|
Instrumento de sopro feito em madeira, com tubo cônico em forma de U e palheta dupla. Integrante de orquestras desde o século XVII.
Provavelmente concebido como um baixo do oboé, o fagote já integrava orquestras dos séculos XVII e XVIII. Foi Vivaldi o primeiro dos grandes compositores a empregá-lo como instrumento solista.
Fagote é um instrumento de sopro de madeira (pau-rosa) com tubo cônico em forma de U e palheta dupla. Faz a parte do baixo no quarteto de madeiras, junto à flauta, clarineta e oboé.
Se não fosse dobrado, teria 2,5m. Há dois tipos de fagote: um de 22 chaves e outro de 24, com seis ou cinco furos livres, respectivamente. A distribuição tradicional desses furos não obedece a nenhum critério anatômico, o que torna a execução excepcionalmente difícil.
O instrumento divide-se em três segmentos: o primeiro, mais estreito, é aquele ao qual se ajusta o tudel, tubo fino e recurvado em cuja extremidade se aplica a palheta; o segundo, mais largo, forma a base do instrumento e reúne dois tubos paralelos, interiormente ligados por um sifão de metal protegido pela caixa denominada culatra; o terceiro é o mais comprido e termina na campânula. Inventado no século XVI, o fagote só passou a ser amplamente utilizado mais tardiamente. Possui uma extensão sonora de mais de três oitavas, do si bemol1 ao fá4, e sua riqueza de timbres foi fartamente explorada pelos grandes mestres, de Mozart a Stravinski. Deu origem ao fagotino, de uma quinta acima, raramente empregado, e ao contrafagote.
O contrafagote soa uma oitava abaixo do fagote comum e foi criado no final do século XIX. De forma idêntica à do instrumento que lhe deu origem, teve porém de ser dobrado quatro vezes sobre si mesmo em vez de duas e comporta uma linha de graves análoga à do contrabaixo. Instrumento enorme, possui apenas 15 chaves. As orquestras modernas não o dispensam, pois é o representante mais grave da família das madeiras.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. |
