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Violão

 

       Nome dado no Brasil ao instrumento de cordas, em geral feito em madeira, formado por caixa, braço com trastos transversais e cravelhal que tensiona as cordas. Corresponde à guitarra espanhola.

       O espanhol Antonio Torres criou, no século XIX, um modelo aperfeiçoado da guitarra clássica flamenca. Cem anos mais tarde, os japoneses dominariam o mercado e produziriam os mais sofisticados modelos desse instrumento, de arraigada tradição espanhola.

       Violão é um instrumento de cordas tangidas com os dedos ou com palhetas, que recebe essa denominação somente no Brasil, pois corresponde em tudo à guitarra espanhola. Normalmente feito em madeira, constitui-se de um corpo ou caixa de ressonância com uma abertura central, a roseta; um braço com trastos transversais que facilitam a emissão afinada dos sons; um cravelhal, dispositivo que tensiona as cordas; e um cavalete que sustenta as cordas para que não rocem na madeira.

       O violão parece derivar da cítara greco-latina, embora apresente também influências árabes. A guitarra espanhola data de cerca do século XVI e coexistiu com alaúdes e vihuelas. Era considerada instrumento plebeu e popular, frente ao caráter mais cortesão de seus rivais. Em sua forma primitiva, possuía quatro cordas e caixa de ressonância mais estreita e mais funda que a atual. Sucessivas modificações introduzidas nos séculos posteriores levaram ao moderno modelo de seis cordas simples, afinadas em mi, lá, ré, sol, si, mi.

       Variações da guitarra clássica espanhola são o charango andino, pequeno e com cinco cordas; a guitarra portuguesa e a viola caipira do Brasil, periformes e com seis pares de cordas metálicas; e a guitarra havaiana, cuja vibração característica é obtida pelo deslizamento de uma lâmina de aço sobre as cordas. Na segunda metade do século XX, a guitarra elétrica, maciça e ligada a amplificadores, converteu-se em autêntico símbolo do rock-and-roll.

       No passado, a música culta ocidental não incluiu com freqüência o violão em suas composições orquestrais. Fernando Sor e Francisco Tárrega, no século XIX, escreveram as primeiras peças para esse instrumento, em alguns casos meras transcrições de trabalhos de Bach e Mozart. Compositores como Manuel de Falla, Joaquín Rodrigo, Heitor Villa-Lobos e Pierre Boulez, e intérpretes como Andrés Segovia e Narciso Yepes conferiram ao violão um lugar definitivo nas salas de concertos. Os Doze estudos para violão (1929), de Villa-Lobos, estão entre as mais divulgadas obras do repertório erudito para o instrumento.

       A guitarra espanhola, introduzida no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVIII, foi usada nas cidades por seresteiros e chorões. Sua aceitação nas classes mais elevadas se deve ao poeta Catulo da Paixão Cearense, que, a partir de 1906, apresentou-se nos salões cariocas.

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