Considerado um dos grandes regentes da primeira metade do século XX, Toscanini consagrou-se pela releitura das óperas de Verdi e das sinfonias de Beethoven. Sua prodigiosa memória permitiu que continuasse em atividade mesmo quando, com a visão prejudicada, era obrigado a reger sempre de cor.
Arturo Toscanini nasceu em Parma, na Itália, em 25 de março de 1867. Estudou no conservatório de sua cidade e no de Milão, com a intenção de se tornar violoncelista. Revelou-se como regente, com apenas 19 anos, no Rio de Janeiro RJ: o regente da orquestra adoeceu e Toscanini, chamado a reger a Aida de Verdi, extasiou a platéia ao fazê-lo de memória. Em 1898, foi nomeado diretor musical do Scala de Milão e, em 1908, assumiu o Metropolitan Opera, em Nova York. Dirigiu também a Orquestra Filarmônica de Nova York, entre 1928 e 1936, e regeu orquestras em todo o mundo, com exceção da Itália e da Alemanha fascistas. De 1937 a 1954, dirigiu a Orquestra da NBC, emissora de rádio americana.
Suas interpretações notabilizaram-se pela intensidade dinâmica, fraseado límpido e concepção essencialmente clássica da forma. Grande intérprete de Wagner, Brahms e Debussy, contribuiu para o brilho dos festivais de Salzburgo. Toscanini morreu em Nova York, em 16 de janeiro de 1957.
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