:::   PÁGINA INICIAL   :::   INSTRUMENTOS MUSICAIS   :::   TECLADO   :::   CORDAS   :::   MADEIRAS   :::   METAIS   :::   PERCUSSÃO   :::   TRADUÇÃO DOS INSTRUMENTOS   :::   CONTATOS   :::   LINKS  :::

 

Violino

 

       Instrumento musical de madeira, formado por uma caixa, um braço sem trastos e quatro cordas que são vibradas pelo atrito de um arco. Produz o som mais agudo do quarteto de cordas.

       Os violinos são a espinha dorsal das obras camerísticas: no quarteto de cordas, por exemplo, respondem por duas das quatro vozes. A divisão em primeiros e segundos violinos também é típica da orquestra, a partir de Haydn.

       O violino é o instrumento mais agudo do atual quarteto de cordas, que compreende também a viola, o violoncelo e o contrabaixo. Tocado em posição horizontal, apoiado entre o queixo e o ombro, com um arco (vara de madeira sobre a qual são esticadas cerdas de fibra), sua extensão é de quase quatro oitavas: sol2 a mi6.

       A caixa de ressonância, em forma de oito e com 35,5cm de comprimento, tem dois tampos harmônicos, ligeiramente abaulados para melhor resistir à pressão das cordas sobre o cavalete (peça levemente elevada que comunica a vibração das cordas à câmara de ressonância). O tampo superior é feito de pinho-de-riga, com duas aberturas em forma de F, situadas de cada lado do cavalete, ao longo do qual estendem-se quatro cordas. No passado, estas eram quase exclusivamente de tripa de carneiro; hoje são metálicas e afinadas em quintas: sol2, ré3, lá3 e mi4. O tampo harmônico inferior ou fundo é feito de plátano. São partes importantes do interior da caixa: duas peças de reforço chamadas cepos; a alma, pequena haste cilíndrica, de pinho-de-riga, que liga os tampos harmônicos e transmite suas vibrações à caixa sonora; e a barra harmônica, que consolida o tampo superior e compensa as vibrações graves e agudas, igualando seu timbre.

       Do corpo do violino sai o braço, constituído na parte inferior por uma só peça de pinho-de-riga e que termina na cabeça ou voluta. O braço do violino é isento de trastos (linhas divisórias que, em instrumentos como o violão, servem de guia ao músico para posicionar corretamente os dedos). Cravelhas e cravelhal constituem a cabeça do violino, que, modernamente, termina numa voluta em espiral. Os melhores arcos são feitos de pau-brasil, única madeira ao mesmo tempo dura e flexível, capaz de assegurar leveza e elasticidade.

       Origens e evolução. O antecessor do violino moderno surgiu e se difundiu na Europa entre 1510 e 1530. Não tinha nome específico e era descrito como uma viola da braccio senza tasti ou lira da braccio ("viola de três cordas sem trastos"). Só no final do século XVI começou a ser mencionado outro instrumento, distinto da viola da braccio, chamado rabeca ou violino, que alcançou sua forma característica no Renascimento italiano, nas mãos de artesãos como Gasparo da Salò e Andrea Amati.

       O desenho dos primeiros violinos experimentou profunda renovação no final do século XVII com as contribuições de Antonio Stradivarius, que, mediante o achatamento da caixa de ressonância, obteve um timbre mais delicado. No século XIX, a interpretação ante grandes auditórios exigiu novas alterações na estrutura do instrumento, como a elevação do cavalete e o estreitamento e curvatura do braço para trás, o que aumentou a tensão das cordas e, conseqüentemente, a intensidade do som.

       No século XX, surgiu o violino elétrico, cujo som é amplificado de forma análoga ao da guitarra elétrica. Tem o corpo sólido e nele são fixadas as cordas, o cristal e os controles de volume e timbre. A nota produzida pelas cordas é captada pelo cristal e convertida num sinal elétrico, modificada pelos controles de volume e timbre e enviada ao amplificador através de um fio.

       Intérpretes e compositores. O primeiro grande virtuose e compositor para violino foi o barroco Arcangelo Corelli. No século XVIII, as técnicas de execução foram notavelmente aperfeiçoadas por Giuseppe Tartini. No começo do século XIX, a escola francesa -- com Rodolphe Kreutzer e outros -- e Niccolò Paganini alcançaram incomparável perfeição. Considerado um dos maiores virtuoses da história, Paganini foi um dos criadores da estética musical romântica. No século XX, David Oistrakh revelou a mesma maestria em obras clássicas e modernas, como as de Prokofiev e Katchaturian; e o americano Yehudi Menuhin, de estilo personalíssimo, tornou-se o mais conhecido dos violinistas de prestígio internacional.

©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

 

 WebDesigner Vitor Murata

 

Hosted by www.Geocities.ws

1