Instrumento musical de madeira, com cordas dedilhadas e caixa de ressonância abaulada. De origem árabe, atingiu seu apogeu entre os séculos XV e XVII.
Anterior à própria civilização árabe, pela qual chegou à Europa, o alaúde é um ilustre antecessor do violão, tendo atingido o apogeu de sua utilização e prestígio entre os séculos XV e XVII.
O alaúde é um instrumento musical de cordas dedilhadas e caixa de ressonância abaulada, em forma de meia pêra. Característica sua, que também logo chama a atenção, é ter a pá do cravelhame voltada para trás, quase em ângulo reto com o braço. É tocado com uma palheta.
Bastante comum entre os árabes, em cujos países até hoje se mantém popular, suas origens são muito antigas: já aparece pintado em monumentos das civilizações do Egito e da Mesopotâmia. Até o século XIV tinha apenas quatro cordas simples. Do século XV em diante elas foram duplicadas, acrescentando-se ainda outras. Ao ganhar quatro bordões (cordas graves) suplementares, com cravelhame independente, o instrumento ganhou o nome de arquialaúde ou tiorba. Surgiu, aos poucos, uma família.
No século XV o alaúde acompanhava sempre a poesia cantada dos trovadores e menestréis, e passou a ser cada vez mais usado no ambiente das cortes, principalmente por mulheres. No século seguinte e início do XVII era o instrumento preferido de madrigalistas ingleses como Thomas Morley e John Dowland, conquistando também o interesse de compositores como Monteverdi, Frescobaldi e Corelli.
Substituído pouco a pouco pelos instrumentos de teclado, o alaúde ainda mereceu concertos de Vivaldi e Johann Sebastian Bach, sobrevivendo hoje, no Ocidente, em mãos de admiradores raros e fiéis.
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