| Compositor alemão do período barroco, aos olhos de seus contemporâneos Telemann era o compositor vivo. Promoveu concertos públicos que popularizaram música previamente reservada à aristocracia e a alguns poucos burgueses.
Georg Philipp Telemann nasceu em Magdeburgo, Brandemburgo, em 14 de março de 1681, filho de um pastor protestante. Recebeu boa formação geral mas nenhuma educação musical, e seu talento, evidente desde tenra idade, foi desencorajado pela família, pois a profissão de músico não era atraente nem bem remunerada. Telemann, porém, aprendeu sozinho a compor, assim como a tocar diversos instrumentos, entre os quais violino, oboé, flauta, viola da gamba e cravo. Em 1701 iniciou estudos de direito na Universidade de Leipzig, mas a música prevaleceu e logo foi designado organista da capela da universidade. Homem extremamente dinâmico, Telemann transformou a sociedade musical da universidade (collegium musicum) numa eficiente orquestra amadora, que dava espetáculos públicos, e passou a dirigir a ópera de Leipzig.
Em 1712 assumiu a direção musical da corte de Frankfurt am Main e, nessa época, começou a publicar peças que o tornaram famoso na Alemanha e no exterior. Em 1718, publicou sua primeira autobiografia, que reescreveria 21 anos depois. Em 1721, passou a diretor musical da corte de Hamburgo, um dos postos mais importantes da época. Fluente em todos os estilos musicais de seu tempo, escreveu centenas de composições para teatros de ópera, orquestras e igrejas européias, embora só tenha deixado a Alemanha uma única vez, entre 1737 e 1738, quando esteve na França. Sua vasta obra, fecunda e de extrema qualidade, inclui música sacra e profana, que ele publicou organizadamente em edições comentadas. Musicou muitas vezes os próprios poemas e libretos.
Georg Philipp Telemann morreu em Hamburgo, em 25 de junho de 1767. A subseqüente ascensão do classicismo de Haydn e Mozart correspondeu ao declínio do prestígio de todos os polifonistas barrocos. Mesmo no século XIX, quando a obra de Bach e Haendel foi revalorizada em todo o mundo, Telemann ficou em segundo plano. Somente no século XX, sobretudo a partir da década de 1930, reavivou-se o interesse de intérpretes, regentes e editores por sua música.
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