrutura��o competitiva da ind�stria
No final da d�cada de 1970 os Estados Unidos elevaram as taxas de juros no mercado internacional diminuindo, assim, a disponibilidade de dinheiro para os pa�ses em vias de desenvolvimento. Para agravar a situa��o econ�mica do Brasil deparamos com sucessivos aumentos do pre�o do petr�leo, do qual �ramos grande importador. Para equilibrar nossa balan�a tivemos que lan�ar m�o dos petrod�lares , dinheiro emprestado, a juros exorbitantes, pelos pa�ses exportadores de petr�leo que �nadavam� em dinheiro gra�as ao pre�o excessivo alcan�ado pelo barril de  petr�leo.
Mas nossa d�vida externa foi crescendo assustadoramente e alavancou os  �ndices de inflacion�rios, mergulhando o pa�s num processo recessivo e desacelerando a expans�o industrial. Para melhorar nossa balan�a comercial o governo estabelece elevados encargos �s importa��es aos bens de consumo, de capital e de produ��o, redundando no sucateamento da ind�stria brasileira que n�o conseguiam importar novas m�quinas.
Para contornar a crise o governo militar abandonou o planejamento do desenvolvimento industrial e  lan�ou m�o uma s�rie de medidas de ajustamentos, dentre as que mais afetaram a ind�stria foram: Desvaloriza��o cambial, para aumentar a renda das atividades de exporta��o; manuten��o e amplia��o dos incentivos e subs�dios � exporta��o de produtos manufaturados; controle r�gido das importa��es, com barreiras n�o-tarif�rias; pol�tica de perdas salariais, para reduzir o custo da m�o-de-obra; e reestrutura��o da matriz energ�tica, incentivando o consumo de energia el�trica por parte das ind�strias, em substitui��o ao �leo combust�vel e a implanta��o do pro-�lcool.
Ao t�rmino da ditadura, em 1985, o Brasil saltou 43� posi��o de economia mundial para 8�, se emparelhado t�cnico-industrial com pa�ses desenvolvidos de m�dio porte e com uma d�vida externa de 95 bilh�es de d�lares.
Com o processo de redemocratiza��o o Estado passa a vender (privatizar) suas empresas e a abrir o mercado para importa��o de m�quinas e equipamentos de �ltima gera��o, o que modernizou nosso parque industrial e elevou os �ndices de desemprego.
........................................................continua na fl. 04........................................
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