|
Instrumento de percussão, em geral de bronze ou prata, em formato de taça invertida, que emite som pela ação de um badalo em seu interior. Símbolo religioso e civil, sua origem remonta à pré-história.
Ancestrais dos instrumentos musicais, os sinos são também símbolo de reunião e assembléia, tanto na esfera religiosa quanto no mundo profano. Do alto de torres e sentinelas, anunciam as horas, tocam em alarme e convocam para festas e ofícios religiosos. Cercados de lendas, a eles foram atribuídos poderes especiais, como o de invocar a chuva, afastar perigos, proteger lugares e exorcizar demônios. Foram também símbolos patrióticos e troféus de guerra.
Sino é um instrumento de percussão, geralmente metálico, quase sempre de bronze ou prata, mas também de osso, vidro, madeira ou cerâmica. O formato mais comum assemelha-se a uma taça invertida. O som é gerado pelo impacto de um badalo, no interior do instrumento, ou de um martelo, em seu exterior, que devem incidir perto da boca do sino.
Trata-se de um dos instrumentos mais antigos que se conhecem, de origem pré-histórica. Foram encontrados sinais do uso de sinos em cerimônias fúnebres na Mesopotâmia. Os antigos chineses foram os primeiros a empregar musicalmente seqüências de sinos. No Ocidente, a partir do século IX, tornaram-se comuns pequenos conjuntos de sinos suspensos, afinados segundo a escala diatônica de sete notas. Conjuntos maiores, de no mínimo 23 sinos afinados, são chamados carrilhões.
Cada sino produz sempre uma única e mesma nota. O som, desencadeado pela percussão, é composto de uma nota fundamental à qual somam-se os harmônicos (reverberações secundárias). A altura da nota fundamental (sua posição na escala), sua intensidade e seu timbre característico dependem do formato do instrumento (contorno externo e interno), de seu tamanho e do material com que é feito.
Os mosteiros cristãos e budistas deram ao sino um papel cotidiano de regulador de horários, para orientar a rotina do trabalho e das orações diárias. Nas instituições eclesiásticas, os acontecimentos mais importantes são tradicionalmente anunciados com badaladas. Assim, os sinos das paróquias e das igrejas comunicam a morte ou o nascimento de um membro, os casamentos, os incêndios ou, em caso de guerra, a proximidade do inimigo.
Alguns sinos tornaram-se famosos por suas dimensões ou interesse histórico. Entre eles destaca-se o tsar kolokol ("sino do czar") de Moscou, fabricado no início do século XVIII, que é o maior sino do mundo, com mais de 180 toneladas. Quebrado por ação do fogo, em 1737, nunca soou. Na Nova Inglaterra, o "sino da liberdade" anunciou, em 4 de julho de 1776, a declaração de independência dos Estados Unidos.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. |
