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Boite Arapuca


© 2002 C.A. dos Santos
Texto revisado em 12 de janeiro de 2003



No final de 1964, ou início de 1965, a imprensa natalense estampou um dos maiores escândalos que tenho conhecimento até hoje. A polícia havia invadido a boite Arapuca e descoberto que se tratava de um antro para orgias sexuais e consumo de drogas. Pelo que se comentava naquela época, a cocaína não era usada, a não ser em ambientes reservadíssimos. Maconha, lança-perfume e alguns psicotrópicos químicos, tipo perventim eram as drogas que nós, mortais caretas, sabíamos ser de uso freqüente. Dessas, a lança-perfume parecia ser a mais inocente. Por outro lado, a mistura de perventim com bebida alcoólica era altamente explosiva.

Quaisquer que fossem as conseqüências dessas drogas, não era isso que alimentava o imaginário popular. Eram as anunciadas orgias sexuais, e principalmente seus personagens, o que mais despertava o interesse do grande público. Surgiram vários boatos e lendas urbanas em torno de figuras importantes da sociedade natalense. Era aquele destacado empresário que diziam ser homossexual, ou aquela dama, mulher daquele milionário, que tinha um caso de amor com aquele outro, ou com aquela outra dama, e assim ia.

Um professor de português, cujo pai diziam ser homossexual, e que estaria na Arapuca no dia da batida policial, protagonizou uma cena hilariante numa das suas aulas.

O professor estava analisando ditados populares, quando saiu com este

- Filho de peixe, peixinho é.

Fez cara de paisagem quando soou a gargalhada geral.

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