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Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

Nasceu no Rio de Janeiro RJ em 5 de março de 1887.
Morreu no Rio de Janeiro RJ, em 17 de novembro de 1959.

Músico brasileiro. Um dos compositores mais originais do século XX, combinou elementos do folclore nacional com influências de Debussy e Stravinski.

 
       Com sua vasta obra, que inclui concertos, sinfonias, óperas, bailados, suítes sinfônicas e peças isoladas, Villa-Lobos tornou-se um dos compositores mais originais do século XX, graças sobretudo ao emprego de ritmos brasileiros e de instrumentos de percussão.

       Heitor Villa-Lobos nasceu no Rio de Janeiro RJ em 5 de março de 1887. Iniciado pelo pai nos estudos de teoria e solfejo, bem como na prática do clarinete e do violoncelo, aos 13 anos já participava de conjuntos seresteiros. Na precoce experiência boêmia, tornou-se íntimo do violão, que chegou a tocar com virtuosismo. Para esse instrumento, escreveu mais tarde vários estudos, prelúdios e um concerto, dedicados ao violonista espanhol Andrés Segovia. Ampliou seu contato com a música popular ao conhecer Ernesto Nazaré, de cujas obras foi o primeiro a vislumbrar a importância.

       Em 1905 pôs-se a viajar pelo Brasil, em busca das raízes folclóricas. De volta ao Rio de Janeiro, pensou em sistematizar sua formação, mas logo se indispôs com a rotina do Instituto Nacional de Música e partiu em novas peregrinações pelos estados. Esteve no Sul, no Centro-Oeste e na Amazônia, com a mesma curiosidade com que antes fora ao Nordeste.

       Projeção. Por volta de 1913, Villa-Lobos dava início a sua produção, já abordando os mais diversos gêneros. Em várias obras dessa fase é marcante a influência de Debussy. Mas, enquanto a Suíte floral para piano (1914) e o Canto do cisne negro para piano e violoncelo (1917) aparecem numa atmosfera impressionista, as Danças africanas (1914) trazem um cunho de viva originalidade, trabalhadas sobre material afro-brasileiro e ameríndio.

       Em 1922 Villa-Lobos tomou parte destacada na Semana de Arte Moderna, em São Paulo. No ano seguinte, o mecenato de amigos levou-o a Paris, onde uma primeira apresentação de suas obras foi apupada. Entretanto, em 24 de outubro e em 5 de dezembro de 1927, na sala Gaveau, obteve enfim o sucesso. Dos programas constaram os cinco Choros, o Rudepoema e a suíte Prole do bebê (piano), as Serestas e os Três poemas indígenas (canto e orquestra), além de Na Bahia tem (coro a capela), Cantiga de roda (coro e orquestra) e o Noneto. Era patente a essa altura a familiaridade de Villa-Lobos com a linguagem musical estrangeira, em especial a de Stravinski, e o rico material folclórico de que se impregnara desde a mocidade já se apresentava depurado por seu gênio.

       Em 1930, famoso em toda a Europa, Villa-Lobos decidiu voltar para o Brasil. Preocupado com o desenvolvimento artístico do país, obteve apoio oficial, em São Paulo, para a realização de caravanas musicais pelo interior do estado. Depois, no Rio de Janeiro, promoveu gigantescas concentrações orfeônicas. Seu esforço educacional, empreendido por meio do canto, culminou quando conseguiu a oficialização do ensino de música nas escolas.

       Ao mesmo tempo em que "ensinava o Brasil a cantar", prosseguiu sua atividade como compositor. Deu início à série das nove Bachianas brasileiras, cuja origem remonta às peregrinações pelo interior, quando constatara a semelhança de modulações e contracantos do folclore musical brasileiro com a música de Bach. Foi ao vincular o Brasil a Bach que Villa-Lobos se caracterizou como um dos maiores músicos de sua época. As Bachianas se tornaram, no mundo inteiro, suas obras mais conhecidas. Particularmente popular é a quinta das Bachianas, para soprano e conjunto de violoncelos (1938).

       As Bachianas e os Choros são obras singulares, sem nenhum esquema formal, mas constituem a espinha dorsal de sua produção. Nem por isso são menos importantes as obras formais de Villa-Lobos, como as 12 sinfonias, dentre as quais se destaca a sexta, escrita sobre a linha cartográfica das montanhas do Brasil (1944), e a décima, com coro, denominada Sumé Pater Patrium (1952). Fazem parte ainda de sua obra os 17 quartetos para cordas, concertos para piano e orquestra, violoncelo e orquestra, trios e quintetos, além de óperas, como Malazarte (1921), bailados, como Uirapuru (1917) e suítes, como o Descobrimento do Brasil (1937).

       A genialidade do compositor incorporou-se ao patrimônio artístico-cultural do Brasil. Suas obras, entre as quais as Serestas, peças vocais de 1925, compostas sobre versos de poetas como Manuel Bandeira, passaram a figurar com destaque nos catálogos internacionais. Villa-Lobos morreu no Rio de Janeiro RJ, em 17 de novembro de 1959.

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