CÉU URBANO

Coluna Publicada no Site AstroDataBase ®:
Astronomia Em Toda Parte®
Ciências Espaciais no nosso dia a dia

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Astronomia ao nosso redor

Número 1 - quinta-feira, 27 de fevereiro de 2003

Astronomia sempre soou como uma coisa transcendental, distante do cotidiano: uma coisa de lunáticos e esotéricos. Os astros, na concepção popular, só podiam influenciar nossas vidas pela equivocada maneira dos horóscopos. Hoje podemos notar aquilo que os antigos já sabiam: os astros fazem parte de nosso ambiente. Este é o ponto de partida desta coluna: mostrar que a Astronomia está ao nosso redor em coisas cotidianas e inusitadas. O espaço extraterrestre começa ser explorado e passa a fazer parte do nosso alcance cultural. Naves e tempestades solares fazem parte da sua vida mais do que você desconfia. Seria a Astronáutica o ponto de chegada destes artigos? Quem pode saber?

Sol a favor, Sol contra

O astro que mais nos influencia é o Sol. Sua luz permite a vida na Terra. Os movimentos do nosso planeta modulam os ciclos biológicos em relação a luz solar. Os antigos sabiam de cor estes movimentos e construíam seus edifícios orientados para aproveitar a luz solar de forma prática: mais luz no inverno, menos luz no verão. Nós habitantes do trópicos sabemos o valor precioso da sombra nos momentos mais quentes do dia e a necessidade de casas arejadas. Com a invenção dos aparelhos de ar condicionado alguns arquitetos parecem ignorar as regras de insolação. Prédios de vidro (verdadeiras estufas) não levam em conta de onde vem o "Sol da tarde" (hora mais quente do dia). Basta um problema na maquinaria ou falta de energia elétrica e os modernos edifícios se tornam insuportavelmente quentes.

Cúpula 32 - Mast,RJ Saber como se comportam as sombras ao longo do ano e do dia é o princípio de um dos mais antigos instrumentos científicos da raça humana: o gnômon. Este é relógio de sol mais primitivo que existe. Fascinante como este conhecimento simples poderia nos ajudar muito na construção de arranha-céus mais confortáveis e economizar mais energia.

Muitos cidadãos da nossas metrópoles ignoram os movimentos aparentes do Sol e suas inevitáveis conseqüências no nosso cotidiano. Alguns consideram uma façanha extraterrestre, quase sobrenatural, que povos pré-colombianos, egípcios e babilônicos soubesse alinhar seus templos em relação aos pontos cardeais. Imaginam ser preciso grandes cálculos em poderosos computadores. Ignoram que observação paciente e metódica resolve facilmente a questão sem usar um único calculo aritmético.

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Foto tirada durante o IV Enast, Salvador, BA.

Autor/Colunista: Naelton Mendes de Araujo
Nascido em 18/09/1963
Bacharel em Astronomia, Obs. Valongo/UFRJ, 1992.
Analista Orbital (Star One/Embratel)
Interessado em Astronáutica, Divulgação, História, Ensino, Física Solar, Planetas, Radioastronomia e Relógios Solares.
Residente no Rio de Janeiro, RJ
Hosted by www.Geocities.ws

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