| Interessado em novas sonoridades e combinações instrumentais, Weber tornou-se um dos maiores orquestradores do Ocidente. Na transição do classicismo para o romantismo, sua obra introduziu a nova estética na Alemanha.
Carl Maria Friedrich Ernst, barão von Weber, nasceu em 18 de novembro de 1786, em Eutin, Holstein (hoje Alemanha). Era filho do diretor de uma companhia teatral ambulante. A partícula von parece ter sido adicionada ao nome da família pelo pai, que não tinha, na verdade, nenhum título de nobreza.
Em 1804, Weber foi nomeado diretor de orquestra em Breslau (Wroclaw), mas teve de renunciar ao cargo após propor reformas que não soube impor e perder a voz por engolir acidentalmente uma substância ácida. Serviu ao duque Eugênio de Württemberg e, a seguir, ao rei Frederico I. Banido por dívidas, foi para Mannheim, onde integrou-se ao círculo artístico e destacou-se como pianista, violonista e teórico do romantismo. Em Munique, tornou-se amigo do clarinetista Heinrich Bärmann. Data dessa época sua predileção pelo clarinete e pela trompa.
Em 1813, Weber tornou-se diretor da ópera de Praga e, em 1817, da ópera de Dresden, na Alemanha, dominada pelo estilo italiano. Sua fama consolidou-se com óperas como Der Freischütz (1821; O franco atirador), protótipo musical do romantismo, e Oberon (1826). Weber escreveu também muita música para piano, obras como a ainda hoje popularíssima Aufforderung zun Tanz (1820; Convite à dança), que introduziu a valsa na música de concerto, e o brilhante Konzertstück em fá menor (1821), para piano e orquestra, uma das obras prediletas do romantismo musical. Weber morreu em Londres, em 5 de junho de 1826.
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