| Violinista e compositor, Giuseppe Tartini contribuiu para o desenvolvimento da técnica violinística e formulou regras de ornamentação e harmonia. Descobriu também a chamada "nota de Tartini", som resultante do soar de duas notas fortes e contínuas, fenômeno estudado pela ciência acústica.
Giuseppe Tartini nasceu em Pirano d'Istria, Itália, em 8 de abril de 1692. Ainda menino, estudou teoria musical e violino. Até quase vinte anos de idade, porém, pouco se interessou pela arte. Cursou direito na Universidade de Pádua e ganhou fama como esgrimista. Sua vida de jovem aristocrata sofreu súbita mudança após um casamento secreto com a protegida do arcebispo de Pádua, o que lhe valeu uma ordem de prisão. Disfarçado de frade, conseguiu escapar e refugiar-se num convento de Assis, onde voltou a tocar violino.
Seu grande talento musical fez-se notar e contribuiu para que o arcebispo o perdoasse e lhe permitisse voltar para a esposa. Em Pádua, iniciou carreira de concertista. Em 1716 foi para Veneza e depois para Ancona e, em 1721, tornou-se primeiro violinista da igreja de Santo Antônio, em Pádua. Após dirigir por dois anos uma orquestra em Praga, retornou a Pádua, onde fundou, em 1728, uma escola de violino e composição.
Tartini compôs mais de cem concertos para violino, além de sonatas, quartetos, trios, sinfonias e obras sacras. A sonata Trillo del diavolo (Trilo do diabo), composta depois de 1735, deve seu nome ao virtuosístico encadeamento de trilos no terceiro movimento. Em 1740 deu uma série de concertos por toda a Itália. Publicou, entre outras obras teóricas, Trattato di musica (1754) e Dissertazione dei principi dell'armonia musicale (1767; Dissertação sobre os princípios da harmonia musical), em que expõe sua teoria harmônica baseada em princípios de álgebra e geometria. Giuseppe Tartini morreu em Pádua, em 26 de fevereiro de 1770.
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