A música de Jean Sibelius expressa com singular lirismo seu amor à natureza e às tradições culturais finlandesas. O compositor consagrou-se internacionalmente graças a seu domínio das grandes formas musicais, sobretudo das sinfonias.
Johan Julius Christian Sibelius nasceu em Hämeenlinna, Finlândia, em 8 de dezembro de 1865. Estudou na Escola Normal Finlandesa durante a ocupação russa de seu país. Ali travou contato com a literatura nacional, em particular com o Kalevala, épico mitológico, que foi durante toda a sua vida permanente fonte de inspiração. Estudou direito, mas logo abandonou a advocacia para estudar violino e composição, em Helsinki, Berlim e Viena. Por essa época já havia adotado o nome Jean.
De volta à Finlândia, consagrou-se como o principal compositor de seu país após a estréia da sinfonia Kullervo e de obras como Quatro lendas (1893). Em 1897, o Senado aprovou a concessão de uma pequena pensão ao compositor, como reconhecimento oficial a seu talento artístico. Dois anos depois, surgiram a sinfonia nº 1 em mi menor e o célebre poema sinfônico Finlândia (1899), autêntico canto à liberdade nacional contra a tentativa de russificação do país, que refletem a herança da tradição romântica e um excepcional gênio melódico.
No início do século XX, sua fama estendeu-se pelo continente europeu. A partir da sinfonia nº 3 em dó maior (1907), abandonou o romantismo nacionalista das obras anteriores por formas mais livres de expressão. Depois da primeira guerra mundial, publicou seus últimos e maiores trabalhos: três sinfonias e Tapiola (1925). Jean Sibelius morreu em Järvenpää, Finlândia, em 20 de setembro de 1957.
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